Caroline estava quieta desde que acordou e não disse muitas palavras, me impressiona ela ter conseguido dormir. Estava difícil para ela completar uma frase e era difícil compreender o que ela queria dizer. Eu estava me esforçando ao máximo para me manter de pé por ela, minha vontade era eu mesma caçar Josh e... não é possível que eu esteja cogitando em matar ele.
— Coma mais um pouco... — Empurrei as panquecas e a caneca de café em sua direção, fitando seu rosto choroso. — vai ser um dia cheio. — Falei esperando qualquer reação, mas não foi o que aconteceu, ela apenas continuou calada por mais alguns instantes.
— Não. — Ela se levantou dos banquinhos da bancada da cozinha e se jogou no sofá onde estávamos na manhã passada felizes e aos beijos. Como isso pôde mudar tão de repente?
Me aproximei dela e ela apenas se encostou em mim, nada muito afetivo, mas eu sabia que ela me queria aqui. Hoje ela iria depor na delegacia e eu queria muito que ela me contasse tudo, mas preferi respeitar seu tempo e a ouvir quando ela sentir vontade de falar, mas hoje ela será forçada a contar para desconhecidos e eu não vou estar ao seu lado, apenas na hora de levá-la para casa. Fico feliz que tenho amigos nessa região, Delegado Fields é um deles que fará de tudo para colocar Josh Hyde na cadeia por longos anos.
— Está na hora de ir... — Falei voltando a olhá-la, ela estava deprimida e eu não sabia se devia tentar animá-la ou apenas demonstrar apoio. Assim ela se levantou e me entregou as chaves do carro, ela nem aos mesmo queria dirigir.
— Desculpe por não estar falando... — Já estávamos no caminho da delegacia quando ela resolveu falar, eu a olhei tocando em sua mão que estava descansando em suas coxas e a dei um olhar acolhedor.
— Vamos falar disso quando estiver pronta, eu seguro as pontas. — Sua feição ficou mais tranquila e eu me perguntei se ela achava que eu a deixaria em um momento tão difícil. — Não vou sair daqui, ok? — Ela voltou a me olhar e seu corpo soltou todo ar, um suspiro.
— Não faz ideia de como é bom ouvir isso. — Sim, eu estava certa quando achei que Carol acreditava que eu sumiria logo após deixá-la na delegacia.
— Confia em mim, eu te prometi isso. — Ela alisou minha mão e voltou a olhar as ruas de NY.
Já na delegacia fui recebida por alguns policiais que cheguei a trabalhar junto no departamento de Londres, fui muito bem recebida. Já Carol olhava no canto da sala, meio distante do mundo. Não sei explicar como isso me matou por dentro, o quanto eu queria arrancar toda a dor do coração dela e fazê-la esquecer do que houve na noite passada. Não consigo imaginar o porque alguém machucaria Caroline, sendo que ela sempre foi uma pessoa gentil, doce e de bem com a vida. Talvez seja isso, a vontade de possuí-la.
— Está pronta? — Perguntei a abraçando em seguida, senti seu corpo relaxar.
— Não pode entrar junto? — Perguntou me olhando enquanto tentava ignorar a presença do policial que a levaria para a sala de interrogatório.
— Sou considerada da família, não posso trabalhar no caso. — Falei acariciando seu rosto macio. — Nos conhecemos assim, eu te levando à delegacia e depois indo tomar uma bebida forte no bar... — Tenho certeza que meu rosto estava avermelhado como o seu, mas seus olhos brilhavam junto do meu, em sintonia.
— Vamos superar isso, não é? Tudo isso. — Balancei a cabeça dizendo que sim, ela apenas respirou fundo e seguiu o corredor deixando minha mão para trás. Senti uma vontade enorme de correr até ela e não deixá-la ir, de fugir com ela e casar em LA.
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The Moonlight (Dayrol)
RomanceHá quatro meses que a cidade de Londres está sendo vítima de um assassino que mata uma vítima a cada mês. Vítimas que são estranguladas, banhadas e amarradas nuas em suas camas. Cabe a Agente Dayane Limins resolver esse caso que acabará lhe trazendo...