Uma Segunda Chance (Malec)

Prisão

Pov Alec

-Magnus sabe que está aqui? –Mark perguntou indo até uma mesinha e se servindo de conhaque. –Ele podia ter vindo também.. sinto falta daquele rostinho. –Disse bebendo um pouco do conhaque. Eu tive que  fechar os olhos e respirar fundo para não soca-lo até a morte naquele instante. 

-Você realmente acha que existe alguma possibilidade do Magnus voltar para você? –Perguntei dobrando as pernas e me encostando no sofá. –Voltar para a pessoa que tentava controla-lo e que fingia ama-lo? Que traia ele e que só estava com ele para tentar dar um golpe? –Dei uma risada sem humor. –Você é patético. 

-Se está tão seguro disso, por que está aqui? 

-Apesar de saber que não existe possibilidade de Magnus voltar para você, não me agrada em nada saber que você está rondando ele e o meu filho.. então, eu só vou dizer uma vez: Fique. Longe. Deles.

-Você tem muita coragem vindo aqui me ameaçar. –Perguntou enquanto eu me levantava para ir embora. 

Sorri apenas, antes de me virar para sair. 

-É só isso, Alexander? Devo dizer que estou desapontado.. –Deu uma risada. –Você vem no meu quarto, me ameaça e depois vai embora? Acha que é simples assim? –Riu novamente. –Eu não vou ganhar nem uma foda? Um “por favor” talvez? 

-Você acha que eu transaria com você? –Dei uma risada alta. 

-Ah vamos, eu não sou de se jogar fora. –Piscou pra mim.   –Além disso, eu poderia te mostrar o porquê de ter tanta certeza que Magnus não me esqueceu. –Passou a língua pelos lábios e eu respirei fundo varias vezes. 

-Eu espero não precisar te ver novamente. –Vociferei com raiva. Eu já estava no limite, não aguentava mais olhar para aquela cara cínica. 

-Não fica bravo, Alec.. eu prometo cuidar  direitinho do garoto. –Falou quando eu me virei para ir embora. No mesmo instante eu voltei a encara-lo incrédulo. 

-O que você disse?! O que você falou sobre o meu filho? –Perguntei me aproximando. 

-Eu disse que vou cuidar bem do garoto, sabe, quando ele e o Magnus vierem morar comigo. Ou talvez eu o devolva para algum orfanato e fique com o Magnus só pra... –O barulho seguinte foi de um forte soco que eu dei no rosto dele. 

Mark caiu no chão e eu subi em cima dele para disferir mais socos no seu rosto. 

-Chega perto do meu filho, e eu mato você, desgraçado!!! –Depois do quinto soco, Mark já estava banhado em sangue, porém conseguiu me tirar de cima dele. 

Tentei me levantar, mas ele chutou meu peito me fazendo cair novamente. 

Mark se jogou em cima de mim e nós dois rolamos pelo chão enquanto nos socavamos. 

Mesmo com os socos que recebia, a única coisa que eu conseguia sentir era ódio. A raiva que eu estava sentindo pelo que ele disse da minha família era o suficiente para não me deixar parar de bater nele. 

Depois de vários minutos rolando pelo quarto, Mark me empurrou para longe e correu até uma mesinha. Depois pegou uma arma presa em baixo da mesa e tentou atirar, mas a arma falhou me dando oportunidade de voltar a lutar com ele. 

Nos levantamos e Mark me empurrou em cima da bancada que dividia a sala da cozinha. Pratos caíram no chão e fizeram um barulho ensurdecedor. 

-Senhor Blackthorn? Está tudo bem? –Uma voz feminina soou do lado de fora. Provavelmente era a camareira que ouviu o barulho de coisas quebrando. –Senhor?