Pov Alec
Já fazia quase 10 minutos que Magnus chorava abraçado a mim.
Apesar de todos os anos sem ver o seu pai, e ter aprendido a viver com essa ausência, sem dúvidas não era fácil pra ele ver o que havia acontecido há 22 anos se repetir tudo de novo.
-Por que ele fez isso, Alec? –Choramingou. Eu não sabia o que responder. Não conseguia entender a cabeça de um pai que abandona seus filhos, além de mentir e enganar. –Será que eu não sou bom o suficiente para merecer ter um pai?
-Magnus, não faz isso.. não põe a culpa em você. –O afastei um pouco para que ele olhasse pra mim. –A culpa é dele se não percebe o quão maravilhoso você é, está bem? –Ele assentiu. Lhe dei um selinho, e depois tornei a abraça-lo.
Minutos depois ouvimos o bebê chorar. Magnus limpou as lágrimas e já ia se levantar, mas eu o impedi.
-Deixa que eu pego ele. –Falei e ele assentiu.
Quando cheguei no quarto, Miguel chorava alto.
-Oi, meu amor. –Falei o pegando no colo. Desci com ele para a sala e Magnus estava no sofá olhando a bolsa que Asmodeus havia deixado.
Sentei perto dele e peguei um carrinho de pelúcia. Quando eu lhe dei, Miguel parou de chorar e começou a brincar. Magnus sorriu. Apesar do momento ser difícil pra ele, eu sabia que ele estava feliz em ter o Miguel ali, mesmo diante essas circunstâncias.
-Será que a gente consegue, Alexander? –Magnus perguntou inseguro, enquanto observava o bebê.
–Claro que sim, vamos ser ótimos pais. –Disse decidido e Magnus me olhou com um misto de emoção e surpresa.
-Eu sei que somos namorados, e que moramos juntos agora, mas.. Alec, não se sinta obrigado em assumir essa responsabilidade comigo e..
-Chega, Magnus. –O interrompi. -Não tem nada no mundo que me faça desistir de vocês. –Dei um beijinho na cabeça do bebê, e depois lhe deu um selinho. –Além do mais, eu estou há meses ensaiando com o Presidente, estou pronto! –Falei e Magnus deu uma sonora risada.
Ouvimos batidas na porta e Magnus ficou assustado, certamente achando que podia ser o seu pai novamente.
Magnus não se moveu, apenas ficou encarando a porta sem dizer nada.
Peguei sua mão e dei um beijinho na palma, e ele pareceu ficar mais tranquilo. Logo depois eu me levantei e fui até a porta para abri-la.
-Oie! –Minha mãe e Izzy falaram ao mesmo tempo.
-O que fazem aqui? –Perguntei. Minha mãe pegou o Miguel do meu colo e as duas entraram na casa.
–Viemos mimar o bebê é claro. –Izzy respondeu.
-Onde está Asmodeus? –Minha mãe perguntou inocentemente.
-Ele precisou voltar para a Indonésia.. –Falei temendo entrar no assunto e fazer Magnus ficar chateado.
-Eu vou subir. –Magnus falou com um sorriso nada convincente antes de se levantar e ir em direção as escadas.
-Espera! –Izzy exclamou entusiasmada. –Então o Miguel vai ficar com vocês? –Assenti. –Ai meu deus! por quanto tempo?
Suspirei.
-Pra sempre, Izzy. O Asmodeus assinou um documento que faz eu e o Magnus sermos os tutores legais dele. –Minha irmã e minha mãe ficaram chocadas.
-Mas isso é loucura. –Minha mãe disse ainda surpresa. Ela encarou o Miguel com um semblante emocionado. Provavelmente deve ter se lembrado do meu irmão Max. –Como ele pôde fazer isso com um bebê?
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Uma Segunda Chance (Malec)
أدب الهواةMagnus estava quebrado, destruído. Tudo estava dando errado e ele não sabia como se recuperar disso. Até que ele por acaso conhece um homem lindo e gentil. Talvez, quem sabe, fosse sua nova chance de ser feliz.