Capítulo 35: Eva Mohn

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O Chris parecia arrasado. Os olhos estavam pesados e os ombros estavam caídos para frente. Ele fechou a porta da sala da Sra. Collins e eu o encontrei no meio do caminho.

- Você esta bem?

Ele me deu um sorriso desanimado e me puxou em direção ao corpo dele.

- Espero estar fazendo a coisa certa. - E me apertou com força.

Encostei a cabeça no ombro dele e tentei acalmá-lo, acariciando suas costas.

- Tenho certeza que está. - Ele estava preocupado com o Jacob e com a possibilidade de confiar na Sra. Collins. - Você nunca faria nada para machucar os seus irmãos.

- Obrigado. - Ele beijou o meu cabelo e quase tirou meu fôlego de tanto me apertar. - Eu precisava ouvir isso.
Ficamos parados ali por vários segundos antes que ele me liberasse do abraço.

- Vou dar uma volta no corredor para dar tempo de você se ajeitar na enfermaria, depois eu entro escondido na sala dela.
Isso estranhamente se parecia com arrombamento e invasão, levando nossos planos para o terreno do ilegal. Meu estômago se revirou de um jeito desconfortável.

- Não sei. Talvez a gente não devesse fazer isso. Não quero que você seja pego na sala dela. - Nem arrume uma encrenca, ou seja, expulso da escola, ou vá para a prisão.

O Chris me deu aquele sorriso travesso.

- Eu já disse que você é paranoica?

Cruzei os braços sobre o peito.

- Várias vezes.

Ele me beijava quando a Sra. Collins abriu a porta.

- Vou fingir que não vi isso.

O Chris piscou para mim antes de sair da sala. A Sra. Collins sorriu de orelha a orelha, abanando o rabo imaginário.

- Vocês formam um casal muito fofo. Ele vai te levar ao baile de formatura?
Que pergunta esquisita.

- Não sei. Falta mais de um mês pro baile. De qualquer maneira, o Chris não dá a impressão de que frequenta bailes.

- Ele foi ao Baile dos Namorados. - Ela passou por mim e andou pelo corredor em direção a entrada principal da enfermaria, fazendo sinal com os dedos para que eu a seguisse.

- Acho que foi só daquela vez. - Eu segui, relutante. - Eu nunca concordei com isso aqui, sabia?

Ela riu - riu de verdade da minha cara.

- Ah, Eva. Você vai concordar, no mínimo porque eu estou pedindo. Seus problemas de autoridade às vezes são úteis.

Fiquei em pé no meio da enfermaria e enfiei as mãos nos bolsos.

- Isso não viola nenhum código dos terapeutas? Você sabe, usar os meus problemas contra mim.

- Possivelmente. - Ela me deu outro sorriso. - Eva, este é o Dr.
Reed. Também conhecido como o terapeuta de relaxamento que a Ashley tinha escolhido. O homem baixinho parou na minha frente e apertou minha mão.

- Como está se sentindo hoje, Eva?Péssima. – Bem

- Você vai ficar mais relaxada se deitar - disse a Sra. Collins.

Precisei de cada grama de força para não pular imediatamente na cama. Meus dedos batucavam nervosos dentro dos bolsos e meu coração trovejava. Eu ia mostrar a ela.
Ela inclinou a cabeça.

- Acho que o Christoffer está te influenciando. Agora que você já me provou que está superando o fato de ser incrivelmente obediente, e vou assumir o crédito por isso, pode se deitar, por favor?

No limite da atração || Eva&Chris (Skam)Onde histórias criam vida. Descubra agora