Capítulo 43: Eva Mohn

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O Chris fez uma trilha de beijos flamejantes pela minha nuca, confundindo meu cérebro. Parte de mim reagia e se agarrava a ele com mais força. A outra parte estava congelada de medo, absolutamente apavorada com o desconhecido, aterrorizada com a possibilidade de desapontá- lo.

- Me diz o que fazer.

O hálito quente dele fez cócegas na minha orelha.

- Relaxa.

Mas, contra minha vontade, meus músculos fizeram exatamente o contrário. Sob o toque tipicamente convidativo do Chris, eu fiquei toa dura.

- Por favor, Chris, eu não quero fazer nada errado. Me diz como fazer você se sentir bem.

Ele se mexeu de modo que seu corpo descansou ao lado do meu, com a perna e o braço ainda sobre mim. Eu me sentia pequena debaixo do calor e da força dele. Os olhos marrom- amarelado ficaram mais suaves.

- Estar com você faz eu me sentir bem. Tocar em você ... - ele colocou uma mecha cabelo atrás da minha orelha - ... é bom. Eu nunca desejei ninguém como te desejo. Não tem nada que você possa fazer errado, porque o simples fato de você respirar torna tudo certo.

Eu queria acreditar nele, mas o Chris era experiente e eu ... não era.
Ele podia estar tentando fazer com que eu me sentisse melhor, mas podia estar entediado com a minha inexperiência.

A mão dele emoldurou meu rosto, e o tom de voz assumiu uma autoridade áspera.

- Eu te quero, mas só se você me quiser.

- Dói na primeira vez. Minhas amigas me contaram. - E na segunda e na terceira, e depois de um tempo não doía mais. - É preciso dizer que estou tomando pílula. Então... você sabe... estou protegida contra... - Bebês.
- Contra coisas. Mas você devia usar alguma coisa também ..

O sorriso malicioso que eu adorava se espalhou pelo rosto dele. Os lábios tocaram os meus, dando uma resposta terna.

- Relaxa que eu cuido de tudo.
Beijei- o de volta, permitindo que meus braços se enroscassem nele.

Os dedos dele massagearam gentilmente meu pescoço, liberando a tensão, diminuindo meu desconforto. O beijo se tornou um vício, e eu queria mais a cada toque. Nossos corpos se entrelaçaram com tanta força que eu não tinha ideia de onde eu começava e ele terminava.

O Chris era forte, quente, musculoso e seguro e tinha um cheiro, ai, meu Deus, delicioso. Eu não conseguiria parar de beijá- lo nem se a minha vida dependesse disso: lábios, pescoço, peito, e o Chris parecia tão faminto quanto eu. Rolamos na cama, nos tocamos e nos livramos das roupas indesejadas. Eu gemia e ele gemia, e a minha mente, a minha alma e o meu corpo estavam à beira do puro êxtase.

E eu esperei. Esperei pelo momento de parar para colocar camisinha e pela dor ardente que as minhas amigas descreviam, mas o Chris não parou e a dor nunca chegou, nem mesmo quando eu sussurrei o nome dele e chamei por Deus várias vezes seguidas. Nós dois procurávamos o ar enquanto nos beijávamos com suavidade, e eu lutava para entender que ainda era virgem.

Ele saiu de cima de mim e me puxou para perto. Meu corpo todo ficou preguiçosamente quente, feliz e satisfeito. Ouvi as batidas do coração dele e fechei os olhos, curtindo o carinho relaxante de sua mão no meu cabelo.

- Chris - sussurrei. - Eu achei... - que a gente fosse fazer amor.

Ele puxou meu queixo para cima, me forçando a olhar para ele.

- Temos a vida inteira para isso, Eva. Vamos aproveitar cada etapa.

Minha mente oscilava para todos os lados. Principalmente se concentrando no coração dele, no toque e nas palavras mais doces que eu já tinha ouvido: a vida inteira.
Um pensamento claro forçou meus olhos a se abrirem.

- Você está me colocando para dormir.

- E daí? - perguntou ele, um pouco inocente demais.

Engoli em seco.

- Vou ter pesadelos.

- E aí a gente vai ter uma desculpa para fazer isso tudo de novo.

No limite da atração || Eva&Chris (Skam)Onde histórias criam vida. Descubra agora