DÉCIMO NONO CAPÍTULO

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AVISO: contém cenas de sexo explícitas. Caso seja sensível a este tipo de conteúdo, pule até “A cena do ômega jogando a cabeça para trás [...]”

Boa leitura ♥

 

VISÃO EM 3ª PESSOA

      Louis estava sentindo suas pernas vacilantes a cada passo que eles davam para subir as escadas e alcançar o quarto de Harry, mas agradeceu pelo alfa estar o segurando pela cintura com suas mãos grandes e fortes. Muito grandes e muito fortes. Como seria ter aqueles dedos brincando em seu corpo? Não iria demorar muito para descobrir, de qualquer forma. Niall ia matá-lo quando aquela semana passasse, mas era um risco válido a se correr: Harry Styles era como o próprio Himeros, e da maneira que ele estava inebriado pelo cheiro doce que saía do corpo de Louis, o alfa parecia muito mais selvagem e bonito.

      A lubrificação natural do ômega escorreu de novo, fazendo-o estremecer com seus próprios feromônios. Deu para perceber Harry cambeteando, também, uma vez que seu cheiro era sempre comparado ao de especiarias picantes e um leve toque de mel, coisa que ocasionara confusões entre alfas e até mesmo betas, outrora. Ainda assim, nada poderia ser comparado às reações que o cacheado apresentava; suas pupilas, tão dilatadas que o verde de seus olhos precisava brigar por espaço, as narinas agitadas para captar melhor seu cheiro, as sobrancelhas unidas — que, estranhamente, era apelativo demais para Louis aguentar — e o melhor de tudo, o gran finale: o maxilar.

      O ômega nunca tinha reparado naquela parte do corpo de outros alfas e betas com quem estivera, mas em Harry parecia ser um lugar muito bom para morder e beijar. Era bem definido e seria levemente cômico a barba por fazer ser tão rala para alguém de 31 anos, mas a questão era que não tinha como o alfa ficar feio ou ridículo por causa daquilo. Simplesmente era bom nele.

      — Se não parar de me olhar assim, nós vamos ter um problema — o mais novo murmurou com a boca meio ocupada em beijar seu pescoço.

      — Não vejo mal nenhum nisso — Louis retrucou ao agarrar-se mais à gola da blusa de Harry.

      Eles chegaram ao quarto e, em um movimento rápido, a porta foi trancada. Somente quando suas costas atingiram o colchão macio revestido com as cobertas e edredons impregnados com o cheiro forte e amadeirado de Harry, Louis lembrou-se de um detalhe muito importante e que precisava ser discutido entre eles antes que as coisas se tornassem mais sérias do que já estavam. Suas mãos pararam no peitoral forte do outro, mesmo que aqueles orbes verdes tivessem o encarado com impaciência e frustração, e o ômega precisou se lembrar que aquele momento era indeclinável.

      — O que há de errado? — A voz grossa e rouca fez com que as coxas de Louis se abrissem involuntariamente.

      Aquilo teria de ser rápido para que funcionasse.

— Eu sei que você nunca fez isso antes… Não quero que seja precipitado, entende? Preciso saber se é o que você quer.

      Durante poucos segundos, Harry pareceu estagnar com aquela pergunta. Ele vai desistir, pensou Louis de maneira desesperada. Ele entenderia se o cacheado optasse por deixá-lo mas, ainda assim, seu lobo interior uivava pelo nó daquele com quem tinha sido predestinado a ficar; com grande denodo, Louis empurrou seus instintos primitivos para dentro de uma caixa imaginária e os trancou a sete chaves. Geralmente, seus cios eram passados com lobisomens desconhecidos e as fodas eram tão violentas e animalescas que ele simplesmente desmaiava e acordava em sua cama sem ninguém ao seu lado, dias depois.

The Way You Love Me | L. S.Onde histórias criam vida. Descubra agora