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Meu celular vibrava no bolso do jaleco, mas não podia olhar quem estava me ligando. As coisas no hospital estavam um caos. E para piorar, não parava de chegar pacientes com dificuldades para respirar, e sabíamos o motivo disso, o maldito do Covid-19. Tinha chegado na América.

-Temos de colocar essas pessoas em respiradores com urgência e ficar monitorando os sinais vitais e oxigenação. -Escutei essa última frase do meu chefe e logo estava de volta aos corredores para poder voltar para a linha de frente e atender ao máximo de pacientes que eu conseguisse. 

Fui até a sala de paramentos para poder vestir todo o material necessário e começar a trabalhar. Pego meu celular e dou uma checada rápida nele e vejo ligações do meu pai e alguns familiares. Eles deveriam estar preocupados no momento, até porque não tinham como ter notícias já que ainda estava tudo um caos.

-Oi pai, aqui está tudo bem. Eu estou trabalhando no momento e não posso atender ao telefone, por isso estou mandando essa mensagem rápida ao senhor. Eu estou bem, me cuidando também. Não se preocupe e tranquilize todos ai por mim. Tenho de ir. Beijos. -Mando a mensagem e logo desligo o celular e coloco dentro da mochila e fecho o armário.

Termino de me vestir e vou para a sala de enfermagem que estava cheia. Pego os aparelhos e começo a aferir os sinais vitais de quem eu conseguia e anotava em um caderninho para poder passar para os prontuários assim que eu terminasse. A enfermeira chefe não parava de atender aos diversos telefonemas que o hospital vinha recebendo, então eu dividia o restante do trabalho com outros três enfermeiros na ala que trabalhávamos. 

Os pacientes estavam em todas as alas, de todos os andares. Não tinha mais espaço na UTI, então eles ficavam em isolamento nos quartos, sem nenhuma visita ou o que fosse. 

-Eai, brasileira. -Escuto August, um dos enfermeiros dizer e aceno para ele e me dirijo até a enfermaria e pego os prontuários e começo a transcrever todos os sinais vitais e demais informações que tinha pego de cada paciente para poder fazer a evolução. 

-S/S, tem banho de leito no quarto 207, 210 e 213. E o Green já está preparando todo o material. -A enfermeira chefe diz enquanto eu guardava os prontuários. -E depois tem de trocar os EPIs. E refazer todo o processo de aferição de sinais vitais. 

-Tudo bem, já vou indo. -Digo e ando de forma rápida para o quarto 207, no qual o August já me esperava na porta. 

E assim foram os primeiros horários da manhã. Eram sempre assim, pelo menos nessa nova rotina com o Covid-19. Mas quando se ama o que faz, você não importa de repetir o processo diversas vezes. Isso era para poder ajudar e salvar vidas, o que eu continuaria fazendo com bom gosto. 



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Esse capítulo está pequeno, sinto muito.

Eu ando totalmente sem criatividade com essa história, entanto que levei três dias para escrever esse e mais um capítulo.

Me ajudem ou digam o que querem que aconteça que vai me ajudar. 

Isso é, se vocês estiverem gostando.

Votem e comentem.

Beijos bb's.

Amor por acidente.Onde histórias criam vida. Descubra agora