Casa comigo?

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Pov Magnus

Meu coração estava terrivelmente acelerado. Eu nunca na vida esperaria vê-lo novamente, na verdade eu torcia para nunca mais precisar vê-lo novamente.

-Calma, não precisa ficar com medo. –Mark deu um passo pra frente, me fazendo automaticamente dar um passo pra trás e me agarrar na borda de mármore da pia.

-Não estou com medo, só não quero falar com você. –Respondi. –E muito menos que se aproxime de mim. –Falei sério e ele assentiu.

-Eu sei que você ficou chateado por tudo que eu fiz.. –Falou com tanta convicção que eu fui obrigado a dar uma risada.

-Chateado? Eu fiquei com ódio de você! –Talvez eu tenha ficado triste na época, mas ele não precisava saber. –Mas não se preocupe, são águas passadas.

-Isso quer dizer que temos uma chance? –Perguntou com esperança nos olhos, e eu fiquei alguns segundos olhando para ele, e esperando que o mesmo dissesse que estava brincando, porque não era possível que alguém se prestaria a um papel desses.

-Está brincando, não é? –Mark negou. –Não existe a menor possibilidade de eu voltar pra você! –Respondi. Indignação era o que eu sentia nesse momento.

-Por causa do Alec? Por que se for isso, tenho certeza de que eu te faria muito mais feliz..

-Não, é porque eu tenho nojo de você! –A expressão de Mark passou de falsa apaixonada, pra sombria. Ele estava em frente a porta, como um gesto  sútil de que não me deixaria sair.

-Pensa bem, Amor.. todas as noites que dormimos juntos.. todos os bons presentes que eu te dei, todas as declarações.. eu sei que você sente falta disso. –Mark olhava no fundo dos meus olhos ao mesmo tempo em que se aproximava de mim. Eu conhecia aquela voz, aquele olhar, aquela expressão, Mark sempre fazia isso para me manipular quando estávamos juntos, e no fim ele sempre conseguia.

Mas eu não era o mesmo Magnus de antes, eu nunca mais deixaria ele me manipular como fazia quando estávamos namorando.

-Eu não sinto falta de nada disso, sabe por quê? Porque agora eu tenho ao meu lado a pessoa mais incrível do mundo, que me da em dobro tudo isso que você citou, mas o mais importante, é que ele me respeita e me ama de verdade. –Empurrei Mark com força, fazendo-o bater as costas na parede ao lado da porta.

Sai rapidamente de lá, e a passos apressados voltei para a mesa onde Alec me esperava.

Alec sorriu quando me viu voltar, mas seu sorriso morreu quando ele viu meu estado.

-Magnus, o que houve? –Perguntou se levantando. –Você está pálido, está tremendo. Senta. –Puxou a cadeira e me ajudou a sentar. Eu não conseguia dizer nada, estava tentando regular a respiração. O coração batendo tão forte que parecia que eu teria uma parada cardíaca a qualquer momento.

-Magnus, fala comigo. –Eu não conseguia explicar a ele o motivo de estar suando e tremendo tanto.

Olhei em direção ao banheiro e vi Mark olhando diretamente para nós.

-Vamos pra casa. –Falei me levantando em seguida.

-Tudo bem, eu só vou pagar a conta.. Magnus, espera! –Sai do restaurante como se a qualquer momento o teto fosse cair sob minha cabeça.

....

Pov Alec

Depois de pagar a conta, eu fui até o estacionamento do restaurante e vi Magnus já dentro do nosso carro.

Eu não conseguia entender o motivo de ele ter voltado tão abalado do banheiro, mas a minha prioridade agora era fazer ele ficar bem.

-Amor.. –Abri a porta e me sentei no banco do motorista. –Está se sentindo mal? Sente alguma dor? –Ele negou. –Quer falar o que houve? -Ele não respondeu nada. -Quer um abraço? -Magnus assentiu fazendo um biquinho choroso e adorável. Eu me aproximei e o puxei para um abraço.

Uma Segunda Chance (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora