Acordei assustada com um barulho vindo da porta, era como se batessem em minha cabeça mas estavam batendo na porta e ouvi a voz da minha omma.
O quarto pela primeira vez estava escuro, antes de dormir usei pela primeira vez as persianas, que sempre as mantive aberta. Sempre gostei de dormir olhando para o céu e as estrelas, me trazia paz e esperança. Mas agora, depois do que quase aconteceu ontem, fiquei com medo, olhar a noite pela janela me trouxe medo, encheu meu coração de medo. Medo dele ainda está lá fora. Medo dele saber onde moro. Medo dele está me observando pela janela. Mesmo com a janela e porta trancadas eu ainda não me sentia segura.
— JiWon? Acorde ou vai chegar atrasada no trabalho!.
A mais velha falava do outro lado da porta, as lembranças de ontem no beco vieram na minha cabeça e fechei os olhos tentando espanta as imagens da minha cabeça. E mais uma vez ela falou.
— Está acordada?? porque trancou a porta?.—ela pergunta girando a maçaneta.
— estou acordada omma, por favor pare de bater na porta.— falo ainda deitada na cama, sinto meu corpo muito pesado para levantar.
— ta bem, vai chegar atrasada no trabalho.— avisou novamente.
— não vou trabalhar. A tia mey vai ao médico hoje.— falei e ela murmurou um "tudo bem".— eu vou aproveitar o dia para descansar.
Aproveitar o dia para ficar trancada no quarto sem correr riscos.
— ok, estou indo para o trabalho.
— tenham um bom dia.— falei tentando ser o mais gentil possível e ela murmurou um obrigada e seus passos ficaram distantes, suspirei pesadamente olhando para o teto com estrelinhas verdes.
Durante a manhã toda e a tarde fiquei no meu quarto lendo, pensando enquanto tentava dormir e arrumando algumas coisas, saí algumas vezes pra comer porque quando cheguei em casa vim direto para o quarto. Mesmo com a casa toda trancada ainda sentia medo, tive que tomar alguns calmantes por dia.
Por volta das cinco ou seis da tarde a omma chegou e um pouco mais tarde o appa também. Mas continuei no meu quarto, eu havia feito panquecas e fiz algumas a mais para não precisa ter que sair do quarto.
A noite chegou e logo mais o dia também vai. Amanhã tem aula e depois da aula tenho que ir na psicóloga e o trabalho. Não quero sair da minha cama.
Tive que tomar mais remédios porque não conseguia dormir e já era tarde.Acordo com o som repetitivo e irritante do despertador que tocava desesperadamente na mesinha ao lado da cama. A minha vontade era de jogar o celular na parede, mas não fiz isso e apenas desliguei o alarme. Até porque eu comprei ele com o meu próprio dinheiro, e tenho noção que não e barato. Foi a primeira coisa que comprei com o meu próprio dinheiro, o Tae foi comigo na loja comprar.
Ele não parava de fala o quanto estava orgulhoso, eu estava muito, muito feliz mesmo. Foi a minha segunda conquista, a primeira foi está trabalhando.Quando fui me vestir notei a região do corte da faca vermelho e um pouco inchada, mesmo que eu tenha desinfetado corretamente não serviu de nada.
— droga.— falo olhando no espelho.— era só o que me faltava.
A faca estava suja ou sei lá. O corte está na primeira fase da inflamação, pelo visto vai demorar a cicatrizar.
Tomei um remédio para a inflamação e fiz um curativo. Eu tinha que cobrir o curativo, vesti uma blusa preta de gola alta e vesti o uniforme escolar por cima.
Estou vestida como se fosse inverno, o lado bom que ontem começou o mês de setembro o clima vai começar a esfriar logo.O outono está começando. Eu estou começando a odiar o outono, as folhas estou mudando de verde para laranja fogo e vão secar, isso significa que estão mortas e as árvores ficam sem folhas e parecem mortas.
O Outono me lembra a morte.
E eu estou farta da morte.— Oi JiWon.— a voz do jimin surgiu atrás de mim, me fazendo dá um pequeno pulo de surto ao me tirar dos meus pensamentos.— desculpa te assustei?
— não, eu só estava distraída. Bom dia.
— bom dia.— diz e voltamos a andar rumo a escola.— JiWon?
— hum?.
— vc assistiu o jornal local ontem?— perguntou.
— não, faz muito tempo que não assisto jornal. Porque?.— perguntei.
— Aquele cara do beco foi preso.
— mesmo?— perguntei e senti meu coração relaxar com a notícia.
— sim, depois que te deixei em casa voltei no beco. Só para ter certeza que ele ainda tava lá, e estava no chão inconsciente. Aí liguei pra polícia e contei o que aconteceu.
— contou?.— ele assentiu.
— Não se preocupar, eu não disse que era vc. Eu disse a eles que tinha visto uma garota sendo arrastada pro beco e depois um gritou, e quê eu acertei um pau na cabeça dele e ela agradeceu e fugiu.
— e eles acreditaram?.
— acho que só não acreditaram na parte que eu não conhecia a garota, a policial ficou me olhando desconfiada nessa parte e depois me liberou. Aquele cara estava sendo procurando por toda a Coreia.
Eu não tinha palavras.
Na verdade tinha mas eu não consegui falar. Estou aliviada por aquele homem asqueroso está preso, mas ainda estou com medo. Ele não e o único monstro que anda solto pelas ruas.— JiWon. Vc tá bem?.
"Não, não estou bem a
muito tempo."
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Oiiie tudo bem???
Estão se cuidando direitinho??
Estão cuidando da saúde mental de vcs???
Eu espero que sim!!!
Meditação e ótimo, deveriam tentar!!.
Sério!Se gostou do capítulo peço que deixe seu voto e comentários.
Obrigada pela leitura e fiquem bem 😊😚
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Meu Anjo Protetor. - Park Jimin (BTS).
Ficção AdolescenteMinha vida? Eu poderia dizer que é normal mas isso seria uma mentira. Sou mestiça, mas não tenho aparência de uma típica asiática pelo fato da minha omma ser mestiça e por esse motivo também sofro bullying na escola. Em um fim de expediente que pe...