[4] PIÑA COLADA

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⚠️ Por favor leiam as notas de roda pé!! Boa leitura!!

PANDEMONIO

Eu posso com toda certeza do mundo dizer aqui, que eu abri os meus olhos total e unicamente pelo maravilhoso cheiro de café e panquecas que eu sentia vir do outro lado do quarto, enquanto o Jungkook vinha com uma bela bandeja de prata para o meu lado, com uma refeição de café da manhã completa.

Mas eu estaria mentindo.

O meu sufoco só foi sanado quando eu abri os meus olhos na manhã de sábado, sentindo uma claustrofobia forte apertar a cabeça e o ar faltar a minha volta. O motivo? ele tem nome e sobrenome e um abraço de dar arrepios.

Nesse momento Jungkook amassava a minha cabeça enquanto dormia o seu sono de princesa. Na mesma posição confortável em que dormimos ontem eu acordei hoje, entretanto o abraço que ontem estava em meus ombros agora me dava uma prensa de trator no crânio, sentindo o meu corpo mais pesado do que o normal eu tentei me desvencilhar dos braços que me apertavam em um sufoco terrível. E eu tenho certeza, de que é hoje que eu mato alguém.

Deslizei as mãos pelos braços subindo até encontrar seus ombros, e por fim a sua cabeçona. É incrível como de manhã eu fico lerdo.

- Jungkook! -  chamei enquanto empurrava a sua cabeça para longe de mim.

Tudo o que eu recebi de volta foi um longo e preguiçoso murmurio em puro descontento, do detentor da minha liberdade.

- Jungkook! - chamei de novo recebendo um aperto mais forte ainda. Que carência é essa meu pai? eu estou começando a achar que hoje eu não mato: hoje eu morro - Jungkook, me solta filho da mãe. Eu juro que vou te matar.

- Hmmmnn... - soltou outro gemido alto e manhoso, dessa vez me dando um pouco mais de liberdade para respirar.

- Garoto, você deve estar tentando me matar. - empurrei novamente seu corpo finalmente saindo do abraço da morte - Que droga.

Me levantei em passos firmes e vi ele se virar preguiçoso na cama, coçando os olhos preguiçoso - O que foi hein Tampinha?

- Além de você tentando me sufocar? - perguntei ironicamente vendo sua carinha inchada se transformar em confusão.

- Eu? Mas eu nem fiz nada. - se sentou na cama e ficou com o olhar sorridente para mim - Na verdade eu nem te encostei.

- E quem é que estava agarrado em mim igual a um coala? - falei sentindo seu sinismo de longe aumentar gradativamente.

- Eu só vi você no cantinho da cama, encolhido de madrugada e te puxei para te proteger do frio. Só isso. - seu sorrisinho de galã se fez presente quando deu sua desculpa fajuta.

- Pois da próxima você me deixe congelar.

Suas sobrancelhas se ergueram sobre os olhos - Quer dizer que vai ter uma próxima? - cruzou os braços e eu virei os olhos.

Seus cabelinhos estavam todos para o alto como se ele nunca tivesse visto um pente na vida, o nariz estava vermelhinho e os olhos inchados. Confesso que achei fofo, mas ele acabou de me sufocar com o seu abraço de Mortal Kombat, então não tem nada de fofinho ali.

- Como é que você acordou cedo assim? - perguntou enquanto se esticava para olhar o visor do celular que estava em cima de uma das mesas laterais da cama, acompanhadas cada uma de um abajur creme.

- Como assim cedo? Já são oito da manhã. - disse óbvio.

- Dãã? Cedo? - ele falou, ainda mais óbvio do que eu. Qual será que é o horário normal para uma pessoa rica?

CABARETOnde histórias criam vida. Descubra agora