Capítulo X - Atenha-se a cuidar da sua vida, porque da minha, cuido eu

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Blake Haas

A visão do sorriso carnal esboçado por ela me deixa um tanto inclinado a transgredir as barreiras estabelecidas pelo pudor e pela moral. Sim, por ela. A atiradora de elite, que, com maestria, mirou seu alvo e abateu-o. Mas não por completo. Ainda estou vivo, com uma ou outra sequela do tiro que me foi dado entre as pernas.

Contudo, não estou lesado o suficiente para desistir de completar a missão.

Neste exato momento, estou lentamente a devassando com a boca enquanto deslizo as mãos por seu seio entumecido. Ela arfa a míseros centímetros de meus lábios e me leva a loucura, a ponto de quase explodir.

Alucinado pelo prazer que ela me proporciona ao continuar se movendo em meu colo, beijo a lateral de seu rosto, e então me volto para o pescoço.

Lambo seu peito sem pressa, desço para encontrar o vão entre seus seios deliciosos, lambuzando-a com a minha saliva.

Seus peitos voluptuosos estão cheios de marcas de mordidas. A pele está avermelhada, por causa do sangue que arrebenta sua cútis conforme a presenteio com os dotes de minha boca.

Ela solta uma sinfonia de gemidos deliciosos enquanto tateio suas coxas.

Estou ébrio de desejo. Louco para fodê-la com a língua. Com direito a deixar marca de dentes em seu rabo, e tudo.

Savannah crava as unhas em meu pescoço, arranhando minha nuca e ombros, enquanto dessa vez move os quadris de forma deliberadamente perigosa. Seu perfume que mescla sândalo e baunilha, embriaga meus sentidos ao passo que ela se encarrega do resto.

Como uma encantadora de serpentes, ela cria um alvoroço em minha calça. Estou totalmente duro, explodindo em tesão - alucinado pelo seu cheiro, pelos seus toques, pela suavidade de sua pele.

Estapeio seus fundos. Aperto, dedilho e arranho. Por cima do vestido, claro. Mas se fosse por mim, essa peça caríssima de algum estilista excêntrico já estaria virado em trapos no chão da limusine. E o meu corpo estirado no tapete, ao lado dos restos mortais do tecido, muito provavelmente. Já que ela usaria aquelas mãozinhas delicadas para me sufocar.

Por mais que a veia que salta da testa dela quando está brava me deixe incrivelmente excitado, não ganho nada irritando-a.

Me sinto como um animal irracional enquanto devoro sua pele: chupo, mordisco, lambo sem me preocupar com mais nada senão seus gemidos de satisfação.

Como um leão esfomeado, beijo a pele de seus ombros, a clavícula, o pescoço de novo. Minhas mãos irrequietas apalpam seu corpo com ambição e anseio por fazê-la liberar todos os gemidos que manteve presos desde que começamos a provocar um ao outro, há uma eternidade de anos atrás.

Só sei que deixamos a propriedade elegante e bem iluminada de Desmond Ruffalo porque adentramos no território da noite. E com isso percebo o quanto estou em chamas, e Savannah Wolff é um galão de querosene.

Até me arrisco a dizer que nossa combustão seria capaz de acender a noite e dissolver o véu de neblina que cobre a estrada. O que teria sido deveras útil já que, caso não fosse uma capacidade exclusivamente figurativa, o motorista poderia tê-la usado para enxergar o buraco que fez a limusine balançar, e por sua vez desviar do mesmo.

Com a sacudida brusca, Savannah sobe e desce rapidamente, enterrando a bunda no meu pau de vez – obrigado, gravidade.

Mas a regra número um é: nunca agradeça a uma graça cedo demais. Para cada uma delas há uma reação de sentido oposto. Ao segurá-la fortemente contra meu corpo, em vias de protege-la do choque, o impacto de outro solavanco levou sua cabeça a colidir com a minha. O baque me deixa vendo estrelas no teto.

Crossed Lines: sem limitesOnde histórias criam vida. Descubra agora