Capítulo Trinta e Dois

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Boa leitura, gente linda <3

P.S: Aproveitem o aperitivo quem deixei em CHASE.

- Bem, isso é um corte bem feio. – A voz profunda atravessa o meu estado de inconsciência.

Pisco os olhos vagarosamente e encontro uma versão mais velha do Nick bem na minha frente. Me encosto contra o local que estou deitada e fecho as pálpebras novamente. Quanto tempo eu dormi?

- Acho que estou sonhando. – Murmuro.

- Está mais para um pesadelo. – O homem fala novamente. – Um tiro e um pedaço de vidro enfiado na perna? Não é um sonho agradável, cara mia.

- Quem é você? – Pergunto encarando firmemente o homem.

- Ezio Pazinatto. – Responde e levanta-se do sofá em que estou deitada, agora consegui perceber com clareza, minha mente não estava tão confusa.

- Você é o pai do Nick. – Murmuro.

Ezio ajeita o punho do seu terno caro e depois limpa uma sujeira imaginaria.

- Somos bem parecidos, não é? – Ele sorriu de leve. – Mas para aí, na aparência.

- O que você faz aqui? – Indago, e tento me levantar.

- É melhor você não se mexer. – Disse rapidamente. – A bala não a atingiu, porém você não escapou da mesa de vidro.

Lembro então onde estou. Olho ao redor em busca da Hadassah, e a encontro completamente amarrada a uma cadeira. Dixon está parado ao lado dela.

- Como? Eu...

- Dixon é um dos meus "olhos" nos lugares onde não posso estar. Ele sabia que nada de bom viria de um encontro seu com Hadassah, pois eu disse para ele ficar de olho caso Valentina Leroy se aproximasse da vadia do Júlio. – Ezio explicava pacientemente, como se estivesse falando do tempo. – Ele a seguiu e salvou a sua pele de morrer.

- Salvou a minha pele. – Repeti.

- Sim, o que diabos passou na sua cabecinha para que não atacasse essa mulher quando teve a chance? – Ezio apontou para Hadassah. – Ela é perigosa, ardilosa como uma víbora.

- Eu precisava esclarecer algumas coisas, e elas não se resolveriam a base da pancadaria.

- E também não se resolveriam com você morta, que era isso que aconteceria.

- Que seja. – Fiz uma careta quando toquei a minha coxa, que estava enfaixada com um pedaço de tecido.

- Fiz algo improvisado para o seu ferimento, posso leva-la ao médico depois de resolvermos a situação.

- O que seria resolver no seu mundo?

Ezio abriu um sorriso maquiavélico.

- Simplesmente faço os meus problemas desaparecerem. – Ezio olha para Hadassah e depois para mim. – Como foi você quem ela mais prejudicou, a escolha é sua.

- Entregue ela a polícia. – Digo.

- Essa definitivamente não é uma opção.

- É para mim, você quer o que? Que eu a mate?

- Essa sim é uma das opções.

- Deixe-me adivinhar: todas a opções terminam com Hadassah morta?

- Bravo! Acertou. – Ezio bateu palmas.

Hadassah olhou-me com os olhos arregalados, ela não podia falar nada já que estava com uma fita na boca. Ela estava me suplicando.

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