HENRIQUE|
— Será que não vamos ter mais paz? - pergunto baixinho, para Larissa.
— O que você quer aqui? - pergunto. — Não consigo acreditar que você ainda tem a cara de pau de vir até a gente.
— É assim que você trata as pessoas? Precisam conhecer quem realmente és de verdade. - falo. — Pode acreditar amorzinho, sou eu em carne e osso.
— Primeiro, não me chama de amorzinho. Segundo, diz logo o que você quer e some daqui. - peço, tentando juntar toda paciência que tenho.
— Terceiro, lembra do que aconteceu e o por que aconteceu? - relembro ele.
—- Não me faça lembrar e mesmo não lembrando de quase nada, tenho nojo do que aconteceu. - falo.
— Cuidado com as suas palavras, cantorzinho. Pode ter consequências viu. - ameaço de leve.
— Que merda de ter cuidado lá nada. Nos poupe, Flora! - Juliano diz.
— Pelo visto tem defensor, né? - olho para Henrique.
— Fala logo o que você quer. - Mohana diz.
— Não quero nada não, gente. Podem ficar tranquilos. Vim pegar o meu carro e por incrível que pareça encontrei voces aqui, então resolvi cumprimentá-los.
— Não veio pegar o seu carro? Vai lá. Tchau! - Mohana fala.
— Não precisa ser assim, flor. - digo.
— Com certas pessoas é preciso.
— Obrigada pela direta. - agradeço.
— De nada. - forcei um sorriso.
— Vai embora logo, Flora. - Marcela pede impaciente. Flora olha para a Larissa e faz um gesto como estivesse pensando.
— Larissa, tudo bem? Não poderia sair sem falar com você. - forcei um sorriso.
— Estou bem. - respondo.
— Soube que perdeu o bebê, imagino como você está. - coloco a mão no peito como se estivesse triste.
— Tudo está caminhando bem. - corto o assunto.
— Que bom. - forço um sorriso.
— Não cansa de fazer perguntas inconvenientes não? - Pergunto.
— Será que para você foi inconveniente quando foi para o quarto comigo e depois fala que sente nojo? - faço outra pergunta para ele.
— Você é inconveniente! - respondo.
— Hum, então tá. - sorri.
— Já fez perguntas demais, agora vaza! - Marcela diz.
— En.. - a amiguinha da Larissa me interrompe.
— Você não sabe o que é vazar? É ir embora. Vai, por favor.
— Sei o que sim, flor.
— Então por que não já foi? - comecei uma pequena discussão com a Flora.
— Vocês duas, podem parar? - Larissa pede.
— Essa.. - ia falar quando a Larissa nega.
— Amiga, não precisa disso. - Digo.
— Você é igual a sua amiguinha. - olho para Larissa.
— Não mete a Larissa no meio. - Marcela fala.
— Será que quando você for mãe, você irá ser assim? - pergunto.
— Você só fala merda! - Juliano diz.
— Só falo a verdade. - respondo ele.
— Até agora não ouvi nenhuma verdade, mas respondendo a sua pergunta, tenho certeza que serei uma mãe incrível. - respondo.
— Desse jeito? - ri irônica.
— Você adora mexer com os outros tocando na ferida, né? - Marcela fala.
— Sua amiguinha perdeu o bebê, esqueceu? - pergunto.
— Não esqueci pois estava com ela no acidente e no hospital. - falo.
— Você também estava com ela? Nossa. - falo, surpresa. Essa realmente não esperava.
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PRA QUEM DUVIDOU | RICELLY HENRIQUE
Fanfiction"E nem se eu quiser eu consigo te esquecer" Uma simples compra. Um encontro sem nenhuma intenção. Um momento. Há quem duvide que pessoas opostas possam se atrair, se amarem. Ninguém pensava, ninguém imaginava e muito menos botava fé. Aliás, todo m...