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Dia vinte e quatro chegou. Eu estava nervosa. Já tinha um presente para Demi, e sim, eu sabia que a família dela estaria lá e eu não conhecei ninguém, então não comprei presente para eles. 

Demi Linda
Espero que esteja pronta. O motorista já saiu para te buscar. Estou ansiosa para te ver.

S/A
Estou mais que pronta. E também ansiosa.

Será que sua família vai gostar de mim?

Se não gostar eu vou fugir.

Demi Linda
Você está com a perna quebrada. Não vai muito longe. Kkk

S/A
Te garanto que vou mais longe do que pensa. Sou rápida my loved.

Demi Linda
Bem rápida. Sei...

E respondendo sua pergunta.

Eles vão te amar. Quem não ama???

S/A
Minha mãe??!

Demi Linda
Fora ela.

E não se preocupe.

Certeza que vai amar. Minha família é igual a mim.

Bom, tenho de ir me arrumar.

Ficar linda para vo...

Linda para as pessoas.

Até mais.

Meu Deus. Eu estava surtando ou foi real? Ela disse que iria se arrumar para ficar linda para mim? 

Não era possível. Aposto que foi um surto que tive ou um erro de digitação. Certeza. Celulares podem errar e mandar algo que você não digitou. Era isso, tinha de ser. E eu sei que era. 

Quer saber. Esquece. Deixa eu me iludir um pouco. 

Me olhei no espelho pelo que pareceu ser a vigésima vez e ajeitei meu cabelo. Eu tinha de estar pelo menos apresentável já que teria a mãe dela estaria lá. Na verdade, a família dela estaria lá e isso me deixava assustada. Ai meu Deus, eu vou morrer de ansiedade. 

Uma hora se passou e eu escutei a campainha tocar. Fui até a porta e respirei fundo. Abri a mesma lentamente já pensando se deveria ir ou não. Em qual desculpa eu daria ao motorista dela e qual seria a desculpa que daria a ela caso a mesma viesse aqui.

-Senhorita S/S? Desculpe o atraso, o trânsito está insuportável de tão lento. -Olhei para o homem alto a minha frente e sorri para o mesmo. 

-Entre, só vou pegar minha bolsa e celular no quarto. -O mesmo nega e diz que prefere ficar ali fora. Corro para o corredor, da melhor forma que eu consigo, me olho no espelho do meu quarto e ajeito o cabelo e o vestido vermelho que usava. Ele era bem simples e soltinho. Era o que eu conseguia usar que não precisaria cortar para entrar em mim por causa da bota gigante e branca. 

Pego a bolsa e o presente. Meu celular estava no carregador e pego o mesmo e o fio e vou para o corredor. Carregar aquilo tudo com um braço apenas era no mínimo difícil para mim que não tinha coordenação nenhuma. Chego até a porta e deixo as coisas na mesinha que tinha ali do lado, pego meu sobretudo e visto o mesmo. Confiro se está tudo desligado para dentro e pego os objetos e os equilíbrio em um braço e saio pela porta. Agora que são elas, trancar a porta era minha tarefa.

-Deixe que eu te ajude. -O homem alto fala e eu me assusto com sua voz atrás de mim. O mesmo ri e pega o presente de minha mão e puxa a porta e a tranca. Me entrega a chave e estende o braço para mim com um sorriso caloroso. Ele me lembrava meu avô.

-Não precisa, essa muletas não vão deixar. Mas obrigada. -Sorrio para ele e o mesmo vai até o elevador e o chama e eu arrumo o celular e o carregador dentro da bolsa e coloco no ombro e vou até o elevador que não demora a chegar. 

Logo chegamos ao carro e ele me ajudou a entrar. Tinha de ser um carro tão alto assim, Demetria? 

O caminho foi calmo, pelo menos para ele, já que eu estava surtando internamente. E continuaria a surtar mesmo que tivesse tudo bem. Aí minha Nossa Senhora. Eu vou desmaiar. Certeza.

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Apenas para não passar em branco...

Oi.

Turo bom com vocês?

Não esqueçam de votar e comentar. Por favor.

Beijos bb's.

Amor por acidente.Onde histórias criam vida. Descubra agora