Cap - 16.

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          — Oi, cheguei.— falo ao ver a Omma sentada no sofá assistindo tevê.

      — Já vi, o jantar está em cima do fogão.

          Como sempre uma ótima recepção. Minha vontade e de lhe dá as costas é saí de casa, ficar vagando pela as ruas só voltar depois dos meus appas estarem dormir. Mas apenas respiro fundo e falo.

      — Está bem. Vou tomar um banho antes de jantarmos.

      — Já jantamos, o que sobrar guarde na geladeira.— diz desligando a teve e sobe a escada indo para o corredor da direita, onde fica o seu quarto.

      — Obrigada pela refeição.— falo já depois dela ter ido embora.

      Está tudo bem, isso é normal.
      Está tudo bem.
      Está tudo bem, eu tô bem.
      Eu já tô acostumada com isso, é        apenas mais um dia.
      Somos os irmãos Kim.

      O meu antigo mantra não funciona mais.

      Os irmãos Kim.
      Agora sou só eu.

      — Os irmãos Kim não existem mais.—Falo vendo a água quente pingar dos meus cabelos pretos. — sou só eu.

      "Sou só eu"

      Essa pequena frase ficou martelando na minha cabeça durante a noite toda. Mais uma noite sem dormir, já está virando rotina. Eu não sei se aguento por mais tempo, tenho a ferramenta que preciso.

      Todos pensaram que foi um acidente tipo "Ela esqueceu, tomou o remédio e foi dormir", "Não foi de propósito".

      E, talvez.

      Não sei.

      Talvez?

       Assim o dia começou a clarear, o dia está bonito, um pouco nublado mas ainda sim lindo.

      Na sala de aula, vários cochichos e olhares assustados ainda por causa de ontem. Na minha mesa está escrito "assassina psicopata", isso e tão idiota quanto a pessoa que escreveu isso. No intervalo mais olhares e cochichos sobre mim, mais rumores como se já não tivesse o suficiente.

      Depois do inferno, quer dizer escola vou almoçar no restaurante dos Yamaso, como sempre o meu lamen Takayama está maravilhoso. Depois de almoçar vou pra mais uma sessão com a Clark, não sei se tá fazendo alguma diferença mas e bom conversar com ela como uma amiga, mesmo que eu não consiga falar sobre meus problemas.
      E bom conversar.

       — Oi Holly, Boa tarde.

       —Oi Boa tarde JiWon, pode entrar, ela já está te esperando.

        — Obrigada.

       Bato na porta como todo dia e a Clark a abre e me pega de surpresa com um abraço apertado, no início hesite mais logo correspondo seu abraço.

      — JiWon eu sinto muito.

      — Senti o que?.— Perguntei sem entender o que se passava.

      — Não lhe contaram?.—me olhou confusa e neguei.

      — Não. O que eu deveria saber?.— Perguntou me sentando no sofá bege.

      — A sua avó...

      — O que tem a minha vó??.— Perguntei sentindo meu coração se apertar em meu peito e minha respiração descompensada.— O que aconteceu?? Me diga!!.

      — Ela morreu, pela madrugada enquanto dormia.

      — Não, ela... não...

       Não não não não não, não pode ser. Eu não... Não.

       — Não... Vc está mentindo, não está??— falo já chorando.— Por favor, me diga que está brincando, me diga que e um teste!!.

       —eu bem que queria estar. Mas não, ela se...foi.

      —Não, eu não...— Falo e fico de pé pegando minha bolsa.

      — JiWon sentisse por favor.— pediu ficando de pé.— Vou pegar uma água e calmante.

       — Eu não quero nada...nada. Eu só...quero ir embora.— Falo indo em direção a porta e saio correndo do prédio chorando, a caminho de casa ligo pra tia mey e falo o que aconteceu.

      Muitas pessoas me olhavam preocupada por está falando ao telefone e chorando, nem liguei de tá chorando em público. Está me doendo muito, não consigo segurar. Eu já deveria está acostumada a lidar com isso, mas... eu não consigo... eu não sou forte. Chegando em casa a porta estava um pouca aberta e as vozes davam de ser ouvidas da rua.

      — Ela morreu, nada me prende a vcs.— era a o appa e ele parecia feliz.

      — Estamos livres, pode da início ao processo do divórcio. Mas só vou assinar depois do velório.

      — Divórcio ?—Pergunto e bato a porta atrás de mim.

         Sei que o casamento dele não e nada bom, mas pelo ao menos poderiam esperar alguns dias depois do velório.

      — JiWon? Não deveria está no trabalho?? Porque está chorando?? — Omma perguntou.

      —Estão felizes como a morte da vovó ?— Perguntei sem ainda acredita, Appa ainda tinha um sorriso no rosto e Omma tentava disfarçar.— Sei que vcs não se importam com as outras pessoas, mas poderiam pelo ao menos fingir tristeza!!— falo quase gritando e subo para o meu quarto com raiva, acabei por quebra alguns retrato dos dois e alguns de família pelo caminho até o quarto, joguei tudo que estava nas prateleiras do quarto no chão incluindo meus livros e fiquei o resto do dia trancada no quarto chorando e quebrando algumas coisas.

       Não saio do meu quarto a três dias, ficava só deitada na minha cama as vezes a tia mey vinha e tentava me fazer comer. Mas e difícil de engolir, a comida não desce.

       Não fiquei muito tempo no velório da vovó, ouvi alguns primos e tias comentando que a vovó morreu por minha causa, a vovó estava se preocupando muito comigo e deixava de se preocupar consigo mesma. Depois de ouvir isso voltei pra casa de ônibus, a omma queria ficar até o fim da cerimônia.

"Eu deveria está acostumada, deveria ter aprendido a lidar com isso, mas... eu não consigo."


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Oiiii tudo bem ???
Como estão ????
Bem???

Quem chorou ???
🙋

Meu Anjo Protetor. - Park Jimin (BTS).Onde histórias criam vida. Descubra agora