The Way You Love Me | L. S.

DÉCIMO SEGUNDO CAPÍTULO

Senta que esse é longo, hehe.

Escrevi esse capítulo ouvindo Good Years, do Zayn e eu me sinto arrepiada até agora. Tem alguma música que não seja simplesmente perfeita? Aff.

Boa leitura! ♡

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      Depois de duas semanas desde que Liam viera, as coisas estavam estranhamente calmas na mansão Styles. No dia em questão, quando eu pude ouvir uma parte do desentendimento entre Harry e Zayn, nós três almoçamos em silêncio e aquilo fora tão desconfortável que eu desejara poder sumir a cada garfada que eu dava.

      Ainda assim, Harry já não me ignorava tanto. Ele ouvia minhas sugestões e negava ou concordava com elas, e também tinha parado de ser tão teimoso para coisas como aceitar usar a cadeira de rodas ou então fazer os exercícios extras que Zayn passava. Falando no outro alfa, eles tinham esfriado um pouco um com o outro e, apesar de aquilo me incomodar, eu não disse nada. Não era problema meu.

      Certa manhã eu estava treinando na academia, aproveitando o tempo antes de Zayn chegar para a sessão de fisioterapia, e sentia como se meus braços pegassem fogo. Eu era bastante vaidoso com o meu corpo e, apesar de a taxa de sobrepeso nos Impuros ser menor que 0,2%, era bom manter-me atento mesmo se eu engordasse somente um quilo. Eu tinha ouvido do doutor Hughes, quem sempre cuidou da minha saúde, dizer que meu corpo poderia ficar mal-acostumado caso eu me deixasse subir de peso, exatamente por causa da minha anemia.

      Preciso pedir mais remédios a Liam, fiz uma nota mental. Os de Harry, também, completei.

      Eu já estava lotado de problemas de saúde, então eu prezava bastante por pelo menos manter meu físico intacto. Ainda assim, existiam dias como aquele, em que eu conseguia treinar bem por algumas horas e logo depois precisava descansar o resto do dia por causa da dor muscular.

      Dei mais seis socos consecutivos até ouvir um assobio vindo de trás, parando meus movimentos apenas por um segundo para olhar quem estava ali. Era Harry. Segurei o saco de pancadas para que ele parasse de chacoalhar e encarei o alfa, tentando controlar minha respiração pesada. Seu corpo estava escorado no batente da porta, braços cruzados e à mostra por conta de sua regata preta de treino. Eu jamais admitiria que suas tatuagens davam um contorno lindo aos seus músculos, porém.

      Suas esmeraldas estavam diretamente nos meus olhos.

      — Está socando bem forte, não acha? — Harry disse tranquilamente, sem segundas intenções por trás de sua voz. A expressão serena em seu rosto me fez franzir o cenho.

      — Como posso ajudá-lo, senhor Styles?

      Harry sorriu. Ele sorriu. Não com desdenho, nem sarcasmo e muito menos escárnio. Apenas sorriu amigavelmente e começou a se aproximar, mas parou na metade do caminho até mim. Ainda de braços cruzados, ele deu de ombros.

      — Acho que não há nada, por enquanto. Apenas quis saber onde você estava antes de Zayn chegar.

      Torci os lábios e balancei a cabeça antes de incliná-la em desconfiança.

      — Você podia ter discado a campainha — respondi.

      — Não sabia se você estava ocupado — Harry disse rápido.

      — Desde quando você se importa? — Antes que eu pudesse me impedir, as palavras já tinham saído e eu tapei minha boca com as mãos, arregalando os olhos. — Ah, Deus, me desculpe de verdade, senhor Styles. Eu não quis soar dessa maneira.