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Quando meu telefone toca praticamente no fim da reunião com os Alemães, quase dou um pulo da cadeira por ver que o número é de casa, pedindo licença para os Empresários, retiro-me da sala e sigo para o corredor, atendendo logo em seguida, no entan...

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Quando meu telefone toca praticamente no fim da reunião com os Alemães, quase dou um pulo da cadeira por ver que o número é de casa, pedindo licença para os Empresários, retiro-me da sala e sigo para o corredor, atendendo logo em seguida, no entanto antes que eu possa falar algo, ouço a voz da Vera.

– Meu Menino!

– Vera, aconteceu alguma coisa? Ana está bem?

– Está sim, mas acho melhor você correr para casa ou então vá direto para o Hospital. A bolsa dela acabou de romper. – Vera fala e ao fundo ouço Ana resmungar. Ela parece estar sentindo dor.

– Já estou indo Vera, estou chegando...

Sem saber bem o que fazer, eu apenas volto para a sala de reuniões e aviso a Arash para terminar a reunião sem mim. Peço desculpa aos Empresários e nem espero suas respostas praticamente saio correndo.

Meus filhos! Meus bebês vão nascer!

Dentro do carro só ouço Taylor falando por seu rádio dando ordens e mais ordens e sei que ele hoje estará em alerta e preparado para tudo. Ele praticamente voa a caminho de casa e logo chegamos. Já encontrando toda equipe atenta.

– Taylor, como será feito a segurança se não sabemos quem é o traidor? – Pergunto antes de abrir a porta.

– Montei duplas e estão proibidos de se separarem. Vamos torcer para ser apenas um assim ele ou ela, não terá chances de fazer nada a não ser que se revele.

Apenas confirmo com a cabeça e desço correndo, subindo as escadas de três em três degraus, indo ao encontro de minha esposa que da porta ouço seu gemido e vejo quando faz careta passando a mão em sua barriga.

– Estou aqui Baby. Estou aqui. – Digo abraçando-a enquanto ela segura minha mão com tanta força que penso que vai quebrar meus dedos. – Vamos para o Hospital. Já liguei para a médica e ela nos encontrará lá.

– Que bom que chegou meu Menino, as contratações estão rápidas, é melhor irmos logo.

– Certo, então vamos.

Seguro-a em meus braços e saio do quarto a passos largos, cruzando com Miguel, Raymond e Parrish no corredor e pedindo a Deus para que tudo ocorra bem, que minha mulher consiga trazer nossos filhos ao mundo fortes e saudáveis e sem nenhuma complicação.

Sinto-me perdido sem saber o que fazer vendo minha mulher sofrer com dores. Eu sei que é o processo natural na hora do parto, mas bem que poderia ser menos doloroso. É angustiante, frustrante e enlouquecedor. Nenhum livro, pesquisas, ensinamentos... Nada nos prepara para essas horas.

Ana aperta minha mão, segura firme meu braço, fecha os olhos, ela chora e briga comigo a cada contração que sente. Isso deve estar doendo pra cacete para que ela esteja falando tudo isso. Mas não deixa de ser a mulher forte e determinada de sempre, mesmo que por vezes eu sei que a dor esteja falando mais alto, no entanto eu aceito tudo, é o mínimo que eu posso fazer para amenizar seu sofrimento, sendo que tudo depende dela para que nossos filhos venham ao mundo.

MINHA SALVAÇÃO  (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora