— Não, eu estou tendo um pesadelo, só pode. - passo a mão na cabeça. — Perdi a mulher da minha vida por causa da Flora! - levanto da cama chuto o tênis. Até que alguém bate na porta. — Quem é?
— Sou eu, Emil. Abre a porta aí. - peço.
— Diz! - abro a porta sem um pingo de paciência.
— Eita, que bicho te mordeu? - pergunto, sem entender a reação dele.
— Fala logo, Emil. - falo, impaciente.
—Vim te chamar para ir beber. Tá' o Juliano e o pessoal lá embaixo. - falo.
—Não quero, obrigado. - falo, e quando ia fechar a porta ele fala.
— O que aconteceu? Você gosta de beber. Você não é assim. - pergunto.
— Não estou afim. - falo.
— Ok, mas aconteceu algo, não aconteceu? - pergunto.
— Aconteceu. - assumo.
— O que foi? - pergunto.
—Não quero falar. - digo.
— Ok, já vou indo. qualquer coisa sabe onde nos encontrar.
Uma semana depois, Goiânia- GO 📍
⠀
— O Henrique, vamos sair, hoje? O pessoal marcou de ir para um barzinho. - entro no quarto dele.— Não estou com vontade. - respondo, e volto a prestar atenção no filme.
— Manim, sei que as coisas não estão fáceis mas você não pode ficar dentro de um quarto vinte e quatro horas. - sento na sua frente.
— Não estou mais com a Lari. - falo.
— Como assim? Por que vocês terminaram? Vai terminar assim mesmo? Depois de tudo? - faço perguntas.
— Ela disse que não tem conversa.
— Poxa. - abraço ele. — Tenho certeza que ela não iria gostar de te ver assim. Ela não disse que quer te ver feliz?
— Como eu vou ser feliz sem ela? - pergunto. — Isso tem dedo da Flora.
— Quem é Flora? - pergunto.
— Mais você não sabe de nada, né? Meu Deus!
— Sou obrigado a saber quem é ela? - pergunto.
— Não.
— Então. Me explica, por que tem dedo dessa mulher nessa história? - ele resumiu a história para mim — Você fez isso Henrique?
— Já disse que não, Juliano. - falo. — Você acha que eu faria isso com a Larissa? Depois de tudo? Não sou ridículo ao ponto de fazer isso. Deixei claro o quanto amo ela.
— Iai, vão? - Emil entra no quarto. — O que está acontecendo?
— Nada, só estava batendo um papo com o Henrique. - falo, e pisco para meu irmão.
— Então, bora? - chamo eles.
— Vai lá, manim. - forcei um sorriso. — Depois a gente continua.
— Você não vai? - pergunto.
— Não. - ele me olha confuso.
— Tá doente? Tá com febre? - chego perto dele.
— Não idiota. - ri.
— Então por que você não vai beber com a gente?
— Tô mal. - falo, o que não é mentira.
— E o que você tem?
— Não estou mais com a Larissa. - explico.
— E vocês estavam namorando? - pergunto.
— Estavam sim. - Juliano fala.
— Só soube do filho, que ela perdeu, né? - comento.
—Enfim, não tô bem e por isso não vou. - ignoro o comentário dele.
—Você, deixando de sair por causa de mulher? - ri. - Gamou mesmo!
— Não gamei. - reviro os olhos.
— Gamou sim, você não era assim. - falo.
— As pessoas mudam! - falo.
— Ela que mudou você! - digo.
— Sim! - concordo.
—Cara, você não é de ficar muito tempo com uma mulher e você pensou que com ela seria diferente? - o questiono.
—Eu amo a Larissa! Com ela foi e é diferente. - tento explicar.
— Não disse que você não a ama. Só já imaginava que vocês não iriam ficar juntos por muito tempo.
— Ai Emil, vai sair! Me deixa!
VOCÊ ESTÁ LENDO
PRA QUEM DUVIDOU | RICELLY HENRIQUE
Hayran Kurgu"E nem se eu quiser eu consigo te esquecer" Uma simples compra. Um encontro sem nenhuma intenção. Um momento. Há quem duvide que pessoas opostas possam se atrair, se amarem. Ninguém pensava, ninguém imaginava e muito menos botava fé. Aliás, todo m...