O Reencontro - parte 2

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Bento

O meu contrato com o time inglês havia acabado e eu havia decidido ficar renovando a cada seis meses, enquanto eu fazia mais uma especialização. Sentia saudades do meu país, da minha família e dos meus amigos, mas por mais que fosse a ordem natural voltar para casa depois do término do contrato, me inscrevi em um curso de seis meses na University College London.

- Estou investindo na minha carreira, mãe. - Eu respondi a minha mãe assim que eu contei que ficaria mais uns meses do outro lado do Atlântico.

- É só por isso mesmo, filho? - Eu imaginava que a bocuda da Linda e o pau mandado do Felipe já tivessem contato toda a minha história com a Zoe, mas eu não queria meter minha mãe mais uma vez nas minhas confusões e ainda mais em uma história que já tinha acabado.

A dona Marlene, passou um mês me ligando e perguntando se eu realmente estava bem e a minha resposta era sempre positiva. Eu estava feliz com o meu trabalho e ocupando o resto do meu tempo com os estudos. A minha vida estava tranquila e eu no fundo ainda tinha esperanças de encontrar a Zoe, ela podia voltar , afinal o apartamento dela continuava lá e as vezes a irmã dela aparecia para limpar ou pegar algumas correspondência. Eu sabia disso porque o zelador do prédio tinha comentado.

E mesmo depois de um ano de saudades e dizendo para mim que o que a gente viveu tinha ficado no passado e me culpando por ter feito uma mulher tão incrível sofrer, no fundo quando as meninas comentavam sobre ela no grupo, ou enviaram as fotos da viagem para a Irlanda, eu sentia que eu poderia ter esperanças. Eu sentia uma saudade absurda dela e não sabia identificar o que eu realmente sentia, mas que a saudade era quase sufocante.

A Joana no tempo que passou lá em casa, disse que éramos dois idiotas que se amavam a distancia e que isso só era bonito nos filmes e livros e que na vida real todos deveriam ter a oportunidade de viver um grande amor. Ela disse isso quando descobriu estar se privando de viver um grande amor e quando eu fui deixa-la no aeroporto.

Eu pensei tantas vezes engolir o meu orgulho e ir atrás dela na Irlanda, eu tinha o telefone dela e o endereço, mas ela também tinha meu telefone e meu endereço. Lembro do dia que a Li, um pouco bêbada me mandou uma mensagem falando que tinha roubado o celular da Zo e gravado o meu número.

  Lembro do dia que a Li, um pouco bêbada me mandou uma mensagem falando que tinha roubado o celular da Zo e gravado o meu número

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Lindamente encrencadaOnde histórias criam vida. Descubra agora