Mathias

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Já estava saindo com a Laura a mais de quatro meses e ela era foda, aquele jeitinho meigo e ao mesmo tempo toda misteriosa me encantava.
A minha branquinha era muito inteligente e toda bem sucedida no trabalho, o que as vezes fazia eu me sentir meio burro perto dela e acabava que nunca conseguia falar como  realmente estava me sentindo. Sempre deixava claro que eu gostava dela, mas nunca tinha me declarado.

Eu que só havia me apaixonado uma vez na vida e achava que nunca mais aconteceria, estava arriado pela morena. Na verdade eu achei que era só encanto, até ontem, quando fomos em um jantar na casa de um casal de amigos dela.

O cara era chefe dela, maior cara de centrado, certinho e a esposa dele era linda e muito simpática. Eu percebi os olhares da Laura para o cara assim que chegamos e já liguei as coisas.
Fiquei meio surtado de ciúmes e me senti arrasado com a possibilidade de perdê-la, mas segurei a linha e banquei a postura no tal jantar.

Observei que a Laura,  foi toda atenção para a esposa do tal Lucas que estava grávida. Eu posso ser meio lerdão, mas não sou burro e percebi o quanto a branquinha estava constrangida com a situação e isso me deu o alerta do porque ela era tão evasiva as vezes.

Quando chegamos no apartamento dela, ela já veio com tudo para cima de mim,me beijando e segurando o meu pau e nesse pouco tempo eu já sabia que ela jogava as frustrações dela em cima do sexo. Ela era maravilhosa na cama, escondia naquela cara de santinha a puta que era em quatro paredes. Se ela não estava bem, chateda ou com algum problema ela nunca queria conversar e sim transar até quase perdermos a consciência.

- Calma, Lau – eu disse me afastando e parando o nosso beijo- Precisamos conversar, não acha?

- Não Thias, por favor – ela falou e as lágrimas já escorriam pelo seu rosto – Eu não consigo!

A abracei com força e beijei o topo da sua cabeça, adorava como nossos corpos se encaixavam e como ela ficava perfeitamente encaixada no meu abraço, ficamos ali por alguns minutos só ouvindo a respiração um do outro e a puxei para o banheiro.

-Vamos tomar um banho e deitar, amanhã a gente conversa, tá bem? – olhei para ela esperando uma reação e ela concordou com a cabeça.

Ela pegou sua roupa e foi em direção ao banheiro, tomamos um banho cheio de beijos e carícias. Eu sabia que ela não me amava, mas nossos corpos respondiam um ao outro instantaneamente e quando eu percebi, já estava dentro dela.

Ela estava precisando de mim, e eu acho que andava precisando dela a anos e nem sabia. Fomos deitar e ficamos conversando, sobre coisas aleatórias e sobre como o Bento se adaptou rápido a nova vida dele, conversamos sobre um tudo, menos sobre o tal jantar e essa paixão pelo chefe dela. Quando fomos vencidos pelo cansaço, adormecemos.

Na manhã seguinte, acordei com ela tentando levantar e a prendi em um abraço, dei um cheiro naquele cangote delicioso e um beijo em seu ombro.

- Foge não, fica aqui comigo – dei mais um cheiro naquele pescoço que eu tanto amava – tô carente!

- Para de graça, Thias – virou pra mim e me deu um tapinha leve no braço – preciso fazer xixi.

- Tá bom, vou levantar para fazer o nosso café e depois vamos conversar – ela desviou o olhar e levantou

- Tudo bem – ela falou baixinho.

Me levantei e fui para a cozinha fazer o café, eu sempre cozinhava quando ficava aqui. O que a Laura tinha de fantástica ela tinha de talento negativo para a cozinha. Escutei o som do chuveiro e percebi que ela precisava de um tempo para pensar.

Terminei de arrumar a mesa do café e como ela não tinha aparecido,decidi tomar um banho também, fui para o banheiro social para dá o espaço necessário para ela. Quando saí do banho ela já estava sentada na mesa com uma caneca de café, olhando para o nada. Fui até ela e me sentei na cadeira ao seu lado.

Lindamente encrencadaOnde histórias criam vida. Descubra agora