[17] TOM COLLINS

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DA TERRA À LUA

Sentir o nervosismo de subir outra vez a sala de Seokjin fez com que eu me lembrasse do primeiro momento em que pisei ali ao lado de Hoseok, e nada nem ninguém poderia me acalmar.

- Você não pode entrar. - O segurança alto disse, se colocando a minha frente.

- M-mas eu preciso falar com o Jin- - O homem franziu o cenho irredutível, passando o olhar sério por todo o meu corpo, provavelmente pensando se deveria me chutar dali ou se me jogava no primeiro andar pelas laterais. - Eu quis dizer Senhor Kim.

- E eu quis dizer que você não pode passar. - Ele repetiu, cruzando os braços que eram da grossura do meu corpo todo.

- Olha, por favor, pode chama-lo? É coisa rápida, eu prometo. - Pedi com as mãos unidas.

- Não. - Ele acenou com a cabeça. - Ele está em reunião.

- Mas que-... - Eu passei as mãos nos cabelos, de acordo com o meu celular quebrado já eram seis e quarenta, o meu combinado com Jungkook era de que eu estaria lá às seis, o jogo começaria às sete e eu não fazia ideia de como chegaria a tempo. Bom, isso eu digo presumindo que ele vá querer ver a minha cara depois de tudo. - Você por acaso já precisou de algo ou de alguém na vida?!

Ele se abriu completamente, e eu sai correndo, abandonei ele sozinho sem nenhuma resposta. Eu apenas joguei tudo no colo dele e sumi, assim como com o Nam.

- Vamos fazer o seguinte. - Ele disse, com cara de poucos amigos. - Eu vou te dar a chance de descer aquele elevador sozinho, sem precisar te escoltar, será que pode ser? - Ameaçou, e até que soava como uma grande ideia, mas eu não poderia dar o braço a torcer, não outra vez.

- E-eu... - Senti o meu celular vibrar no meu bolso, e levei automaticamente ao ouvido, sentindo o olhar do homem queimar sobre mim, recuando alguns passos instintivamente. - Alô? - Falei com a voz trêmula.

- Onde é que você se meteu?! Disse que viria! - Taehyung gritou, com exaspero, sem a mínima paciência.

- O-olha, me desculpa, eu não podia sair do nada! Eu corri pra ajeitar tudo no bar, eu pego mais cedo no sábado! Eu estou tentando falar com o Jin que vou precisar de sair, mais tem um brutamontes me impedindo. - Falei, sentindo estresse e nervosismo nas veias.

- Argh! Espera aí, eu vou resolver. - Ele disse e eu abri a boca para responder, mas ele desligou.

- Filho da-... - Falei para o nada, olhando para o celular. - Desligou. - Falei para o segurança que me olhava de longe, provavelmente sentindo um misto de vergonha alheia e pena, ainda sem dar a minima.

- Não tema, com o Hoseok não tem problema. - Hope disse surgindo pelo elevador, com o celular na orelha.

- OOOOOOIIII COISA MAIS LINDINHA DE MINHA VIDA. - Ele passou por mim, deixando um beijo estalado na minha bochecha e me puxando pela mão. - Tudo bem? - Eu franzi a testa ao o ver, quando eu cheguei para organizar o bar ele ainda não estava aqui.

Ele estava de jaqueta e de luvas ainda, com o capacete em mãos, havia acabado de chegar, pelo visto.

- Ah! Você não imagina o quanto. - Reclamei, passando a mão pelo rosto.

- A mas por que?! Quem ousa te perturbar? - Ele disse dividindo seu olhar e atenção entre, a carteira que ele revirava, o celular que ele segurava contra o ombro, e a mim mesmo, com quem ele tinha toda a paciência de conversar, mesmo quando eu estava igual a um zumbi em sua casa.

Fato: Hoseok é a pessoa mais fofa, prestativa, educada e calorosa que eu conheço. Com uma cara de motoqueiro rebelde, mas por dentro, um solzinho.

CABARETOnde histórias criam vida. Descubra agora