Vinte e seis - P2

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Boa leitura!

Ela parecia uma rainha deitada naquele divã, a renda do sutiã e da calcinha parecendo me provocar. Eu amava tudo ali: as tatuagens que cobriam a pele dela, os seios altos, as pernas longas, até os dedinhos dos pés eram perfeitos. Me perguntava como não tinha reparado em tudo isso em todos os anos que convivemos juntos. Tina sempre estava lá bem na minha frente, e eu estava completamente cego.

Não mais.

Eu caminhei decidido, fui pegar o meu prêmio. Pode ser nem um pouco merecido, pois fiz merdas demais, mas simplesmente não conseguia evitar. Sei que Valentina merecia alguém melhor, talvez até uma pessoa de fora desse mundo que vivemos, mas não sei se consigo ficar sem ela, e então vou ser egoísta.

Eu fui egoísta quando fiquei encima dela no divã, e esmaguei minha boca na sua, bebendo-a como um homem sedento. Eu decidi naquele instante que iria aproveitar aquele meu momento com ela, mesmo que o meu mundo esteja fodido e pessoas quisessem me matar. Valentina era o meu oásis em meio a tudo aquilo.

De joelhos entre as coxas dela, olhei o seu corpo, passei o indicador pela barriga e senti que ela se arrepiava. Segurei o meio do seu sutiã e rasguei o frágil objeto, deixando descoberto aqueles dois piercings, um em cada mamilo; a calcinha teve o mesmo destino, e então ela ficou nua para o meu olhar faminto.

- Você é a perfeição. – Murmurei extasiado. – Como a partitura de uma pela canção. – Tracei o dedo pela tatuagem bem acima dos seios. – Para em seguida ganhar forma através das minhas mãos. – Passei os dedos pelos mamilos, que endureceram ao meu toque.

- Eu gosto de ouvir você tocar. – Tina disse com a voz rouca.

- Eu gosto de tocar você. – Vaguei a minha mais para baixo e contornei os lábios da sua vagina.

- Nick. – Ela ergueu o quadril.

- O que, bella donna?

- Pare de torturar.

- Ah, você quer isso? – Circulei de leve o broto no topo do seu sexo.

- Sim. – Gemeu.

- Então por que não disse? – Afastei minhas mãos e a encarei.

- Nick!

- O que, amore?

- Toca a minha boceta agora, ou eu juro para você, vou arrancar os seus dentes.

Ri e acariciei a sua coxa interna.

- Muito estressada, acho que posso fazer melhor.

Valentina abriu a boca, mas não saiu nada de dentro desta, pois desci a minha boca para entre as pernas dela. Devorei-a como um homem faminto, ou um que não vê uma boceta a muito tempo na vida. Fiz questão de sugar tudo, lamber, mordiscar, até que a tive gritando o meu nome.

Quando acabei lambi os meus lábios e subi nela para beijar os seus lábios, que me se abriram para mim imediatamente. Moí meu pau duro contra a sua boceta encharcada, fazendo nós dois gemer no processo. Me afastei e olhei para baixo, e fiquei observando enquanto empurrava todos os meus centímetros dentro daquele lugar quente e molhado. Era sexy para caralho, e então não pude evitar fazer isso até que depois de torturar suficiente nós dois, enfiei-me até que senti meu pau bater na parede dela. Arfamos.

- É como voltar para casa. – Gemi.

- Eu sempre vou dar boas-vindas. – Ela acariciou os meus cabelos.

- Não pretendo me afastar, já perdemos muitas coisas, não quero perder ainda mais.

- Amo você, Nick. – Valentina disse olhando-me profundamente nos olhos.

Em vez de pronunciar as palavras, desci os meus lábios nos dela e comecei a foder lentamente. Minha língua seguia os movimentos do meu pau. Levei minha mão para baixo e comecei a acariciar o clitóris dela, então senti ela apertando toda a minha extensão e então Tina afastou a boca para gritar meu nome.

Quando ela acabou, ficou mole em meus braços, e só então pude pensar somente em mim. Com uma mão no braço do divã e outra no quadril dela, comecei a entrar e sair com impulsos duros, fiz isso muitas vezes até senti o formigamento nas minhas ancas e então gozei tão forte que tive manchas escuras cobrindo a minha visão.

Cai encima do corpo saciado de Valentina e parecia que eu tinha desmaiado, ergui-me para não a esmagar com o meu peso e olhei seu rosto suado e sorridente, não pude evitar sorrir bobamente.

- Isso foi muito bom. – Disse e beijou o meu braço ao lado da sua cabeça.

- Concordo plenamente. – Falei.

- Temos mesmo que voltar para a realidade?

- Infelizmente sim, mas não quero pensar nisso agora. – Respondi. – Vamos aproveitar esses instantes de paz.

- Sim, quero curtir cada segundo. – Valentina concordou e puxou o meu rosto para um beijo.

**

- Me explica agora como vou ver um livro sem ficar excitado? – Chase indagou.

Estávamos sentados em volta da ilha da cozinha para o jantar, havia cozinhado massa para o jantar. Raviólis era a favorita de Tina.

- Desculpa, Chase. – Valentina pediu com o rosto vermelho.

O musico riu e fez gesto de pouco caso com a mão.

- Não é como se não tivesse usado cada superfície, parede e moveis dessa casa para o mesmo fim que vocês.

Valentina olhou para a ilha da cozinha com as sobrancelhas franzidas, e não pude evitar sorrir para onde tinha ido os pensamentos dela. Chase parecia ter percebido também, pois disse:

- Também, loira, mas não se preocupa, pois, minha equipe de limpeza é eficaz. Tudo está esterilizado.

- Quer dizer que se eu jogar uma luz negra aqui nada vai aparecer? – Ela perguntou.

- Bem, não sei, então é melhor evitar passar muito as mãos.

- Eca, Chase! – Valentina fez uma careta, e então riu. – Você é terrível.

Ri também.

- Obrigado por nos deixar ficar por mais um tempo. – Falei depois de uns segundos. – Mesmo depois da nossa conversa.

Havia contado brevemente ao Chase o meu problema familiar. Não me parecia correto deixa-lo no escuro depois dele ter me ajudado com tanta coisa, e eu o ter envolvido nos meus problemas.

- Não é como se eu nunca houvesse me metido em merda, então sem problemas. – Deu de ombros. – Vocês precisam de ajuda, os seus amigos estão brincando de casinha e eu estou profundamente entediado. O que melhor do que a máfia italiana para distrair um homem?

- Isso é sério, Chase, não quis envolver os meus amigos pois é muito perigoso e eles são ou estão prestes a ser pais. Você me parecia a melhor solução, porém agora me arrependo de expor você a esse risco.

- Nick, tudo bem, eu não estou surtando por nada disso. Fui eu que entrei de bom grado e sem fazer perguntas, certo?

Hesitei antes de menear a cabeça de acordo.

- Pois, então. – Deu de ombros novamente. – Além do mais, ninguém sabe onde estamos.

- Você não os conhece, Chase.

- Relaxa, Nicolau, nada de mais vai acontecer. – O roqueiro foi persistente.

Olhei para Valentina, que olhava com a testa franzida em preocupação. Sei que ela estava como eu: com medo. Chase parecia alheio, ou pouco se importava com a sua segurança. Por hora ficaria quieto e deixaria ele acreditar em suas palavras, enquanto isso veria o que poderia fazer. Era arriscado entrar em contato com o meu pai, a polícia estava completamente fora de questão. O que me deixava num beco sem saída.

- Acho que você tem razão. – Concordei.

Um dia depois eu soube que Chase não tinha razão.

NickOnde histórias criam vida. Descubra agora