capítulo 26

4.6K 234 28
                                    

Arthur Mallet


— Senhor?

O homem ( espécie de mordomo) que nos recepcionou quando adentramos na mansão, agora está com a mão sobre o ombro de Geovani. Meu amigo que estava fissurado na beleza da loira agora com esse toque, voltou a realidade!

— Seu pai está te guardando no escritório . — O homem agora me olhou — Pediu para que o senhor venha também Sr. Mallet .

— Merda! - Geovani Esbravejou — Quem está com ele ? —O homem não respondeu, Geovani balançou a cabeça negativamente . — Arthur, eu não tenho nada a ver com isso!

Encarei-o com um certo questionamento. Molhei os lábios com a minha língua e fitei a Gabriela que estava ao meu lado e depois voltei ao Geovani .

— Nada a ver com o que ? Eu não estou entendendo! — Indago, ele vacila o olhar para o lado — Combinamos de terminar aquele assunto no escritório, deve ser o Gerson que está com o seu pai .

Levanto uma das sobrancelhas esperando uma confirmação mas, ele simplesmente negou

— É, Combinamos mas .. Arthur, é melhor você ver com seus próprios olhos.

Suspiro pesado, Gabriela por sua vez aninhou sua mão no meu braço e me fez a encarar seu rosto apreensivo.

— Está tudo bem princesa, lembra do que eu te falei? — Ela Assentiu, Passei a mão entre os fios negros do seu cabelo e sorri — Certo, eu não vou demorar .

Assenti para o "Mordomo" e depois para o Geovani que dividia seu olhar entre Fabíola e eu. Não digo nada, apenas passo a frente deles e sinto que me seguem. Porém, segundos antes escuto Geovani perguntar .

— Menina, você não me disse seu nome.

— Fabíola .. — A voz fina e meia entrecortada soou atrás de mim, Geovani andava de costas ao meu lado e ao mesmo tempo fitando-a .

— Tire isso da mente — digo a ele assim que se vira, e em quanto ainda estamos seguindo até o escritório. — Ela não vai te querer, ainda mas quando souber que você vai ficar noivo .

— Você não tem como saber! — Ele respondeu quando paramos na grande porta de madeira, sua mão foi na maçaneta — Ela vai ser minha.

— Não vai ser não! — Respondo rápido, baixo e o olhando para que ele abra logo a porta .

Geovani se manteve firme

— Veremos!

— Certo Geovani, agora abre essa porta, não quero deixar a Gabriela sozinha muito tempo. — Digo meio impaciente .

— Arthur — Ele respira e põe a outra mão sobre a testa — Se for o que eu realmente estou pensando, eu juro! Não tenho nada haver com isso.

— Abre! — Essa é a única palavra que desfiro, já estava cansado daquele papo. O que poderia ser tão ruim aí ponto dele repetir "Que não tem nada com Isso" a todo momento ?

Ele abriu a porta e quando entramos um baque me paralisou. Minha respiração Intensificou junto as batidas do meu coração. Minhas pálpebras se debatiam mas rápido e meus olhos queimavam na tentativa de amenizar esse movimento inevitável .

— Arthur .. Filho!

Encarei aquele homem em pé atrás da grande mesa de madeira antiga, o mesmo estava apoiado em uma moleta que o permitia se manter ereto. Rapidamente , lembrei-me do dia em que vi ele no restaurante e vendo-o agora parece que envelheceu uns dez anos. Seu amigo, pai do Geovani que estava parado a sua direita começou a dar passos até a mim .

UMA PAIXÃO OBSESSIVA - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora