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" Li? Sou eu, a Dan, eu estou ligando apenas para dizer que sua mãe teve uma recaída novamente, precisamos de algo.
— Eu não acredito. . . — respondi suspirando e me sentando na entrada do prédio em que tinha uma entrega a ser feita. — olha, meu emprego não me dá muito além do necessário para comida e o aluguel daquele quartinho, mas prometo pensar em algo melhor.
— Li, não faça nada de errado, estou conseguindo ajudar sua mãe por enquanto, mas precisamos de um hospital.
Eu procurei aqui, todos que oferecem esse tratamento são pagos e a conta não é baixa.
 Tudo bem, vamos pensar em algo.
 Por favor, cuide dela."

Desliguei o telefone e me levantei, sequei as lágrimas teimosas que caíram e me dirigi à entrada do prédio.

— Bom dia, eu preciso fazer essa entrega para o senhor Park. — informei a recepcionista que concordou me entregando uma prancheta.

— Deixe seu nome e nome da sua empresa, os funcionários entregarão a ele. — respondeu com um sorriso gentil.

— Não sou permitida, senhorita. A empresa exige que a encomenda seja entregue em mãos e assinada por ele quando se trata de questões empresariais. — eu alertei e ela suspirou.

— Senhor, acompanhe-a até a sala do senhor Park, por favor. — ela pediu a um dos seguranças que logo veio até mim.

Subimos até o sétimo andar de elevador, o que me dava um certo frio na barriga, e assim que saímos, outra secretária pediu que eu assinasse um papel, dessa vez, para garantir que era uma entrega formal. Esse cuidado todo deve ter um motivo, não é possível. 

— Senhor Park? — bati na porta e entrei assim que fui autorizada. — a empresa exige que a encomenda seja entregue em mãos e assinada pelo senhor quando se trata de questões empresariais. — eu repeti a frase e ele assinou. — obrigada. — respondi educadamente e peguei o papel que ele havia acabado de erguer a mão para me devolver.

— Me deixe conversar a sós com ela. — o senhor pediu antes mesmo que eu atravessasse a porta. — sente-se por favor. - ele pediu e eu fiz.

— Senhor, espero não ter violado nenhuma norma da empresa, apenas estava cumprindo as exigências do local em que trabalho. — eu respondi nervosa pela formalidade que o CEO de uma das maiores empresas da China estava se referindo a mim.

— Não foi isso, pelo contrário, meu assunto com você é bem diferente do que tem em mente. —ele começou e eu esperei que ele continuasse. — não é por curiosidade, mas te vi chorando antes de você entrar com a entrega, o que aconteceu? Está tudo bem?

— Senhor, espero que não me entenda mal, mas são assuntos pessoais. — respondi sem jeito e ele sorriu fraco.

— Olha, eu posso te oferecer ajuda se me contar, mas também vou precisar de algo seu. — seu tom era bem sugestivo e, a julgar pelo olhar em seu rosto, ele parecia estar falando bem sério.

— O senhor tem certeza de que pode me ajudar? — questionei e ele sorriu gentil.

— Diga-me o seu problema, eu direi o meu e vemos como podemos nos ajudar. — respondeu sincero e eu concordei.

— Minha mãe... Ela foi diagnosticada com uma doença chamada Amnésia Anterógrada, não há uma cura total, mas sim controle. Já procurei por muitos hospitais, mas os planos que cobrem o tratamento são muito caros para mim. — respondi e ele franziu a sobrancelha.

— E seu pai, sua família? Não tem irmãos? — ele questionou e eu neguei.

— Não senhor, somos só minha mãe e eu. — eu respondi e abaixei a cabeça.

Contract :: Jay ParkOnde histórias criam vida. Descubra agora