do it right, don't be selfish

952 63 6
                                    

- Dayane! - Escutei gritos. Logo me senti sendo sacudida. Que droga. Abri os olhos e encarei a juba de Victor. Aqueles olhos castanhos me encarravam com intensidade. - Finalmente. - Suspirou.

- O que tu quer? - Voltei a fechar os olhos, ignorando qualquer luminosidade.

- Você me ligou ontem à noite, nem queira escutar as mensagens de voz... - Ele gargalhou. - você está péssima.

- Caroline... a magoei. Disse o que não devia, Victor. Eu estava tão... - Engoli em seco, me recusava a abrir os olhos. - exausta.

- Eu sei como você estava cansada desse caso, Carol vai entender. Agora você tem que tomar um banho gelado, vou te preparar um café.

- Nãao. Sem banhos gelados. - Arregalei os olhos, estava frio para tomar um banho gelado.

- Eu insisto. - Ele me puxou pela mão, me levando ao banheiro e ali eu podia me virar sozinha.

Sai do chuveiro me sentindo melhor, mais acordada. Senti o cheiro de café assim que sai do meu quarto. Fui até o corredor apenas de camiseta, assim que passei por ele vi aquela juba. Só pode ser miragem. Cocei os olhos.

- Carol? - Ela ergueu a cabeça para me olhar. Ele estava sentada no sofá, com uma xícara de café.

- Victor me ligou. - Ela comprimiu os lábios.

- São, meu Deus... - Olhei a hora. - 5h da manhã. Ele não pôde ter feito isso... - Joguei meus cabelos negros para o lado.

- Eu não consegui dormir, não foi difícil vir. - Ela se levantou. - Beber não iria te ajudar...

- Caroline, eu tenho 24 anos, sei que... eu sei disso. Mas não era algo esperado. - Seus olhos fitava-me com uma neutralidade irritando. Caminhei até a cozinha enchendo minha caneca de café.

- Quer que eu vá? - Perguntou encostando no batente da porta da cozinha.

- Não. Eu quero esclarecer as coisas... - Sussurrei abaixando a cabeça.

- Do que tem medo, Day? - Ela tocou em meu braço, logo encostando a cabeça no mesmo.

- De você. Do que sinto por você... - Admiti.

- Eu também sinto medo, sinto medo de você me decepcionar. Tenho medo de me aprofundar. Tentei evitar, mas quando fui ver... - Caroline me passava a tranquilidade que faltava em minha vida, com ela é muito mais fácil. Eu sou feliz ao seu lado.

- Já havia acontecido... eu sei. - Completei. - Vem cá. - Peguei sua mão e coloquei em minha nuca. - Você é a mulher mais linda do mundo. - Falei olhando em seus olhos.

Colei meus lábios nos de Carol, ela me puxou para si logo dando passagem para que minha língua tocasse a dela. Tão macia. Em um beijo único, apaixonado, Carol colocou minha mão no bolso de sua calça. Sexy.

- Algum dia eu enlouqueço. - Falei entre o beijo. - Você não é apenas uma noite, Caroline. Você me faz sentir muito além... - Seus olhos brilharam, ela selou nossos lábios e eu me mantive de olhos fechados até me sentir pronta para olhá-la novamente.

- Que tal um piquenique? - Não era uma má ideia. - O meu jantar foi por água abaixo, você deve me recompensar. - Ela soltou uma risadinha.

- Vou te recompensar... - A olhei com um sorriso malicioso, a puxando para o corredor.

- Safada. - Gargalhei com seu comentário.

- Você me destruiu da última vez... mal aguentei levantar da cama. - A puxei para um beijo, um beijo cheio de desejo.
[•••]
Abri os olhos com a luminosidade em meu rosto, não havia fechado as persianas. Me sentei na cama sentindo meu estômago se remexer, maldita ressaca. Olhei para o lado e Carol estava nua, com sua juba ruiva bagunçada. Fechei as persianas e voltei para a cama abraçando seu corpo. O seu cheiro, o cheiro de sua pele, me embriagava, o seu calor me aquecia nas noites de inverno. Era Carol. Era ela quem eu queria.

The Moonlight (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora