Gabriela Munhoz
Minhas pálpebras descolaram levemente umas das outras devido a lágrima que desceu, já era três e meia da manhã e eu ainda me encontrava entre as almofadas, encolhida abraçando o meu bebê enquanto os pensamentos na minha cabeça eram um pior que o outro, e os sentimentos de angústia e preocupação que me corroíam eram insuportáveis, eu estava quase enlouquecendo pois não havia uma notícia do Arthur e Já era a décima nona vez que eu ligava para o celular que dava a mesma coisa sempre, caixa postal!
Esperei pôs mas alguns minutos e fui para cozinha preparar um chá, pus a chaleira no fogão e enquanto fervia fui olhar lá para fora e pelos vidros avistei estranhamente Fabíola aquela hora da madrugada coberta com um pequeno chale em suas costas,
temo que pelo tempo frio que estava fazendo,
E em sua frente Henri dizia algo que no fim da frase acariciou seu braço como se estivesse dando-lhe força para algo, um calafrio percorreu meu corpo aquele segundo e não sei o motivo mas Arthur veio na minha cabeça tão intensamente que fui capaz de sussurrar seu nome e ao mesmo tempo acariciar nosso bebê. O único segurança que Arthur fez questão de trazer da mansão assim que me viu pelo vidro, me lançou um olhar tão triste que meu coração doeu de uma forma tão diferente que eu não soube se conseguiria ficar em pé por muito tempo.
Respirei pesadamente, olhei para o sofá e praticamente me arrastei para lá. Minutos depois a porta foi aberta e eu já esperava por aquilo só queria está sentada quando aquilo fosse acontecer . Minha amiga veio até o sofá, sentou-se ao meu lado e pegou minha mão e aconchegou na sua .— Como você se sente? — Ela tinha um olhar de compaixão. Aquele típico olhar de quem está prestes a te dar uma péssima notícia. Como se tivesse pena de mim por ter que ouvir o que ela tinha a me dizer .
Suspirei antes de responder, talvez eu queria tempo para ouvir o que eu tinha quase certeza que seria uma notícia ruim .
— Bem, eu acho. -—Minha voz trêmula e o coração desconcertado me fizeram sorrir de nervoso mas logo o suspiro me trouxe a ficar séria. — Se aconteceu alguma coisa, por favor — Entre o murmuro, fechei os olhos e engoli a saliva — Não me esconde .
Minhas palavras diziam o que eu não sentia. Se Realmente eu estivesse certa, eu queria que ela me escondesse. Céus eu já estava especulando o pior! talvez essa agonia fosse apenas coisa da gravidez, talvez eu esteja nervosa com a morte da Cíntia ou de saber sobre o "Filho deles" ou somente estava saudades do Arthur, talvez não fosse nada e eu estava apenas com medo de toda essa situação . Sim era isso, não aconteceu nada! É apenas coisa da minha cabeça .
— Não vou te esconder nada, Só preciso que você fique calma e entenda minhas palavras — Franzi a sobrancelha e aquele segundo realmente tive medo —Pode fazer isso ?
Demorei um segundo para assentir porém, quando fiz isso eu realmente percebi que meus pensamentos e agonias poderiam estar certas em apertar meu coração .
Ela apertou mas a minha mão, olhou para baixo e antes de começar a falar respirou de um modo tão profundo que podia afirmar que sua alma saiu e voltou do seu corpo no mesmo milésimo de um segundo .
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UMA PAIXÃO OBSESSIVA - CONCLUÍDA
Romance** ALERTA ** Neste livro haverá situações de ciúmes descontrolados e casos de dependência emocional retratados como amor. Deixando claro que o intuito não é "Normalizar" esse tipo de relação . Não estamos falando de pessoas reais porém, se...