Futuro

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Pov Magnus 

Acordei e na mesma hora senti uma dor absurda na cabeça. Eu sempre fui muito fraco para bebidas e ontem depois do coquetel, eu, Alec, Cat, Jace, Clary, Izzy e Simon fomos para um bar e bebemos por horas a fio.

Eu nunca tive tantos amigos, a minha vida toda sempre fomos apenas eu e Catarina, mas agora era como se eu fizesse parte de um grupo. Um grupo que eu realmente gostava muito, com pessoas que eu sentia que podia confiar.

Meu relacionamento com Alec me trouxe inúmeras coisas boas. Amigos, amor, vontade de viver novamente, autoestima e amor próprio também. Alec é a luz da minha vida e eu tinha certeza disso.

Me levantei e fui tomar um banho, mesmo que minha vontade era de ficar o fim de semana todo deitado na cama.

-Bom dia! –Catarina falou quando me viu chegar na cozinha.

-Caramba, Cat, não grita. –Choraminguei massageando minhas têmporas.

-Mas eu não gritei.. toma. –Me entregou um comprimido e um copo d'água que eu prontamente tomei esperando que a dor logo passasse.

-Por que você não dormiu no apartamento do Alec? Achei que você fosse pra lá. –Perguntou colocando um pouco de suco no copo e me entregando.

-Ia sim, mas depois ele disse que tinha algumas coisas para resolver e não poderia me dar a atenção  que eu merecia, então pediu para me ver aqui em casa hoje. Talvez ele só tenha enjoado da minha companhia.

-Eu não acho que isso seja possível, Magnus.. ele pode ter realmente algo para resolver. –Tentou me tranquilizar.

Na minha opinião era compreensivo se ele queria um tempo sem mim. Se esse era o caso eu entendia, mas ele não precisava ter mentido. Se ele tivesse me dito que queria uma noite sozinho eu entenderia perfeitamente.

-Ou talvez ele tenha enjoado de mim. –Falei com bom humor e Catarina revirou os olhos por conta da minha teimosia.

-Bom dia! –Ouvi a voz de Alec soar na sala e meu coração deu um salto. Eu e Cat fomos para sala e o vimos. Com uma camisa preta simples e uma calça jeans de lavagem clara, estava tão lindo quanto aos dias em que veste um terno caro e sob medida.

-Bom dia, amor. –Me aproximei e lhe dei um selinho. Alec me puxou para um abraço apertado e eu sorri com o gesto, ele parecia estar com tanta saudade quanto eu estava.

-Oi Cat. –Lhe deu um beijo no rosto e se jogou no sofá. Catarina foi para a cozinha pegar um café para ele e eu me joguei do seu lado.

-Achei que quisesse um tempo sem mim.. e eu só te veria a noite. -Comentei e Alec deu uma risadinha.

-De onde você tirou isso, Magnus? Eu só precisei resolver algumas coisas do trabalho para que eu pudesse ter o fim de semana livre.

-Ele achou que você tinha enjoado dele. - Catarina falou se aproximando com uma enorme caneca com café. Eu adorava café, mas Alec e Catarina eram viciados.

-Catarina pelo amor de deus, fica quieta. - Senti meu rosto esquentar e Alec gargalhou.

-Eu nunca enjoaria de você Magnus Bane. Na verdade o meu maior desejo é que os anos passem logo para que nós dois possamos nos aposentar e viajar o mundo todo.

-Parece um bom plano pra mim. -Sorri dando-lhe um beijo no pescoço.

-Mas e as crianças? -Catarina perguntou.

-Pelo anjo Cat, que crianças? -Perguntei.

-Nossos filhos né, Magnus. - Alec respondeu com naturalidade, mas eu com certeza me engasgaria se tivesse bebendo algo agora. -Bom, eles já serão adultos, então a Andy provavelmente vai estar ocupada começando sua própria familia e se tornando uma grande advogada e o Harry vai estar ocupado com as cafeterias, já que vai ser o novo presidente. Então teremos que viajar sozinhos, amor. -Disse pensativo. A minha expressão era totalmente chocada, diferente de Catarina que estava bebendo o café que devia ter sido entregue a Alexander e ouvia ele contar tudo com bastante interesse.

-O que foi? -Ele me perguntou quando viu minha expressão.

-O meu filho não vai se chamar Harry! -Exclamei e os dois riram de mim.

-Tudo bem, Magnus, como você quer que o nosso filho se chame? –Perguntou se levantando e indo pegar outro café, já que Cat estava bebendo o seu.

-Matthew. –Respondi depois de pensar um pouco. Alec voltou com uma caneca cheia de café e tornou a se sentar do meu lado.

-Eu acho tão lindo vocês já terem todo o futuro planejado. –Catarina suspirou audível e nós sorrimos.

-Na verdade, é o Alec que tem tudo planejado, eu só vou onde ele manda. –Respondi e minha amiga gargalhou. –Olha só..- Falei a ela e depois me virei para o meu namorado. -Alec, pra que você deixou metade do seu closet vazio? –Perguntei a ele e o vi revirar os olhos antes de me responder.

-Para quando você for morar comigo, óbvio.

-Magnus por que não me contou que ia se mudar? –Catarina perguntou chocada.

-Porque eu ainda não vou me mudar, minha querida, mas o Alec tem um parafuso a menos.

-Ei! –Reclamou me dando um empurrãozinho e eu ri. Alec colocou o café na mesinha. –Talvez demore, mas uma hora ou outra você vai morar comigo não é? Eu só quero estar preparado.

-Você é tão adorável! –Disse antes de enche-lo de beijos pelo rosto. Alec ria de uma forma fofa e Cat se levantou para nos deixar a sós.

Coloquei minha mão no seu rosto e beijei sua boca. Alec me puxou e me colocou no seu colo antes de aprofundarmos o beijo. Os amassos maravilhosos começaram, senti as mãos dele na minha bunda me apertando mais ao seu corpo.

-Eu tenho uma surpresa.. –Sussurrou em meio ao beijo que ainda trocávamos. –Oh Mag.. –Gemeu baixinho quando eu rebolei no seu colo. –Nós vamos passar o fim de semana na minha casa de praia. –Falou tranquilamente e eu parei de beija-lo para encara-lo.

-Desde quando você tem uma casa de praia?

-Na verdade eu tenho oito pelo mundo, e minha família também tem algumas, acho que dez.. não sei bem. Já faz bastante tempo que eu as tenho, desculpe não ter contado antes. A que nós vamos fica há umas três horas daqui e a praia é tão linda, Mag! Mas ela não é tão grande, as outras são maiores, mas ficam mais longe.. porém se você quiser.. –interrompi sua fala com um beijo demorado.

-Isso não é importante, Alexander.. nós vamos passar dois dias juntos e é isso que importa. –Respondi voltando a beija-lo.

Um fim de semana não era tanto tempo, mas qualquer minuto ao lado dele era maravilhoso pra mim.

(...)

Estamos no carro a mais ou menos uma hora e meia. Nós já havíamos parado pra almoçar, cantado músicas que passavam aleatoriamente no rádio e eu até cheguei a cochilar um pouco.

-Eu te amo, sabia? –Eu estava olhando a estrada quando ouvi essa declaração que me pegou totalmente desprevenido, mas aqueceu o meu coração de amor e felicidade.

-Eu também te amo, amor, e estou muito feliz que vamos ter um tempinho só pra nós. –Disse lhe dando um beijinho no rosto.

Paramos em um sinal vermelho e Alec me encarou com um sorriso no rosto.

-É o primeiro de muitos fins de semana que ainda vamos..-De repente o tempo pareceu ficar em câmera lenta. sua frase ficou incompleta no ar quando nós vimos um carro vir rápido e desgovernado na nossa direção. Foi tudo muito rápido, eu senti Alec se jogar em cima de mim e me abraçar, mesmo com dificuldade por causa do cinto, tentando me proteger com o próprio corpo. Logo depois senti o impacto do carro batendo no nosso, minha cabeça bateu contra a janela.. e depois eu apaguei.

Uma Segunda Chance (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora