new leads

701 53 15
                                    

Fui chamada a sala de reuniões, aonde quando entrei havia alguns policiais. Coleman me entregou uma fixa com algumas papeladas. Fui até a mesa e me apoiei fitando os papéis.

John Piccolo.
39 anos.
Branco.

Passagem na polícia por furto qualificado de veículos.

5 anos de prisão.

Advogado: Daniela Costa.
***
- Suspeitamos que ele esteja mantendo Daniela em cativeiro. - Coleman disse, cruzando os braços. Continuei vendo a papelada.

- Ok, mas por quê? - Perguntei sem tirar os olhos da papelada.

- Senhorita Costa não conseguiu tirá-lo da cadeia, desistiu de tentar ajudá-lo. - Dessa vez quem me informou foi outro policial.

Olhei para a foto do rapaz, olhos esverdeados, barba por fazer e cabelo corte exército. Nada mal.

- Achem-o. - Falei olhando o pessoal. Meu celular começou a tocar, quando olhei para a tela e era Caroline.

- Hey, Baby. - Falei baixinho enquanto saía da sala.

- Estava pensando em um jantar, sabe? Cozinhar... pra você. - Caroline suspirou fundo.

- Nada mal, posso chegar mais cedo. - Sorri, mas desfaleci ao lembrar de Anna. - Amor... Anna está em casa, não vai dar pra fazer nada lá em casa. O clima não é de festa. - Me encostei na parede e senti o peso cair.

- Ah, tudo bem. - Suspirou. Senti que ela queria perguntar. - O que está acontecendo, Day? - Perguntou, e eu senti meus olhos encharcarem de lágrimas. Respirei fundo tentando controlar o choro.

- Nada, baby. Não é nada... - Minha voz de choro entregou tudo. Caroline acalmou a voz.

- Ei, você pode contar comigo. Olha... estou indo aí, vamos tomar um café e conversar. Ok? - Ela pareceu se levantar de algo, talvez um sofá. Assenti.

- Tá bom. - Ela desligou e eu sequei as lágrimas.

Daniela faz parte da minha vida, sei que ela foi uma traidora, mas ambas tivemos culpa. Nosso relacionamento havia desgastado, não fizemos nada para consertar isso. É óbvio que ninguém merecia uma traição, porém torna mais fácil pensar assim.

Ela me ensinou a ter paciência, foi meu primeiro amor e eu me senti... afobada no começo. Daniela era mais experiente, me acalmava com apenas um toque em minha mão.

Lembro de quando eu soava quando precisava falar em público, Daniela por debaixo da mesa segurava minhas mãos, meu corpo se acalmava com apenas um toque.

Lembrar disso fez com que eu a perdoasse.

Estava fitando a papelada de provas quando escutei batidas. Meu olhar caiu sobre aqueles olhos que não sei descrever a cor. Me aproximei com um sorriso no rosto, olhando diretamente em seus olhos.

- Que cor são? - Perguntei segurando seu rosto, sem desviar os olhos. Ela me olhou com uma interrogação no rosto. - Seus olhos... - Ela os desviou.

- Não me olhe assim... - Ela se escondeu em minhas mãos.

- Assim como, baby? - Perguntei fazendo carinho em seu rosto.

- Está me olhando como me olhou na noite do pub. Na noite em que fomos ao seu apartamento. Esse olhar de paixão. Me sinto... desejada. - Seu rosto ficou vermelho e eu apenas encostei meus lábios em sua bochecha.

The Moonlight (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora