Depois de Geovana se acalmar e ter dito que tinha de sair porque estava atrasada para poder pegar o ônibus para voltar para a casa dos pais, eu pude ter como respirar. Eu amava atender os fãs, mas ela parecia um tipo exaltado de fã e eu não parava de rir momento nenhum que estava com ela. A garota não parava de falar e me mostrar toda a sua coleção de pôster que tinha sobre mim desde que comecei a carreira.
-Me desculpe por isso. Ela as vezes não se controla com os sentimentos. -S/N diz e se levanta indo para onde supus ser a cozinha e constatei ao ouvi barulho do fogão sendo ligado. Ela apareceu na porta. -Vou fazer um café rapidinho para você.
-Não se preocupa comigo. Eu estou bem. -Comento e me levanto e vou em sua direção que entra na cozinha e começa a pular em uma perna só para todos os lados tentando arrumar a mesa. Sorrio com sua atitude e logo ela termina o café e eu me sento à mesa e ela também. Hora nenhuma me deixando ajudar.
Nossa conversa foi bem animada e eu mal vi o tempo passar. Ela me contou um pouco de sua vida acadêmica e sobre o que fazia no tempo livre. Disse que amava ouvir minhas músicas antes de ir dormir porque isso acalmava ela. Eu apenas escutei quando ela começou a se empolgar e falar de seus amigos. O jeito que ela falava deles era completamente fofo e sua risada sobre todas as merdas que tinha feito com cada um era contagiante. Mas reparei que hora nenhuma ela disse nada sobre sua família e quando eu perguntava ela desviava a conversa e falava sobre outra coisa.
-Você trabalha ou faz algum estágio? -Perguntei enquanto ajudava ela a ir para a sala novamente. -Digo, porque faculdade é caro e você ainda tem de se bancar aqui.
-Meu pai me ajuda. Ele ficou orgulhoso quando descobriu que passei na faculdade pública no Brasil, mas quando eu entrei, teve uma espécie de confusão, não sei bem, mas minhas notas foram tão boas que a universidade aqui me chamou e ele disse que se eu não aceitasse seria uma idiota. -Foi a primeira vez que ouvi ela falar do pai. E ela contou aquilo com certo orgulho. -Sou a primeira pessoa da família a entrar na faculdade, então acaba que até meus avós ajudam também. E eu quero muito dar o orgulho em ser a primeira a me formar e ter um diploma em alguma graduação.
-Então quer dizer que você é brasileira? -Pergunto e começo a sorrir, os brasileiros eram os melhores fãs que eu tinha. Sem querer desmerecer os outros, mas eles eram os que mais davam de si para ir aos meu shows e poder me ver até. Era louco o jeito que eles me amavam, e eu amava isso e amava eles de volta o tanto quanto eu podia.
-Pois é. Somos loucos, mas fazemos isso de coração. -Ela comenta e sorri. Ela é fofa demais.
-Onde vai passar o natal? Pretende voltar para o Brasil para ver sua família? -Pergunto como quem não quer nada e ela fica pensativa.
-Vou ficar aqui. Todos os meus amigos foram visitar suas famílias, então eu vou ficar e aproveitar as férias para por as séries em dia e dormir muito. -Ela comentou e abaixou a cabeça. -Se eu voltar meu pai não vai ter condição de bancar a viagem então vu perder um semestre. Mas vai valer a pena.
-Eu sei que posso estar invadindo sua privacidade, mas e sua mãe? Hora nenhuma você falou dela na nossa conversa? -Fiquei olhando para seu rosto e ao comentar de sua mãe, seu semblante mudou.
-Não gosto de falar muito nela. É complicado e ela não quer me ver nem ficando rica. Diz que eu vou para o inferno sendo do jeito que sou e então eu fui para a casa do meu pai e me matei de estudar para um dia poder dar orgulho para ela. Mas mesmo assim, acho que nada mudou. Meu pai nem fala com ela pelo modo que ela me tratou da última vez. -Seus olhos estavam cheios de lágrimas. Sinto que a história não é boa, mas eu não forçaria ela a falar disso. Não tinha esse direito de entrar na intimidade dela e fazer com que ela chorasse por causa da mãe.
-Me desculpe por te forçar a lembrar disso. -Eu apenas a abracei e senti a mesma começar a chorar em meu ombro. Ela chorou ao ponto de soluçar e eu queria poder tirar essa dor dela. Fui idiota de tocar nesse assunto, e agora eu tenho de concertar, mas como vou fazer isso?
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Ei, eu prometi que teria um capítulo em breve, e como amanhã eu vou postar a outra história, esse é o último capítulo do ano.
Quero desejar feliz ano novo a vocês. Que 2020 traga muitas esperanças e que possa realizar todos os sonhos que tem guardado.
Meu 2020, não sei como vai começar, mas os planos já estão à tudo vapor. Então vamos lá e se ele nos derrubar, a gente levanta e da na cara deles.
Votem e comentem.
Beijos bb's lindos do meu coração.

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Amor por acidente.
FanfictionUma chuva forte caia sobre Nova York. S/N estava atrasada e a chuva só iria piorar isso. com toda certeza o professor não a deixaria entrar para poder assistir a aula, mas não custava tentar. Enquanto ela corria para poder atravessar a rua, que es...