+16| Fugindo de todo mal que ele me faz...
Fugindo do meu passado promissor...
Fugindo daqueles que sempre me humilhou...
Maria Jade é uma garota de 17 anos que está fugindo do pai alcoólatra que sempre a maltratou e espancou, vai para casa de sua m...
Thiago De Jesus, 24 anos (TH) Dono do morro vizinho ao Pimenta.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Jade narrando.
Vai muito além de eu não querer ir morar com meu pai o porquê do meu desespero. É muito mais que desespero tá ligado, é meu pesadêlo, ele se tornou meu pesadêlo, meu pai me atormenta e eu sei que isso vai ser até o resto da minha vida.
Ver aquelas pessoas me julgando sem ao menos saber a metade da minha história, sem saber porque de eu fugir. Eu nunca fui tão humilhada, nem mesmo na casa do Silvano, aquilo estava me matando e me corroendo aos poucos.
Muitos vai me julgar, mas me sinto burra porque ontem a noite eu nem sei o que aconteceu comigo e o Pimenta, não sei se algo rolou ou só foi uns amassos que foi temporário. Mas isso não importava, eu queria que ele me tirasse e que me impedisse tanto de ir que me esqueci que ele nunca demonstrou sentimento nenhum por mim.
Ele só é mais um que queria brincar e não o culpo, sou muito trouxa eu sei, mas não ao ponto de se um dia ele precisar de mim eu ajudar.
Sou boa mas aquela humilhação me despertou o pior de mim, eu não estava triste quando me humilharam, eu estava com ódio, somente isso.
Ódio era só o que eu sentia. Rancor. Estava com vontade de matar todos.
Após entrar no carro sussurro pro Luan pedindo ajuda mas ele ficou parado e com uma cara que estava com o pensamento longe, eu tentei mas ele estava parecendo que tinha visto um fantasma.
Eu o odiava por isso.
TH: aí garota, mais burra que você só o Pimenta que achou que eu não ia fazer nada contigo - ele ri e eu encaro o mesmo que estava sentado ao meu lado.
Jade: como assim... - sussurro baixo e ele sorri largo.
TH: quer que eu mande o papo? - ele me olha e eu assinto trêmula - a gente vai se divertir bastante - ele da um sorriso malicioso apertando minha perna, e eu engulo seco enquanto uma lágrima desce pelo meu rosto.
Não é possível.
[...]
— Sai garota - fala um vapor puxando meu braço me trazendo para fora do carro me fazendo olhar o morro inteiro.
Dessa vez tinha mais vapores na barragem e não tinha mais crianças brincando na rua, estavam todos dentro de casa, os comércios estavam fechados, a rua tinha apenas caras armados.
Jade: o que tá acontecendo aqui? - sussurro olhando tudo calmamente.
Vejo umas mulheres em suas janelas vendo tudo na tentativa de disfarçar mas era impossível, estava na cara que estavam fofocando.