Cap - 13.

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          O sol radiante no céu azul fazia meus olhos arderem se eu olhasse por tempo de mais para o céu. A caminho do cemitério noto que não tem neve no chão, a neve que caiu ontem foi somente aquela. Em nenhum jornal teve o assunto da neve fora de época que caiu ontem, ninguém viu ou ouviu falarem sobre a neve que caiu ontem.
          Será que estou a ficar louca?
          Fui a única a ver a neve caindo em agosto? E talvez eu esteja, talvez.
          A pessoas andando com pressa, com medo de perder seus compromissos. É eu só queria tem tido mais tempo com o Tae, ter dito mais vezes que o amava. Acho que não disse o suficiente, nada foi suficiente.

         "Kim Taehyung", quantas vezes eu já li o seu nome nessa lápide? Acho que nem posso mais contar, foram realmente muitas. Todas as vezes desejando não ser real. Todas as vezes desejando abrir os olhos e ver outro nome a não ser o dele.

          E mais uma vez estou lendo o seu nome que está escrito em sua lápide. "Kim Taehyung".

         Um pouco mais longe do túmulo do Tae está o túmulo do meu amigo de infância Kim Jongin, morreu aos sete anos de idade. A última vez que vim visitá-lo foi ano passado , no dia dos mortos. O Tae estava comigo.

      — sinto a falta de vocês. Não imaginam o quanto.— falo enquanto seco algumas lágrimas com a manga do casaco.

           Enquanto estava ali parada lembrando da infância, das brincadeiras e das risadas. Veio a mente a conversa que tive com a Clark, sobre pra onde o nosso espírito vai quando morremos.

      — Onde vcs estão? Estão bem?— as perguntas saíram sem eu perceber.— estou louca. Não a ninguém para responder.

          Fiquei no cemitério por um pouco mais de uma hora, falando sozinha. E depois vou para o trabalho, tia Mey como sempre me recebendo com um gentil "bom dia" e um abraço.

      — já estava ficando preocupada.

      — desculpa tia, acabei demorando um pouco a mais.

      — tudo bem. Dormiu demais foi?— perguntou sorriso.

      — não. Fui...Fui visitar um amigo de infância.

      — amigo?? Sei.

      — Tia!!.

      —tá bem, amigos. Eu o conheço?.— perguntou a mais velha cheia de curiosidade.

      — Não. Ele...Ele tava morando fora do país.

      — quero conhece-lo um dia.

      — e um dia...

          Esse dia nunca vai chegar, bom não em vida.

          O que eu poderia dizer a ela? "A senhora não pode conhecê-lo. Por que? Ele está morto a 9 anos.". Ela não iria ficar feliz por eu ter ido no cemitério de novo. Eu já havia prometido não ir mais sozinha, essa e uma promessa muito difícil de cumprir. As pessoas não gostam de ir no cemitério , não que eu goste. E que não consigo evitar, sempre tenho uma pontinha de esperança de chegar e ver que o nome do meu irmão não esteja mais escrito na lápide.

          Essa pontinha de esperança, está morrendo de pedacinho a pedacinho a cada dia que vejo o mesmo nome na lápide.

          O resto da manhã e da tarde foi normal, foi um dia de trabalho normal. No fim do expediente me despedir da tia Mey e fui pelo mesmo caminho de sempre.

          Na rua havia poucos carros trafegando pelas ruas por ser sábado, já não haviam pessoas nas ruas, apenas nas lojas e mercados que ainda estavam abertos. O céu nublado não permitia que a lua iluminasse as ruas, a iluminação dos portes não iluminava tudo. Os becos pelo caminho continuavam escuros, e passando por eles um arrepio sempre percorrer pela minha espinha. Uma sensação ruim percorrer pelo meu corpo todo, minha respiração aos poucos ficando irregular.

Meu Anjo Protetor. - Park Jimin (BTS).Onde histórias criam vida. Descubra agora