Memories and Discoveries

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Pude ouvir a chuva forte batendo em minha janela, as quase 5 horas da manhã. Me olhei no espelho novamente, ajeitei-me e coloquei minha arma no coldre. Algo me dizia que hoje seria diferente. Fui até minha cozinha, preparei um café para a viagem e depois de colocá-lo em uma garrafa térmica, desliguei todas as luzes do apartamento, peguei as chaves e sai indo para a garagem.

Faz quatro fucking meses que estamos tentando pegar um serial killer, ele mata uma vítima a cada um mês. As mortes começaram em 2019, no mês de outubro. Anna Miller foi sua primeira vítima - pelo que sabemos - nós recebemos ligações preocupadas da família e dos amigos, ela não atendia as ligações e não atendia a porta. Fomos investigar com um mandato para invadir. Encontramos a moça nua em sua cama, com os braços amarrados na cabeceira da cama, totalmente pálida e gelada, dura. Seus lábios carnudos estavam brancos, assim como o seu corpo desfalecido. Seu lindo pescoço estava com grandes marcas roxas, que foi dada como um meio de asfixiação. E naquele momento, soubemos que seria um caso grande.

Sua outra vítima era totalmente diferente da última, essa era loira, alta e classe alta. Era advogada e casada. Ela tinha seus... 32 anos. O marido voltou de viagem e a encontrou da mesma forma, nua, amarrada e com marcas de asfixiação. E depois... foi uma das mulheres mais importantes de Londres, Laura Johnson. Ela trabalhava em uma produtora muito famosa pelo mundo. Quando sua morte foi anunciada, acabou causando um furdúncio.

Nós estamos no quarto mês, o assassino matará de novo, e eu preciso prendê-lo. Sou a melhor Agente da delegacia, fui designada a pegar esse merda violentador de mulheres. E nada irá me impedir de conseguir, já perdemos muitas vítimas. Preciso achar esse maldito padrão desse maldito sádico.
***
Estava em meu carro, fazendo minha ronda pelas ruas de Londres, as ruas estavam geladas e cobertas de neve. Minhas mãos estavam um gelo, mesmo com as luvas. Mas o clima de começo de ano era agradável, mesmo com toda essa situação.

Cresci em Londres e, me acostumei com isso. Corria por todas essas ruas, dançava nos festivais e passeava com meus pais... meus pais. Faz dias que estou evitando pensar neles, pois uma coisa que ainda não me acostumei é a falta que eles me fazem.

De repente ouço um grito, parecia ter vindo na esquina da frente, acelerei o carro e vi um homem alto, com um gorro e roupas pretas. Ele usava luvas. Era forte também, muito forte. Sai do carro e corri em direção ao homem que agarrava uma mulher, tirei a arma do coldre e gritei:

- Coloque as mãos aonde eu possa ver! - O homem não fez o que ordenei, então anunciei. - Eu mandei você colocar a droga das mãos aonde eu possa ver, ou então eu atiro. - Assim ele fez, colocando as mãos pra cima em forma de rendimento. Fui até ele e segurei seus punhos passando às algemas nele. - Central, tem alguém na escuta? - Perguntei apertando o botão do rádio.

- Sim, a propósito, bom dia Agente Limins. - Eu conhecia aquele sotaque no "Limins".

- Bom dia, Policial Picon. Mande reforços ao bairro Soho, um valentão estava tentando... aparentemente, agredir uma moça.

- Os reforços estão chegando. Mas você não acha que é o que estamos tentando pegar? - Ela perguntou se referindo ao assassino.

- Nosso assassino ataca nas casas das vítimas, e também, ele não se renderia tão fácil. - Fechei a porta do carro aonde o valentão se encontrava.

Voltei até a moça e a ajudei a se limpar da neve, já que o homem a deitou no chão. Ela era ruiva, cabelos curtos e enrolados. Nunca a vi por aqui, lembraria se tivesse visto. Não parece ser daqui...

- Eu sou a Agente Limins, preciso lhe levar para a delegacia, vamos fazer umas perguntas a você e logo estará liberada. - Falei colocando uma de minhas mãos ao seu ombro, olhando diretamente em seus olhos, na tentativa de passá-la confiança.

The Moonlight (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora