Capítulo Trinta e Um

2.7K 414 38
                                    

Boa leitura, amores!

Ainda bem que Nick não veio comigo, precisava de um tempo sozinha para colocar a cabeça no lugar. Não acredito que tudo isso aconteceu por minha culpa, fui eu quem levou Hadassah ao Brasil, quando a Golden Blood foi fazer o show. Eu fui a cega que não viu o que ela estava tramando.

Como pude ser tão burra?

Raiva começou a nublar os meus pensamentos, e levei o carro que estava dirigindo ao acostamento. Parei e comecei a bater o volante com os punhos, e soltei um grito frustrado. Por que eu sempre era estupida? Machucava as pessoas ao meu redor, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Foi assim com Analu, Marina, Nick...Deus, eu sou tão tóxica.

Lagrimas grossas começaram a nublar a minha vista, encostei a cabeça no volante e comecei a chorar. Chorei tanto que solucei. Meu peito estava apertado, e eu odiava o sentimento de ser uma pessoa terrível. Por que eu não poderia ter uma vida normal e feliz? Eu sou tão má que mereço tudo que aconteceu comigo ao longo dos anos?

Eu odiava as minhas perguntas sem respostas.

O meu amor por Nick foi tão distorcido que veio fazendo estrago por onde tem passado, é como um furacão: quando não destrói, deixa marcas. Nunca quis que nada disso acontecesse, gostaria de não ter sido tão manipulável. Sou tão estupida.

Mas eu teria a minha redenção, sei que era irracional e até infantil, porém eu tinha sido levada até o meu limite. Liguei o carro novamente e comecei a dirigir, sabia o meu destino, o lado bom de acompanhar a Golden Blood por anos. Durante todo o trajeto, eu ficava com mais raiva, as lagrimas que agora manchavam a minha pele não eram de tristeza.

Paro o carro e olho-me no espelho para limpar o rosto, a mulher que me encarava de volta parecia determinada. Saio e travo as portas, depois sigo para o hotel que tem sido o lar da Golden Blood quando eles fazem show nos Estados Unidos. Quando entro, vou até o rosto familiar que estava parado estrategicamente perto dos elevadores.

- Hey, Dixon. – Cumprimento um dos seguranças da GB.

- Senhorita Leroy, como vai?

- Bem, eu vim buscar algumas coisas que Zach esqueceu. – A mentira soou bastante convincente aos meus ouvidos. – Sabe como a cabeça dele está com toda essa história de incêndio.

- Pensei que a senhorita também estava nele.

- Estava, mas não me machuquei como você pode ver. – Fiz um gesto para o meu corpo. – Então, resolvi ajudar Zachary e a assistente dele no trabalho. Por falar nisso, não a vi com ele.

Era um risco que eu estava tomando, já que nem mesmo tinha visto Zach.

- Ela ficou no hotel, parece que não estava se sentindo muito bem.

- Oh, é mesmo? Pobrezinha. Posso até aproveitar para checar como ela está, aí deixo Zach duplamente tranquilo. Você sabe como ele é estressado.

- Sim, a senhorita está completamente certa.

- Eu tento. – Dei um sorriso doce. – Agora, me diz o número do quarto do Zach, na pressa ele não contou, e agora ele está numa reunião importantíssima, não vai ser legal eu ligar.

- Obviamente, senhorita. – Dixon concordou. – O senhor Zachary está no número 980.

- Obrigada, Dixon, você é muito prestativo. – Agradeci e entrei no elevador, que havia acabado de abrir as portas.

Eu tinha tido sorte agora, qualquer uma das minhas mentiras poderia ter soado um alarme na cabeça do Dixon e eu estaria completamente ferrada, pois isso significaria Zach e Nick vindo para cá. Isso estragaria os meus planos, pois este era um assunto que somente eu poderia resolver.

NickOnde histórias criam vida. Descubra agora