Arthur Mallet
Ela virou, assustada , os punhos fechados, pronta para atacar, seus olhos arregalados e assustados, a postura dura pela rigidez
- Arthur! Ela é a minha mãe, Por Deus! Será que teria como você respeitar ?Abri a boca, talvez para rir, talvez para me censurar mas só o que consegui fazer foi coçar os olhos com o polegar e o indicador, ironicamente Balancei a cabeça negativamente e nesse segundo não segurei o riso .
- Respeito? - Fitei a Gabriela porém rapidamente voltei o olhar para para sua mãe - Você acha que merece isso Érica?
- Arthur? - Gabriela insistiu em desaprovo .
- Gabriela, deixa! Está tudo bem - Érica meneeou as mãos como se realmente quisesse apaziguar a situação, porém, aquela mulher não me enganava, sentia maldade nela.
Gabriela não via, mas eu sim . Ela não prestava .
- Não posso deixar para lá, isso é uma coisa sem cabimento - Gabriela negou com a cabeça, era notável sua irá aquele momento. - Ele te deve Respeito.
- filha, calma!
- Não, é a segunda vez que ele fala assim de você! - respondeu sua mãe e ainda encarando-a concluiu e, o que ouvi me fez sentir mil e uma facas no peito - Se ele tivesse uma mãe, saberia o quanto é ruim ouvir alguém dizer algo desse tipo a pessoa que te deu a vida .
Olhei para Gabriela, esperava que ela defendesse a mãe mas não pensei que fosse além dos limites.
- O que disse? - Um passo e peguei-a pelo braço e sinceramente não me importei se estivesse a machucando .
- É isso mesmo, te garanto que se você tivesse mãe saberia o quanto dói ver alguém que ama atacar-la dessa maneira . - O ar me faltou e fui arremessado a um dos piores pesadelos que vivi.
Eu com dez anos, No intervalo da escola. Como sempre brincando de luta com meu melhore amigo, Um soco mal calculado e ele estava no chão me olhando assustado enquanto o sangue escorria do seu nariz, minha inocência me fez avançar para ajudar, não queria que aquilo tivesse acontecido, não queria ver-lo daquela forma afinal somos amigos e eu me importo com ele mas, Antes que eu podesse chegar até ele uma força maior me empediu e me colocou de frente para o início da minha pior tortura mental . A temida diretora do colégio Elite me chacoalhou por diversas vezes enquanto questionava o motivo do meu comportamento, eu era só um menino, chorava e gritava, tentava falar que aquilo não tinha sido por querer. Ela por sua vez não acreditou. Parou de me chacoalhar e colocou-me bem próximo do seu rosto, um rosto marcado por um começo envelhecimento e disse.
- Sabe por que seu pai foi embora? Porque você é um garoto perverso, e garotos como você não merecem ter alguém que se importe!
- Huumm .. eu não sou perverso, sua bruxa - tentei por diversas vezes me desvencilhar porém, as mãos dela mesmo sendo enrrugadas ainda sim eram mais fortes que todo os músculos do meu pequeno corpo .
- Sim você é, por isso também não tem mãe, por que mães são boas e elas não querem filhos assim. Você não merece ter alguém que te ame!
Não pedi para ser assim, eu não sei o porquê, mas parece que todo mundo é normal e não erra tanto igual eu.
Eu me senti um lixo, porque eu não tinha nada e nem ninguém na minha vida além de Fátima que ainda parecia gostar de mim, e juro, o que mas queria naquele momento era entrar no meio de suas pernas, Abraçar-la e implorar que não desistisse assim como meu pai fez .
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UMA PAIXÃO OBSESSIVA - CONCLUÍDA
Romance** ALERTA ** Neste livro haverá situações de ciúmes descontrolados e casos de dependência emocional retratados como amor. Deixando claro que o intuito não é "Normalizar" esse tipo de relação . Não estamos falando de pessoas reais porém, se...