Dangerous Night

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Estávamos na 5th Avenue esperando o sinal abrir, as luzes invadiam o carro e o som alto da música me vazia dançar no banco do passageiro. Dayane ria, mesmo quando eu a provocava esfregando minhas mãos pelo meu corpo. Nós duas cantávamos as músicas da rádio central e eu tentava me conter nas perguntas sobre onde estávamos indo.

— I know that I seem a little stressed out, but you're here now, and you're turning me on... — Vi a respiração de Day falhar quando ela apenas me olhou acelerando o carro, aquelas pupilas enormes descendo pelo meu corpo. Não durou muito, ela estava mesmo se segurando. — Pretty please, I need your hands on me. — Ela desligou o rádio, me olhou rápido e achei que ela fosse me dizer algo, mas continuou seguindo a estrada.

Estávamos quase fora da cidade quando ela parou o carro, olhei o lugar e me impressionei. Day sempre me lia de um jeito diferente, sabia o que eu queria mesmo sem eu dizer. Vi seus olhos brilharem com minha expressão surpresa, ela deu aquele sorriso gostoso que quase não deu a noite toda.

— Sabia que gostaria da surpresa, baby. — Seu rosto tinha uma expressão doce que me transmitia paz.

Ela saiu do carro e deu a volta, abrindo a porta para mim e me ajudando a tirar os sapatos, ela disse que sem os saltos seria melhor para sentir os grãos de areia nos meus pés. Sim, ela me levou à praia. O seu cheiro doce se destacava mesmo no cheiro do mar, me fazendo inspirar ela.
Caminhamos até chegar a ponta do mar, aonde a água batia em nossos pés e fazia meu corpo se arrepiar com a água gelada. Day colou nossos corpos em um abraço, seu coração batia de uma forma calma e eu não sabia como ela conseguia ficar tão calma quando nossos corpos se chocavam.

— É uma loucura... — Disse rindo a vendo me fitar séria. — eu nunca mandaria alguém que amo atrás de uma amante. — Eu me referia a Jade, a fiz ficar mais séria ainda.

— Ela sempre quis que eu fosse feliz, ela já sabia da falta que você estava me fazendo. — Sentamos na areia para olhar o mar e conversar melhor, eu tinha questões a tratar e Dayane coisas a me prometer.

— Isso não é mais um momento de carência né? — Ela me olhou talvez brava, eu deduzi que não, não era e nunca seria. Ela me ama. — Entendi. Só quero que me prometa que não irá embora sem mim. — Ela me puxou para um abraço, abraço onde é minha casa.

— Mudo de trabalho, toco violão na praia pra nos sustentar, mas não saio daqui sem casar com você. — A vi rir quando arregalei os olhos, assim ela me beijou de uma forma doce e calma, mas que continha uma imensa saudade de anos e anos. Estávamos em uma briga por poder, mas quem perdeu foi ela quando subi em seu colo e a deitei na areia, eu só queria ficar assim com ela pra sempre, com essa chama entre nós. — Carol, aqui não. — Ela tentou me tirar de cima dela quando coloquei minha mão em seu corpo.

— Vamos lá Day... — Insisti, mas ela se recusou de novo. Me senti rejeitada, mas aqueles olhos serenos me acalmaram de novo, ela estava certa. Seu celular começou a tocar e ela tirou os olhos de mim e eu saí de cima dela, ela olhou no visor e me olhou séria, era Jade.

Dayane foi para um canto onde eu não podia ouvi-lá, assim pude me limpar da areia que estava irritando meus joelhos. Seus olhos corriam por mim enquanto ela falava no telefone com uma expressão nada boa. Mas logo ela desligou e voltou para mim com um olhar preocupado, mas eu sabia que ela não me contaria.

— Vamos para casa... — Ela me abraçou de lado e me guiou em direção ao carro.

— Para a minha? — Eu queria terminar a noite com Day, queria deitar junto e abraçar seu corpo para finalmente me sentir em casa. Ficar sozinha naquele apartamento me matava.

— Eu quero ir com calma, Carol. — Ela abriu a porta do carro e eu entrei, me sentia um pouco irritava, parecia que Day me negava.

— Precisamos casar para transar? — Day riu e deu partida no carro, correndo pelas estranhas me fazendo rir com a força do vento que entreva no carro. Ela estava escondendo algo, vou descobrir o que é.

Point of View Dayane.

Deixei Carol no apartamento dela na intenção de ir correndo para o hotel, havia coisas sérias para resolver. Carol insistia em me fazer subir, mas me despedi no elevador. Sai correndo em direção ao carro e só parei de ligar para Victor quando cheguei ao hotel e senti algo vibrar no bolso da minha calça, era o celular de Carol. Voltei quase tirando o carro do chão ao apartamento de Carol, o elevador não estava funcionando e tive que subir de escada, por que o elevador parou tão de repente? Havia um homem embriagado descendo, ele emitia sons e xingamentos, ele xingava alguém que nem estava ali. Ao chegar no andar de Carol e bater diversas vezes em sua porta, meu coração se apertou quando ouvi sua voz chorosa do outro lado da porta pedindo para deixá-la em paz.

— Carol... sou eu. — Meu peito gritava por ela e quando abri a porta seu rosto estava vermelho e sua sobrancelha machucada. Sem que eu dissesse ou fizesse qualquer coisa ela grudou em mim, ouvi seus soluços e o meu corpo esquentou de tanta raiva. — O que houve? — Ela balançava a cabeça e chorava. — O que houve?! — Sem a mínima intenção de assusta-lá eu gritei, a vi se afastar com medo e eu tive que abaixar a guarda. — Me fala quem fez isso com você, baby. — As lágrimas brotaram apenas por ver Carol com medo, eu não entendi. Por que a deixei sozinha?

— Josh... ele bebeu e... — Abaixei para que ela olhasse nos meus olhos, mesmo com a cabeça baixa. — tentou me pegar a força e eu não deixei, então ele me bateu e quis... Day. — Ela não queria continuar e eu não quis que ela continuasse, eu sabia o que ele tentou fazer.

— Como ele é? Como é o nome completo dele? Quando eu achar ele... — Ela segurou as minhas mãos e seus olhos pediram para que eu não saísse dali, afinal se eu não houvesse saído isso não teria acontecido. — Não vou sair daqui, mas devemos ligar a polícia baby.

A levei para o sofá, onde ela sentou e eu pude ficar ali com ela enquanto falava com Delegado Fields sobre o que havia acontecido e ele ficou de resolver isso hoje e me daria notícias assim que o achasse, mas que precisaria de Carol no dia seguinte para prestar depoimento e abrir uma queixa criminal contra Josh Hyde.
Insisti que Carol tomasse um banho para relaxar e talvez fazê-la parar de chorar, nunca havia pensado que isso poderia acontecer, que ela corria perigo e que subir com ela até o apartamento faria diferença.

— A culpa não é sua. — Ela disse algo depois de muito tempo sem abrir a boca, estávamos em sua banheira. — Não sabíamos que isso aconteceria. — Ela fechou os olhos e se aquietou em meu peito novamente. Queria protegê-la, mas como? Minha única vontade era arrancar o pescoço dele.

Saímos da água quando ficou gelada e ajudei Carol com o pijama, ficamos na cama até ela conseguir pegar no sono que sinceramente, não achei ser possível depois de tudo que houve. Aquilo me matava por dentro. Se eu tivesse 10 minutos com ele... certamente ele se arrependeria de cada momento.

Vi o dia nascer e pude sentir cada fungada de nariz que Carol deu durante a noite, cada vez que ela chorou dormindo e a sua febre causada pelo medo. A cada instante eu sentia vontade de matá-lo.

Notas:
voltei com um episódio não tão grande e que deu certo trabalho para fazer, foi difícil e tentei criar uma emoção porque sentia que eu fic estava muito parada, mas acho que não ficou muito bom e mesmo assim espero que vocês gostem. Me desculpem pelo tempo que fiquei longe, mas não desistam de mim, pois vou tentar estar aqui sempre. perdoe os erros ortográficos, me digam o que acharam.
até mais...

The Moonlight (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora