Ciúmes

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Pov Magnus

-Dr. Bane, o Dr. Eriksen está te chamando na sala dele. –Minha secretaria falou e eu assenti.

-Tudo bem, Aline, eu já vou. –Respondi terminando de assinar o último documento pendente. 

Era muito estranho e diferente ter uma assistente, era como se eu tivesse o meu próprio Magnus. Ela era uma ótima pessoa, porém adorava puxar a minha orelha porque as vezes, por força do hábito, eu acabava fazendo o meu trabalho e o dela.

Fui a caminho da sala do meu chefe e sua assistente Hellen me anunciou.

-Dr. Bane, ele está te esperando. –Agradeci antes de entrar.

-Com licença, senhor.

-Ah sim, Magnus. Sente-se! –Entrei e me sentei na cadeira a sua frente para onde ele apontou.

Meu chefe era um homem de mais de 50 anos, mas ele transmitia inteligência, seriedade e honestidade.

-Você tem ótimos olhos para contratos sabia? Então eu resolvi que já estava na hora de você resolver o seu primeiro caso.

-C-como? –Falei ainda em choque. Ele riu e se levantou indo até uma gaveta pegar uma pasta.

-Todo mês nós pegamos um caso de pessoas que não podem pagar, e dessa vez o caso é seu. –Me entregou a pasta com alguns papeis e eu comecei a folheá-los. -Uma criança, Mary Silvester, ficou em estado de coma após ter os cabelos sugados pelo ralo da piscina do seu condomínio. Após o episódio, a mãe, Lanna Silvester, processou o condomínio pelo acidente da filha, mas o condomínio recorreu, com o objetivo de responsabilizar o fabricante do ralo pelo ocorrido e isentar sua responsabilidade. Por conta disso, os dois lados se recusam a pagar a indenização, incluído as dividas medicas, sua responsabilidade é investigar a fundo e mostrar ao juiz de quem foi a culpa desse acidente e fazer com que a família tenha justiça. –Falou voltando a se sentar e eu assenti ainda levemente chocado.

-Boa Sorte, Magnus. –Estendeu a mão e eu aceitei.

-Obrigado pela oportunidade, Senhor.

(...)

Depois de ler todo o relatório duas vezes e fazer anotações importantes, meu estômago estava fazendo um barulho estranho por conta da fome.

-Dr. Bane, tem um rapaz aqui querendo vê-lo e ele diz ser o seu cliente favorito. –Aline falou por telefone e eu franzi o cenho confuso. Eu estava aqui há só algumas semanas e ainda não lidava com clientes.

-Cliente? Qual o nome dele?

-Alisson Wood.

-Mande-o entrar. –Falei apesar de não fazer ideia de quem era.

-Oi, meu bem. –Ouvi a voz de Alexander soar pela minha sala e me desatei a gargalhar.

-Oi, Alexander. –Falei e ele parou no meio do caminho.

-Não Magnus! Você não me vê desde ontem de manhã e é assim que me cumprimenta quando me vê? –Negou com a cabeça. Por incrível que pareça ele parecia estar falando sério. –Olha eu vou voltar e entrar novamente, se você não disser “Oi, Amor” eu vou embora.

Alec sem duvidas era a pessoa mais doida que eu já havia me relacionado. Quando eu acho que já estou acostumado com as suas palhaçadas, ele vêm e me surpreende.

-Meu deus, você não pode estar falando sério. –Mas ele estava, porque foi para a porta e tornou a entrar. Eu não sabia se ria ou ficava assustado com a sua necessidade de eu o chamar de amor.

-Oi, amor –Falei fazendo careta e ele desfez a cara séria e sorriu antes de se sentar em uma das cadeiras. -Você é bem maluco, sabia? 

-Mas eu te amo e vou te levar para almoçar. –Falou e eu ri. Me levantei e fui em sua direção. Me joguei em seu colo e o beijei.

Uma Segunda Chance (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora