Indomável - parte 2

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Linda

Estavamos fazendo maior algazarra e as vezes eu pensava se já tinhamos virado adultos mesmo, porque era só juntar todo mundo que era caos e gritaria. Mas eu amava muito aqueles momentos e tinha até esquecido de Bento e viagem, ouvindo a Jeniffer brigando com a Joana para saber quem ía pedir a música.

Estava bebendo e esperando as bonitas pararem com o fogo no rabo, quando eu vejo o Cadu igual a um boneco do posto sacudindo os braços – ele já estava muito bêbado – Olhei para porta e o meu sorriso foi automático, deveria ser proíbido ser tão bonito e ter dentes tão perfeitos.

Pela segunda vez naquela semana o deus nórdico veio alegrar meus dias. Ele viu o Cadu chamando, o que era impossível de ignorar já que ele continuava sacudindo os braços. Olhei para a Jo e falei sem emitir som "abaixa o braço dele", mas a desgraçada já estava passando mal de tanto rir. Quando eu ía falar alguma coisa, escutei a rainha da delicadeza que estava sentanda do outro lado dele dar um tapa na mão dele e falar:

- Ô bonecão do posto, abaixa esses braços aí que o cara já viu. Parece doido!

Eu juro, eu juro mesmo que estava me segurando para não rir, porque quando eu começo não consigo parar e não é bonito de ver e não queria passar vergonha na frente do Thor que estava vindo na nossa direção, mas assim que a Jeniffer falou aquilo eu desandei a gargalhar e não conseguia parar. Só escutei a maldita da Jeni falar:

- Pronto, agora não vai mais parar.

Aí que piorou tudo e eu escutava as outras pessoas rindo – da minha pessoa, é claro – e eu gargalhava ainda mais. Já estava vermelha, quando alguém me deu uma garrafa de água para beber, quando eu olhei para pessoa para agradecer, fiquei ainda mais vermelha e até parei de rir.

Só passo vergonha!!

- Obrigada, Felipe, né? - estava recuperando o folêgo ainda e bebia a água em goles, senão eu engasgava e só me faltava essa vergonha agora.

- Isso, tá melhor? - E abriu aquele maldito sorriso.

Porra de homem bonito!

- Tô, obrigada de novo. Se eu dependesse dos meus amigos, caíria dura no chão de tanto rir.

- Ninguém morre de tanto rir, Linda. Para de drama. - Cheguei a olhar para o lado para ver o Bento falando sério comigo, pensei em responder, mas deixei ficar só no pensamento mesmo.

Estressou foi? Me poupe!

- Tá fazendo o quê por aqui, irmão? - o bonecão do posto perguntou, e era o minímo depois daquela performace para chamar o cara.

- Tia Marlene não contou ?- Ele perguntou olhando para o Bento que balançou a cabeça negativamente enquanto dava um gole na sua cerveja.

Olhei para as meninas que estavam esperando tanto quanto eu a fofoca. E como eu não tô valendo nada, e estava curiosa também, me levantei e falei para ele sentar no meu lugar que eu ía ao banheiro.Quando eu estava indo em direção ao banheiro escutei o inicio da conversa.

- A tia me chamou para trabalhar com ela administrando os salões...

Confesso que a vontade era ficar para escutar a conversa, mas depois as meninas me contavam, fui ao banheiro lavar o rosto e parei na entrada da cozinha, falei com os meninos que estavam lá dentro e não estavam antes e falei com o Léo:

- Deus nórdico na mesa, irmão da ex- mulher do Bento e vai trabalhar mesmo que indiretamente comigo. - Dei uma piscadinha – vim te avisar porque faz muito bem para os olhos.

Lindamente encrencadaOnde histórias criam vida. Descubra agora