capítulo 36

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Dois meses depois ..

                                        Gabriela Munhoz

Entrei no quarto e logo a primeira imagem que vejo é, do Doutor Gael próximo a cama examinando os olhos do Arthur com uma pequena lanterna

— Bom dia  — Cumprimentei ao médico sem nenhuma vontade.

Ele olhou para trás, sorriu levemente e desinclinou-se , guardou a lanterna no bolso do jaleco branco e respondeu

— Bom dia Gabriela — Ele andou para o outro lado da cama para que eu podesse me aproximar do Arthur. — Como está o Heitor? — perguntou tentando melhorar o clima entre nós .

— Está bem, graças a Deus — respondo a ele, não muito simpática.
cheguei até o Arthur e fiquei o observando enquanto acariciava os seus cabelos .

— Está com a avó? — levantei o olhar para ele e apenas respondi balançando a cabeça afirmativamente . — Fez bem, ouvi no noticiário que o tempo esfriará .

— É, eu também ouvi — Dessa vez, não diz questão de fitar-lo .

Eu ainda estava magoada por ontem, eu havia lhe confiado meu momento de fraqueza,  chorei em seu ombro, desabafei e  desmorono em seus braços com tudo,  quando menos esperei ele me beijou  .

— Gabriela, eu não vou te pedir desculpas, por que não estou arrependido .  — Eu ainda estava de pé, evitava olhár-lo por que  cada vez que fazia.— Você quis tanto quanto eu .

Sentia-me traída pela minha mente, pois, eu não havia parado o beijo e sinceramente eu não quis parar, mas não por ele e sim por no momento do ato eu fantasiei a presença quente do corpo do Arthur em mim. Sim! enquanto o doutor Gael acariciava-me eu podia sentir através daquilo nas  entre linhas do meu corpo os dedinhos do Arthur sobre minha pele .

— Para ! — Comecei com a voz elevada mas logo lembrei que ali era um hospital, e estávamos no quarto do pai do meu filho. — Por favor, não quero mas falar sobre esse assunto .

— Gabriela! — ele deu um passo para frente mas lhe desferi um olhar tão duro e intenso que consegui fazer-lo paralisar

— por favor! se já acabou de examinár-lo, peço que me deixe sozinha com meu marido. — ele então molhou os lábios com a ponta da língua, suspirou o ar e assentiu pausadamente em cada segundo .

— Como quiser — disse ele e eu levantei os olhos uma última vez antes de mudar a direção do rosto para baixo novamente e somente quando ouvi a porta ser fechada eu pude respirar tranquilamente .

Beijei a testa do Arthur e dei a volta na cama para me acomodar na poltrona, escondi o rosto sobre a Palma das mãos e Implorei por ajuda aos céus. Sentia que agora sim as coisas poderiam estar saindo do controle .

— Por favor, me diz que o bebê nasceu prematuro — retirei as mãos do rosto e paralizei alguns segundos verificando se aquela voz que eu ouvi era real ou se vinha da minha mente  — Princesa, Não está me ouvindo? — ouvi novamente e então meu coração praticamente parou de bater, levantei e me aproximei da cama perplexa, sem saber o que pensar ou falar e, para minha surpresa um par de olhos verdes e tão familiares me olhava tão serenamente que eu não posso explicar o que me causou

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