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O dia passou e eu continuei dentro do quarto, fechada e deitada na cama. Demi ficou ali até a hora do almoço, mas teve uma reunião já que estava voltando a cantar e teve de sair. Mas não antes de prometer a voltar para me ver a noite. 

Geovana vinha me ver a cada hora e eu só queria ficar ali dentro do quarto, quieta. Não toquei na comida que ela me trouxe e muito menos tive fome. Eu estava acostumada com os sintomas e passaria, mas eu ficar quieta incomodava as pessoas ao meu redor. 

Escutei algumas batidas de leva na porta e logo ela se abrir. A claridade entrou junto com alguém e logo sumiu. A porta se fechou em um som abafado e calmo. Eu estava deitada, virada para o lado da janela e fiquei na mesma posição. Sinto um braço sobre minha cintura e o cheiro do perfume dela se fez presente imediatamento com a sua aproximação.

-Geovana me disse que não quis comer. -Ela fala em tom baixo e eu dou de ombros. Era normal eu não sentir fome depois de um ataque de ansiedade. -Tem certeza de que não quer comer nada? Nem um pouco?

-Eu estou bem. -Me limito a dizer e ela beija meu ombro e continua ali. Dentre todas as pessoas que poderia estar aqui comigo, era ela que me abraçava e que ficava quieta ali. Ela não se pronunciou em momento algum e apenas me abraçou. 

Eu não percebi que estava cansada até pegar no sono e só acordar no dia seguinte com uma dor de cabeça. Demi estava ali, virada para o outro lado, abraçada a um travesseiro e sem a calça jeans, que estava dobrada e colocada na poltrona. Me sentei na cama e estiquei os braços para cima sentindo os mesmos estralarem. 

Me levantei com calma e fui até o banheiro e fiz minha higiene e ao voltar para o quarto percebi que ela estava acordada e sentada no meio da cama. 

-Bom dia. -Ela disse e esfregou o olho com as costas da mão e voltou a se deitar. Achei fofa a ração que teve. 

-Bom dia. Espero não ter te chutado de noite. -Digo e me sento na cama novamente e checo as horas no meu telefone. Tinha algumas mensagens dos meus amigos e umas outras do meu pai. Tinha também mensagem da Demi, de ontem. -Desculpa não ter respondido suas mensagens. 

-Tudo bem. Eu entendo que foi difícil ontem. -Ela diz e se vira para o meu lado e abraça o meu travesseiro. Sorria calmamente e seu semblante de sono entregava que ela não acostumava acordar cedo.

-Volte a dormir, ainda está muito cedo. -Dou um beijo em sua bochecha e na hora que ia me levantar da cama ela me puxa pela cintura. 

-Fica aqui comigo então. -Ela diz e eu sorrio. Beijo sua testa e me levanto.

-Até fico, mas tenho de conversar com a enfermeira que você mesmo contratou para vir me ajudar todo santo dia. Então fica aqui se não ela vai surtar ao te ver. -Digo e vou até a porta. Olho para ela que já estava quase dormindo novamente e sorrio. -A verdade é, quem não surta ao te ver? 

Digo essa última frase mais baixo e saio do quarto e fecho a porta e vou até a sala e vejo Vic sentada no sofá me esperando. Ela sorri e eu vou até ela. Agora é passar por toda rotina da manhã. 


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Hoje o capítulo veio cedo, mas é porque eu tô saindo e só volto a noite.

Bom dia e me digam o que querem mais que vou escrever ainda.

Votem e comentem.

Amo vocês bb's.

Amor por acidente.Onde histórias criam vida. Descubra agora