Jimin: Jeon Sungjin

276 33 33
                                    

POV Jimin:

— Sungjin...

Foi inevitável não chorar.

Era o Sungjin.

Era o meu melhor amigo.

— Sou eu Jimin. – Afirma sorrindo.

Na hora eu nem prestei muita atenção na pessoa que estava sentada ao lado do Sung. A única coisa que me veio à cabeça foi abraçar aquele ser humano lindo, que estava de braços abertos, pronto para me receber.

— Sungnie... - Sussurrei em meio às lágrimas.

— Jiminnie... - Sussurrou.

Não sei exatamente quanto tempo passamos abraçados, mas sei que foi tempo suficiente para que o outro homem que estava sentado no sofá precisasse chamar nossa atenção.

— Eu realmente não queria atrapalhar o momento de vocês, mas tenho certeza de que já se passaram quase trinta minutos. – Comentou divertido.

Ouvi a risada fofa do meu amigo antes de nos afastarmos. Assim que nos distanciamos pude reparar no outro homem ali presente. Ele tinha cabelos loiros bonitos, pele bem clarinha, era magrinho e usava um óculos redondinho muito fofo. Em resumo ele era bem bonito.

— Me desculpa a indelicadeza, eu sou Jimin. – Me apresentei com um sorriso delicado.

O homem sorriu divertido e me cumprimentou.

— Eu já sabia disso, o Sung fala muito de você. Eu sou o Jae, esposo do seu amigo. – Respondeu, sem deixar o sorriso sumiu do rosto.

Travei no lugar quando ouvi sua fala.

— E-esposo? Você casou e nem me avisou?! – Perguntei indignado.

Sung apenas riu.

— Tem várias coisas que você não sabe sobre mim. Mas não se preocupe, estou aqui justamente para contar tudo o que você perdeu.

— Acho bom, tenho muitas perguntas.

— Vou deixar vocês sozinhos. Quando terminarem me chamem, vou estar na cozinha ajudando a Sra. Park a fazer o jantar. – Diz Jae.

O mesmo se levantou, beijou a testa do esposo, sorriu pra mim e seguiu até a cozinha.

— Nossa... você some por nove anos e quando volta, volta casado. – Brinquei.

— Pois é, muitas coisas aconteceram durante esses nove anos.

— E eu quero saber de tudo, pode abrir o bico.

— Vamos para o seu antigo quarto, algumas coisas precisam ser contadas entre quatro paredes.

Apenas concordei e subimos as escadas juntos. Meu antigo quarto era o último do corredor. Assim que entramos, um sentimento de nostalgia enorme me atingiu e o sorriso que surgiu veio fácil.

Meu quarto continuava o mesmo. As paredes em um tom claro de azul, a cama de casal com um edredom do Capitão América, estantes cheias de livros e histórias em quadrinhos, minha mesa de estudos estava organizadinha com todos os meus antigos livros da escola dispostos ali em cima.

— O seu quarto continua o mesmo. – Comentou Sung.

— Não tinha muito o que mudar na verdade, sai de casa com dezoito, foi dois anos depois de você sumir. – Resmunguei.

Nos sentamos na cama, um de frente para o outro. Haviam tantas perguntas rondando minha cabeça, tanta coisa podia ser esclarecida agora.

— Sei que tem muitas perguntas para fazer e saiba que responderei todas elas, mas eu não quero começar com a coisas tristes, então...

My First and Last BreathOnde histórias criam vida. Descubra agora