Karaokê, tequilas, caipirinhas e cutucos - parte 1

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Linda:

Após ter entrado no cheque especial para poder pagar o café da manhã da princesinha abusada, voltamos para a minha casa e entreguei a ela o presente que eu havia comprado.
Sou uma pessoa prática e conhecendo a minha amiga ela me arrastaria para o shopping para comprar um vestido para sair, logo me adiantei. Não ía gastar minha tarde de folga batendo perna, comprei um vestido branco que realçava o tom de pele dela.

Se eu soubesse que eu ía levar uma facada no café da manhã, não tinha comprado bagaça nenhuma.

Ah,ela pagaria cada centavo no meu aniversário!

Passamos o resto da tarde jogadas no sofá, assistindo a algumas séries só para cobiçar o Ian Somerhalder,o que também era uma tradição.
Por volta das seis o resto da trupe chegou para nos arrumarmos juntas, havia anos que não conseguiamos essa proeza, mas a Elisa tinha deixado o Tito com a mãe dela e as meninas haviam se programado em seus trabalhos para sair mais cedo.
E eu estava ferrada que teria que fazer cabelo e maquigem de todas elas.

Saindo uma rodada de maquiagem grátis!

Duas horas depois estávamos prontas e levemente alteradas do esquenta, já que milagrosamente apareceu uma garrafa de uma vodca bem barata na minha casa.
Se tem uma coisa que a faculdade te ensina é que nenhuma bebida é ruim, você só não misturou algo doce o suficiente. Neste caso, nada do que um refrigerante de laranja não resolvesse.

Filho feio não tem pai e ninguém assumiu a paternidade da vodca desodorante.

Assim que chegamos no Bar, a dona que era tia da Joana e da Laura - o que justificava o fato de ser nosso local oficial para aniversários - veio nos cumprimentar e parabenizar a aniversariante. A Tereza não parecia ter a idade que tinha, desde a época da faculdade falávamos que queríamos ser igual a ela no futuro e quase dez anos depois, nós envelhecemos, ela não.

- Elisa, aquele seu marido bonitão está na mesa com três caras que puta que pariu! Onde você arrumou esses amigos em minha sobrinha? - ela falava e gesticulava e a gente estava rindo quando a Joana, me jogou para a roda.

-Tia, tudo convidado da Linda. Ela anda agora pelo reino encantado dos morenos sexys totalmente comestíveis.

-Minha filha, você tá certissima, mas três? - e me deu um tapinhano braço e soltei uma gargalhada.

-Nem dou conta, Tereza. Amigos apenas, um deles confesso que nem conheço. Sua sobrinha que é maluca. - Estava rindo, mas também levemente ansiosa.

-Vamos entrando que hoje eu vim caçar, quer dizer... CANTAR! - A Jenny estava meio louca, aposto que foi ela que levou aquele desodorante que a gente bebeu – Vamos que hoje eu encontro meu Idris Elba!

-Pobre senhor Elba! - Falamos todas juntas e caímos na gargalhada.

-Essa menina ainda não desistiu disso? - a Tereza perguntou com uma sobrancelha arqueada – Tem quase dez anos que ela tá nessa procura, gente.

-Tia, vamos entrar depois leva uma rodada de caipirinha. Hoje só acaba amanhã! - A Laura disse isso enquanto sorria. Medoooo!

-Minha Santa protetora das sobrinhas santas, o que deu em você menina? - A Laurinha assustou até a Tereza.

Todas rimos, abraçamos a Tereza que disse que a nossa mesa era lá átras e fomos para uma parte isolada do Bar dela que era onde ficava o Telão e a aparelhagem do Karaokê.
O João, quando nos viu veio em nossa direção e abraçou a Joana a levantando do chão. Realmente éramos uma família e ele se tornou nosso irmão mais velho, com exceção da Elisa que sempre cobiçou o nerd desde o primeiro dia.

Lindamente encrencadaOnde histórias criam vida. Descubra agora