Les Lignes de L'amour - II Temporada

17

— Menina Any? – Joana abre a porta alguns segundos depois que toco a campainha – Óh, como você está linda! – abre espaço para que eu entre e abraça-me.

— Que saudades de você, Jô! – lhe retribuo o abraço e sorrio

— E esse barrigão? Não me diga que encontrou alguém lá em Madri – arregala brevemente os olhos e coloca a mão na boca – Sempre pensei que você e o menino Josh ficariam juntos!

— Ah Jozinha, tenho tanta coisa para te contar. Minha vida está de cabeça para baixo! – lhe digo.

Ela apenas olha-me de lado, vira-se de costas e entra casa adentro, levando-me com ela no encalço. O que pude ver da casa ate então, deixou-me de queixo caído. Minha amiga realmente estava bem de vida.

— Any, você chegou! – Ari diz ao ver-me adentrar a área externa presente no fundo da sala – Foi fácil chegar até aqui? – me sorri.

— Foi sim. Na verdade, somente dei o endereço ao motorista do taxi e esperei chegar ate aqui – sorrio e ela gargalha com minha resposta.

Sentamo-nos as três na mesa de madeira presente ao lado da piscina e começamos a conversar algumas banalidades. Um tempo depois, uma de suas empregadas serviu-nos uma limonada gelada e pão de queijo. Agradeci mentalmente por isso, pois já eram quase 10:30h e minhas crianças pediam por comida.

— De quanto meses vocês está? – Arizona pergunta ao acariciar minha barriga – Ela está enorme!

— Quase seis meses e meio – sorrio – Enorme não é?! Mas pudera, temos três bebês aqui dentro.

— O QUÊ? – Joana praticamente grita enquanto minha amiga literalmente cospe fora o gole de refresco que acabara de por na boca – Menina do céu, não bastava ficar grávida de um?

— Como você está aguentando tanto peso? Misericórdia Gabrielly, essa barriga ainda vai crescer muito! – diz num completo espanto – Você tem previsão para o nascimento?

— A Dr. Danielle disse que eles provavelmente nascerão antes dos nove meses, por falta de espaço e etc; então, caso eu chegue ao oitavo mês tranquilamente, a bolsa pode estourar a qualquer momento a partir daí... – digo apreensiva – Estou com medo disso, inclusive.

— Não fique, menina. Tenho certeza que dará tudo certo. Você sempre foi muito forte! – Joana diz acariciando minha mão.

— Bom... Tenho um compromisso agora e precisarei sair. Deixarei vocês conversando e matando as saudades. Fiquem a vontade! Joana sabe que qualquer coisa a casa também é dela, e as meninas estão lá dentro para servir vocês – Ari diz – Também conversei com Jô em relação ao que você me pediu, Any. Sendo assim, no momento que ela quiser ir ficar com você, está liberada – sorri, despede-se de nós e sai.

— Agora desembucha, posso estar velha, mas conheço você como a palma de minhas mãos – encara-me.

— Ai Jô... – suspiro.

Vamos para a sala por começar a ficar muito quente onde estávamos. E inicio o processo de lhe contar tudo o que aconteceu em minha vida a partir do momento que pisei em solo espanhol.

Disse-lhe como estava amando trabalhar no INCAMA, ainda que a falta de Joshua fosse grande, dos amigos maravilhosos que fiz, do susto ao ser chamada para trabalhar na guerra.

Todo o medo que passei lá e a dor de perder meus homens. Do alivio que meu coração sentiu ao rever Joshua, porém do temor que sentia por sua situação.

Quando lhe contei como Josh ficou após a guerra, ela chorou junto comigo, segurou minha mão a fim de me passar forças. Sorriu quando contei que começamos a ficar novamente e quando disse o porquê de decidirmos voltar para cá, e decepcionou-se quando contei de sua partida.

— E aqui estou eu, Jô, quase sete meses depois de sua partida. Sozinha, gravida de trigêmeos e totalmente perdida. Se não fosse a tia Úrsula e esses amigos que lhe contei, além de Joalin e Sabina que você já conhece, não sei o que seria de mim e dessas crianças – digo-lhe deitada em seu colo aos pranto — Eu não consigo entender o que fiz de errado para ele ter me deixado!

— Ah minha menina, eu também não entendo – afaga meus cabelos com carinho – Joshua sempre foi tão responsável e protetor com você. Além do mais, porque lhe tirar de Madri para ir embora? – pergunta pensativa.

— Eu... Não sei! – digo por fim, completamente exausta por soltar tudo o que estava guardado.

Após ficarmos um tempo em silencio, sem saber mais o que dizer, acabo adormecendo em seu colo. Sempre que choro fico com sono e seus carinhos em minha cabeça só ajudaram para que eu adormecesse.

•••

5/5
Fim da Maratona

Assim que der eu apareço, mas já digo logo que só teremos capítulos no final de semana, se tivermos muito comentários.
Poxa, cinco capítulos maravilhosos, seguidos um do outro, merecem muita aclamação
HAHHAHAHAHA

Besos de fuego,
Tia Xú