capítulo 41

3.5K 207 28
                                    

                                          Gabriela Munhoz

A mansão  devidamente estava escura quando adentrei, como a conhecia não precisaria da luz do celular para enchergar e não tropeçar nos móveis. Havia  algumas frestas sobre as janelas que não a  deixavam totalmente um breu. Agora, parada exatamente na porta aberta do escritório,
Tenho a visão dele, encontrava-se  sentado na
cadeira de couro, no escuro. Ele parecia me ver, mas notava-se que não estava preocupado com a minha presença. Que era estanho, ou talvez não agora que o analisando,  não tenho como dizer qual foi a última vez que estivera totalmente sóbrio.

—  Você vai acabar morto, se continuar assim — Murmuro, dando pequenos passos para frente.

Arthur balbuciou dando de ombros como se não estivesse preocupado com nada .

— Se eu tivesse sorte  —  Disse, fungando friamente.
—Talvez isso acontecesse  — Ele estava vazio, tão vazio quanto seu copo naquele momento .

Eu estava acostumada a ver o Arthur afogar as mágoas no uísque. Mas dessa vez, havia algo extremamente diferente, esse na minha frente não era o Arthur,  esse não passava  um garoto, sufocado pela própria dor.

— Ainda bem que você está anestesiado o bastante — minha voz soou entristecida, movida pela pena daquele "garoto". — Para não sentir o peso dessas pala ...

— Por esse o motivo que eu sempre escolho o Johnnie Walker, Gabriela . —  ele me cortou rapidamente. — Eu posso dizer, fazer ou até mesmo ver coisas que me fére sem sentir absolutamente, Nada!

— Nada mesmo?   — Pergunto, e no mesmo segundo me arrependo, Aquele não era um bom momento para entrar em qualquer conflito com ele .

— Depende —  Conhecia aquele tom de voz sem sentimentos. — depende muito da quantidade que engiro  —  Arthur virou a bebida no copo, e depois bebeu tudo em um só gole, o que tradicionalmente não se fazia com uísque. Colocou o copo sobre a mesa e  sorriu e, é Claro que a bebida interferia totalmente no seu organismo, Ele apoiou seus braços na mesa e abaixou sua cabeça entre eles.

— Arthur   — finalmente ele levantou a cabeça, parando por um momento para pensar se aquilo era mesmo real.

— O que você quer de mim, Gabriela?    — murmurou, encostando a cabeça na cadeira. Eu, daria de tudo para não ter que presenciar ele daquele jeito! Aquilo me destruía por dentro, mas precisava me manter firme e forte. — Diga?

Me próximo mais um pouco e ele trás a cabeça para o lugar de novo. olhou em meus olhos e agora mas de perto posso afirmar com toda a convicção que Arthur oscilava entre a realidade e a alucinação . Respirei pesadamente, buscando o máximo do ar que consegui e começei .

— Eu poderia dizer que tudo que ta acontecendo foi culpa minha, foram por minhas atitudes que me trouxeram essas consequências de agora. — Dizia, e já sentia as lágrimas pensarem meus olhos— Porém, também poderia dizer que preciso de você, que não to aguentando ficar longe, você é importante pra mim, que você é minha base, sem você ao meu lado, eu to desmoronando, nada faz sentindo, Nada!

— Só isso ?  — ele finalmente falou, ignorando a lágrima que acabara de escorrer por minhas  bochechas.  me fitou por longos segundos tentando não demonstrar nenhum tipo de emoção. Mas no fundo havia uma grandeamargura em seu rosto enquanto o encarava de volta, entristecida.

—  Você fala como se não te importasse. — Sorri em meio aquela perplexidade .

—  Talvez não importe – Respirei fundo — Porém,  Gabriela,  não estou mas  interessado em discutir sobre "importâncias" com você. — Concluiu friamente forçando-me a encará-lo.

UMA PAIXÃO OBSESSIVA - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora