Nick

Vinte e Quatro - P2

Hey, babys! Como estão? Até quinta :)

- Espera um segundo. – Chase ergueu um indicador para mim e deu um longo gole no seu drinque. – Pode continuar, eu precisava só ficar atento.

- Bebendo mais álcool? - Ergui as sobrancelhas, para em seguida as franzir, pois vi dois Chase. Pisquei os olhos várias vezes. – Acho que não estou bem.

- Nem eu, por isso a bebida. – Chase ergueu o copo para enfatizar o seu ponto. – Continua, você veio aqui para?

- Preciso da sua ajuda, e você é o único conhecido aqui.

- Minha ajuda? O que você andou bebendo?

- Já expliquei o motivo de ser você.

Chase parou e me olhou como se estivesse recapitulando toda a conversa. Já podia ouvir a fita voltando.

- Ah, é mesmo. – Finalmente disse. – E para que?

- Para que o que?

- Escuta, Nick, vou ser sincero: estou bêbado. Tipo muito, já até posso sentir meu cérebro fazendo salto olímpico no álcool. Então, você tem que ser a pessoa consciente.

Pisquei várias vezes novamente, e dei um tapa no meu rosto.

- Pronto, agora estou acordado. – Não estava, eu fui drogado! – Preciso de ajuda para tirar alguém de um lugar para levar para outro, de preferência bem longe daqui.

- E por acaso você me achou com cara de Uber e veio aqui.

Não foi uma pergunta, mas mesmo assim respondi.

- Quase isso.

Chase sorriu estranhamente, ficou de pé e cambaleou um pouco antes de conseguir se firmar. Me coloquei também de pé.

- Muito bem, Nick, vou ajudar você. – Concordou. – Porém, quero que você saiba que sequestro é crime. Aparentemente vocês da Golden Blood consideram isso uma atitude normal.

- Vocês da Golden Blood? – Ergui as sobrancelhas em questionamento.

- As pessoas falam, amigo, e eu tenho dois ouvidos muito bons. – Chase fez uma careta. – Hum, mais ou menos, mas dá para o gasto. A questão não é essa, o que eu quero dizer é que eu não quero ser preso.

- Vai fazer, porém não quer ser preso. – Ecoei e ri.

- O ruim de fazer merda é ser descoberto no final.

- Não vamos ser pegos, e o que vamos fazer é para proteger alguém.

- Vamos chegar para a pessoa e dizer: iremos sequestrar você, mas isso é para o seu bem. E o que mais? Damos um peteleco no nariz dela e piscamos um olho como bons samaritanos?