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Duas semanas haviam se passado, e com ela eu já estava de volta à meu apartamento que dividia com uma amiga. Tinha uma enfermeira que vinha pela manhã, me ajudar com o banho e as roupas, e junto dela tinha sempre um maldito táxi a minha espera, quando eu precisava sair.

Não estava dando um passo sem que me lembrasse de Demi. E eu até que gostava. Mas sabia que não poderia me acostumar com isso, até porque quando eu me recuperasse e tirasse aquele maldito gesso da perna, tudo voltaria a ser normal.

Mas cá entre nós, até nos sites de fofoca eu apareci depois do acidente. As pessoas me descobriram e não paravam de mandar mensagens. Os números nas minhas redes sociais não paravam de subir, mas até aí tudo bem. Agora, quando eles descobriram meu usuário no wattpad foi demais. Eu quis gritar com todo mundo.

-S/N, a Vic tá aqui. -Escutei Geovana gritar no corredor. Ela era a minha colega de apartamento. Era um amor e estava me ajudando muito. Mas não sabia cozinhar e o gosto de macarrão queimado da noite anterior me veio quando ela avisou que faria o café da manhã.

-NÃO. -Me levantei da cama correndo e com a ajuda das muletas pulei até a cozinha o mais rápido que pude. -Eu ainda tô com o gosto do macarrão queimado na boca, então nem ouse chegar perto do fogão. Você consegue queimar até miojo, então sai daqui.

Ela fechou a cara e cruzou os braços e antes de sair da cozinha me tacou o pano de prato na cabeça.

-Eu tento ser gentil e é isso que recebo em troca, Vic. Ela é uma filha da puta. -Escuto ela reclamar e o som da TV sr faz presente.

-Eu tô escutando daqui, e para de me xingar que você sabe muito bem que eu sou a melhor cozinheira dessa casa. -Digo e começo a fazer as panquecas. Eu sempre gostei de cozinhar para mim mesmo e depois que me mudei da casa de minha mãe esse gosto só aumentou já que eu tinha de cozinhar para Geovana também. Já ela limpava a casa aos fins de semana e as vezes lavava a louça do café e do jantar.

Ela me manda pro inferno antes de focar a atenção na televisão e eu fico rindo da atitude infantil dela. Vic aparece na porta da cozinha e eu sorrio para ela.

-Vai querer ajuda? -Ela encosta no batente da porta e fica me olhando. Nego com a cabeça e continuo fazendo a massa da panqueca. -Nem sei porque eu ainda me dou o trabalho de vir aqui. Mesmo recém operada você não fica quieta. 

-Já tem duas semanas que isso aconteceu, e eu não sei o porque também. Poderia estar cuidando de um velo rico. Assim fica com a grana dele depois que o mesmo bater as botas. -Comento e ela pega o pano de prato na pia e me taca. -Qual o problema de vocês e esse pano de prato?

-Eu não sou interesseira, sabe disso. -Ela diz e se senta na cadeira e fica me analisando enquanto coloco a massa para cozinhar na frigideira. 

-Eu sei, só estou zoando, falando nisso, me fala como que o Greg foi de especial para um babaca nível hard. -Greg era o ex dela, que já tinha dito que não era totalmente hétero. 

-Ele só estava em casa, na cama com outra pessoa. Por isso é um babaca de marca maior. -Eu olho para a mesma que sorri e me olha de volta. -E não era qualquer pessoa. Era seu melhor amigo. Sim, era o Nick. 

Eu não acreditei. Ele tava na cama com o Nick. Tampo minha boca em descrença e ela começa a rir. Estava nítido que a mesma não se importava mais com ele. 

-Então, você já superou e muito bem. Mas diz ai, já está em outra? Ou agora só quer aproveitar? -Termino de fazer as panquecas e Vic arruma a mesa e chama a Geovana para comer. 

-Eu quero só aproveitar minha vida agora e tentar cuidar de uma certa mulher que não para quieta dentro de casa e me estressa todo dia de manhã. -A verdade era que Vic tinha se tornado mais que apenas minha enfermeira, ela era minha amiga agora e eu sentia a tensão toda vez que meus amigos vinham me visitar de tarde e encontravam ela aqui. Ou quando eles decidiram que iriam vir para minha casa e dar a festa de despedida de semestre aqui. Eu convidei ela e eles quiseram me bater alegando que era só para nossa turminha. 

Não vou discutir com eles, mas eles que não venham mandar na minha casa se não brigo com eles e os mesmos sabem que eu sei muito bem ganhar usando as técnicas mais baixas a meu favor. Esse era meu forte contra eles. E eles me respeitavam por nunca saber o que eu usaria contra suas pessoas. Mas fora isso, a nossa amizade era bem grande e diria que crua. Eu ia na casa deles sem que os mesmos me convidassem e comia de suas comidas e até dormia lá sem pedir. Era engraçado ver eles acordando no dia seguinte com seus rostos rabiscado ou com os cabelos bagunçados. Suas caras de ressaca era as melhores. 

E eu sentia falta disso todo fim de semestre. E não era diferente agora que cada um tinha voltado para sua cidade e para casa de suas famílias. E eu só não voltei para minha casa por motivos que eu não estou muito afim de tocar agora. Se não eu choro. 

Começamos a comer entre risadas e conversas e logo nosso dia começou. 

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Eu meus amores.

Vim aqui trazer esse capítulo para vocês. Ele tá maior que os outros, mas é porque me empolguei escrevendo ele e falando um pouco dos meus amigos. Ainda bem que ele não tem conta aqui e não vão ler isso.

Se quiserem algo especial nos próximos capítulos é só pedir que eu vou começar a escrever. Esse é o último capítulo que tenho pronto e essa noite eu vou escrever pelo menos alguns e conto com a ajuda de vocês.

Votem e comente porque isso me incentiva a continuar trazendo mais dessa história para vocês.

Beijos bb's lindos do meu coração.

Amor por acidente.Onde histórias criam vida. Descubra agora