- Fique ali, em uma pose de submissa. Não faça nada até que eu mande. – Apontou para uma almofada no chão ao lado de um sofá perto da cama cortinada. Por um momento enchi-me de raiva. Tive vontade de xingá-la, socar suas costas, gritar com ela. Mas então percebi que tudo era um jogo. Ela me faria desistir e aquilo era só o começo.
Engoli a mágoa, a raiva, a vontade de chorar. Sem uma palavra, fui até a almofada e sentei-me de lado, minhas pernas dobradas, minha cabeça baixa, as mãos para trás. Senti seu olhar queimando em mim, mas não a fitei. Busquei me controlar. Os convidados começaram a chegar e os fitei com o canto dos olhos. Primeiro foi um homem alto, aparência de rico e bem apessoado, de braço dado com duas moças de vinte anos seminuas. Depois um casal jovem, vinte e poucos anos, ambos muito bonitos. Então dois homens solteiros entre vinte e trinta anos, e por último mais um casal. Mas esses eu conhecia, Zelena e Ruby, eram só esses, uma festa bem particular. E enquanto todos se cumprimentavam, riam se serviam, eu fiquei ali sozinha, apenas meus olhos anotando tudo.
- Emms! – Ruby riu e se ajoelhou ao meu lado, beijando meu rosto. – Meu Deus, bem que a Lily me disse que você estava com a Regina, está linda, querida!
- Oi, Ruby – Fitei seus olhos castanhos bem maquiados, sua beleza morena e exuberante em um micro vestido vermelho, os cabelos cacheados soltos por seus ombros. Acabei sorrindo. – E você e a Zelena continuam juntas...
- Mais ou menos, meu bem. Às vezes saímos para umas farras, como hoje! – Ela riu. Lançou um olhar para Zelena que conversava animado com Regina e Ariel. Depois me olhou de novo, agora de cima, pois se levantava em seus saltos altíssimos. – Mas a sortuda é você, querida. Atraiu a atenção de Regina.
Fiquei em silêncio. Olhei também para Regina e a tristeza me corroeu por dentro. Pensei que aquela atenção chegava cada vez mais ao fim, como ela mesma dissera, eu era agora apenas mais uma. Tive raiva de mim mesma por aceitar aquilo, por ainda pensar em lutar se nem sabia se ela gostava ao menos um pouco de mim. O que me fazia insistir era a esperança.
- É a escrava particular dela? – Ruby sorria, mas seu tom era quase que irônico. Percebi que a incomodava o fato de eu estar ali, não ela.
- Não, Ruby, não é isso.
- Quem diria, a doce e pura Emma, agora uma submissa! O mundo dá voltas mesmo. Bem, deixa eu voltar para minha gatinha. Depois a gente se fala, querida.
Observei-a ir andando até Zelena, Regina e Ariel, que trajava roupas de couro e um chicote. As três a olharam e Ruby sorriu cheia de charme, Zelena riu, disse algo e abraçou-a pela cintura. Ela retrucou, falando diretamente com Regina, fazendo-a se divertir. Então acariciou seu braço, charmosa, sendo o centro das atenções. Desviei o olhar, tentando controlar meu ciúme, respirando fundo. Então vi o homem de meia idade que chegara com as duas moças de vinte, a meu frente sozinho. Tomava uísque e sorria para mim, cumprimentando-me:
- Como vai, minha pequena? Regina sempre impecável em seus gostos. Como você se chama?
- Emma Swan. – Murmurei, sentindo seu olhar em meu corpo apenas naquele biquíni preto. Rodeou-me um pouco, admirando-me, fitando o laço na parte detrás da calcinha.
- Não vejo a hora de desembrulhar esse presente! – Piscou um olho. Era atraente, bem cuidado, cabelos fartos e pretos, olhos castanhos claros, elegante. Mas tudo o que senti foi um pouco de repulsa. – Sou Arthur. Quando Regina liberar você, lembre-se que sou o primeiro da fila.
Baixei o olhar, agoniada. Ele se afastou. Senti que era observada, rodeada, alguns homens e mulheres se aproximaram, a maioria só para me olhar, como se eu fosse um objeto à venda. Enquanto isso se divertiam, comiam, bebiam, dançavam. Senti-me um nada ali, não uma pessoa. Aquilo não era excitante para mim, mas um tanto humilhante. Mudei a posição das pernas e, quando não havia ninguém perto de mim, eu buscava Regina com o olhar, com um desespero que só me roía mais e mais por dentro. Ela conversava, bebia, sempre rodeado por pessoas. As mulheres pareciam moscas em volta de um pote de mel, jogavam charme, encostavam-se a ela, tocavam-na, Ruby então, não saía de perto. E eu a seguia com o olhar, mas nenhuma vez Regina se voltou para mim. O desânimo me atacou, pensei se valeria realmente ficar ali como uma boneca se ela me desprezaria a noite toda. Meu estômago roncou, pois não tinha conseguido comer nada o dia todo e nem ali alguém se preocupou em me servir. Eu era literalmente uma escrava.
As coisas começaram a esquentar. As duas moças bonitas que chegaram com Arthur ficaram dançando uma música lenta juntas e passaram a se despir de modo sensual, até ficarem apenas em seus saltos e suas joias. Ambas eram bem magras, malhadas, com seios de silicone grandes e duros. Passaram a se beijar na boca e se acariciar. Logo Arthur se juntava a elas, conseguindo a atenção de ambas, que o despiram entre brincadeiras e ao ritmo da música. O casal de vinte e poucos anos e Ariel foram para a pista também e a moça mediana e ruiva dividiu sua atenção com o acompanhante e Ariel, Zelena e Regina continuavam perto de Ruby, que se animou e, de modo provocativo, puxou Regina para a pista. Ela foi e as duas começaram a dançar coladinhas. Não consegui tirar os olhos delas, morrendo de raiva ciúme, Ruby roçava o corpo no dela e vi Regina retribuir, segurando-a firme nos cabelos, sua outra mão deslizando até sua bunda. E assim as duas se beijaram, pouco se importando que Zelena as olhava.
Entre carícias e beijos, Regina a deixou nua e ela passou a tirar a roupa dela também. Então, caiu de joelho aos seu pés, segurou nas coxas de Regina e passou a chupar seu pênis. Acho que nunca ia me acostumar com isso. Outra mulher tocando em Regina daquele jeito. A dor veio tão intensa que não suportei, desviei os olhos. Disse a mim mesma que tínhamos algo a mais, tentei lembrar de como fomos felizes até o dia anterior e que ela sempre me mostrou aquele seu lado. Eu até a entendia, ela fora acostumado de alguma maneira àquilo. E tudo isso me fazia ficar, permeado pelo amor absurdo que eu sentia por ela, e pela esperança, talvez vã, de que ela sentisse alguma coisa a mais por mim. Desanimada, arrasada, fiquei olhando para o chão, mas minha vontade era a de reagir. De lutar, gritar, espernear. Fiz de tudo para fugir delas, para me enganar, mas sabia que era em vão. A dor dentro de mim era real demais para ser mascarada. Sentaram-se no sofá ao lado de onde eu estava. Olhei e encontrei os olhos castanhos de Regina em mim pela primeira vez desde que seus convidados chegaram.
Ainda ardiam, quentes, com aquela fúria interna. Sentou-se de pernas abertas, tão perto que seu braço quase roçava meu ombro, mas ao mesmo tempo mais distante de mim do que alguma vez estivera. Ruby se ajoelhava na frente dela e a chupava lascivamente. Agoniada, eu ia desviar o olhar, mas Regina ordenou gelidamente:
- Olhe.
Fitei seus olhos. Nem eu sabia, mas suplicava a ela com todas as minhas forças em silêncio, com tudo de mim. Mas obedeci e olhei a boca de Ruby, que a chupava sôfrega, excitada, acariciando seus seios. Uma das mulheres de vinte e poucos anos que viera com Arthur, uma bela morena com longos cabelos negros, veio até Regina também e se ajoelhou no sofá do outro lado, Regina voltou-se para ela, enfiando um mamilo na boca, seus dedos escorregando para a vagina que ela abria e oferecia. E eu ali, imóvel perante toda aquela cena. Eu tremia, tentava me controlar. Ah, mas como era difícil! Quase chorava de tanta raiva, de dor, de ciúmes. E tudo piorou quando Ruby tirou-a da boca e pediu:
- Me fode, Regina.
- Com todo prazer.
Sua voz seca, grossa, seus dedos ainda dentro da outra, que se esfregava neles, segurava-a pelos ombros e gemia, Ruby levantou e se acomodou no rosto de Regina, que por sua vez a segurou com a mão livre. E logo a chupava freneticamente, sem deixar de masturbar a morena, Ruby gritou, alucinada:
- Que boca gostosa! Que saudade, Regina! – e moveu-se como uma louca sobre ela. Dali em diante tornei-me uma mera expectadora de tudo que aconteceu. Minutos depois, inverteu a posição, colocou camisinha e passou a chupar a morena enquanto Ruby cavalgada no seu membro, esta sorriu para mim, com ar vitorioso, cheia de tesão e todo o tempo eu não consegui me excitar com nada. Das outras vezes ao menos havia curiosidade, desejo, mesclados a minha insegurança. Agora, apesar da beleza do corpo de Regina, de querê-la ainda com loucura, os sentimentos que me atacavam eram tão ruins que suplantavam todo o resto. Zelena se aproximou, Regina tirou seu membro de Ruby e falou rouca:
- Vá com Zelena. – E já puxava a morena deitando-a sob si, metendo duramente nela. Suas unhas longas pintadas de vermelho rasparam suas costas e ela gemeu, puxando-a para si. Ruby deitou-se no sofá e Zelena passou a devora-la. O casal de vinte e poucos anos tinha aberto o cortinado e se esparramava no enorme colchão com um dos rapazes. A mulher chupava os dois enlouquecidamente, depois o marido ou namorado ia para trás dela e a comia duramente, entre arquejos e gemidos. Arthur e o outro rapaz estavam com a outra moça e ambos eram bissexuais. Enquanto um a comia, chupava o pau de Arthur sentado ao seu lado, que por sua vez beijava a garota na boca. Era uma orgia completa.
Sentia-me fora da realidade, estranhamente distante de tudo aquilo, até mesmo cansada. Mas meus olhos não podiam deixar Regina. Ver o prazer no corpo dela, como pegava a morena com vontade, me matava por dentro.
Fazia parecer que às vezes em que me pegou assim foram simples fodas, sem nenhuma importância, quando pra mim sempre foram especiais, únicas. Ela começou a gozar e ondulou sob suas arremetidas selvagens. Então Regina ergueu-se completamente nua e suada, com aquele seu corpo sensual e lindo que passei a amar, que desejei sempre como meu. Mas que nunca o foi. Ela se afastou e voltou com um pote de gel, não me olhou, não me desejou nem vacilou. Eu era nada ali.
Foi para trás de Ruby e, sem dizer nada, afastou os cabelos dela para um de seus ombros, mordiscou sua nuca, enquanto Zelena ainda a chupava. Então passou a meter o dedo cheio de gel no ânus dela, preparando-a, fazendo-a gemer e implorar que a penetrasse. Colocou seu membro, inclinou-se sobre ela e penetrou em seu orifício, enquanto Zelena a comia na vagina, Ruby começou a gritar e rebolar alucinada entre elas, que não a pouparam, metendo nela com vontade. Fiquei olhando fixamente para Regina chocada, sem querer admirando-a e odiando-a ao mesmo tempo. Seus corpo ondulavam, seu rosto estava contorcido pelo tesão, uma fina camada de suor fazia sua pele brilhar. E quando Ruby teve um orgasmo, as feições dela se contorceram ainda mais e ela começou a gozar, em silêncio, bruta, seca.
Quando acabou, saiu de dentro dela e foi para o interior de residência. Pensei seriamente em me levantar e ir embora, desistir de tudo. Mas o desespero de ficar sem ela era tão grande, que deixei as lágrimas descerem por meu rosto e abaixei a cabeça para disfarçá-las. Enxuguei-as rapidamente, muito dividida, muito arrasada para pensar com clareza naquele momento. Já estava mais recuperada quando ela retornou de banho tomado, ainda nua. Zelena e Ruby tinham acabado e fumavam um cigarro no sofá, ambas nuas, satisfeitas. Os outros continuavam na orgia, Regina veio até mim, olhando-me fixamente. E indagou duramente:
- Quer ir embora?
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Minha Tentação (CONCLUIDA)
RomanceEmma é uma garota inocente, perdeu os pais e irmã muito nova, trabalha em uma firma de advocacia, não costumava sair pra se divertir, sua vida era faculdade e trabalho, até seu aniversário de 21 anos onde ela resolve sair da rotina com suas amigas e...