capítulo 18

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                             Gabriela Munhoz


As árvores balançavam levemente entre o vento que mas e mas adentravam naquele quarto frio que era único que podia testemunhar os mas lindos sonhos de amor que uma garota poderia sentir. ....
 

 Da sacada, eu podia ver a lua cheia, as estrelas brilhantes enfeitando o céu. Era lindo, tão perfeito que poderia durar para sempre como a minha felicidade também poderia. Porquê tudo tinha que  mudar?

Virei meu corpo e me vi de frente a solidão, que agora me pareceu ser melhor do que estar acompanhada de um homem doente como Arthur Mallet .

Caminho até a porta pisando suavemente no carpete com medo para que nenhum ruído fosse escutado por ele ao quarto ao lado. Aperto a maçaneta com cautela e a levo para baixo, a porta se abriu e a primeira coisa que senti foi seu cheiro amadeirado, era como se ele estivesse presente ali ou talvez não estiver tido ali e por alguns segundos havia saído . Olhei para o lado tudo escuro e para o outro tudo em silêncio, Talvez eu é que devo estar ficando louca.

Respirei fundo, fechei a porta e caminhei de volta agora para a cama, meu corpo caiu sobre os lençóis e logo meu rosto afundou no travesseiro e permaneceu. Minha mente não parava nem um minuto se quer, Eu queria dormir, acordar e ter a certeza de que tudo o que aconteceu não passou de um pesadelo.
       Respirei o mas profundo a uma brisa fria invadiu o quarto . logo a lembrança da noite passada fez uma sensação estranha e desagradável passar por meu corpo. Eu só queria dormir para de que meus problemas fossem afastados da minha mente e quando soltei o ar com a mesma intensidade ouço uma voz paciente, calma bem no fundo da minha cabeça

— Querida, Está na hora de acordar — Abro meus olhos com dificuldade, mesmo que não posso vê-la nitidamente a voz de Fátima era inconfundível .

Assim que ouvi suas palavras, levantei a cabeça e fitei seus olhos, agora a vendo com mas nitidez sei que não é um sonho, Aquela noite aconteceu e parece que Fátima ja sabia de tudo .
Ela sentou na beira da cama, abriu os braços e repetiu suas palavras .

— Eu sinto muito, Querida — Fiz a única coisa que meu coração necessitava aquele momento, me agarrei no seu abraço quente na esperança de morar lá — Fique sabendo que você tem a mim — Fátima segurou meu rosto com as duas mãos e me fez a encarar— As coisas vão melhorar, Vai ficar tudo bem .. 

Eu já não tinha mas lágrimas, nem voz para agradecer. Apenas acenei com a cabeça e a fiz entender que confiava nela .  A emoção duplicou esse momento então automaticamente escondo meu rosto com as Palmas das mãos — Está tão difícil, tão difícil ...

— Mas vai melhorar, filha, eu vou ajudar-los — Ela olhou para um canto da parede e praticamente viajou dentro de seus pensamentos — Não posso deixar a história se repetir, eu Preciso agir e rápido!

— História se repetir? — Indago confusa, Fátima ainda está dentro de seus pensamentos mas mesmo assim consegue me responder .

— Cada dia que passa ele se parece mas  com o pai, quando ele está inseguro, se afoga na bebida e depois  começa a mostrar a outra face da moeda. Seu amargor, mau humor e indocilidade vem à tona, Não é assim que acontece?

Respiro fundo ..

— Sim — Confirmo

— O estímulo mental dele tortura seus sentimentos  em imaginações cheias de loucura e traições, mesmo que não esteja fazendo nada ele sempre irá pensar que você esconde algo. Isso é perigoso e precisamos reverter essa situação antes que aconteça novamente uma tragédia nessa casa .

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