♡Cap. 28♡ {Bônus}

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Erika narrando.

Ouço um barulho de som e me levanto aos poucos. Era som de uma das músicas da Flávia que eu até gostava, mas naquela hora estava irritante.

Erika: Porra Flá, desliga essa merda. – Falo me sentando na cama dela.

Flávia: Desculpa neguinha. – Ela entra no quarto com um sorriso e me dando um selinho. — Dormiu bem? – Ela se joga na cama de novo do meu lado.

Ontem como sempre quando eu cheguei em casa minha mãe não estava lá, então fiquei pra fora, como sempre eu vim pra casa da Flávia já que a mãe dela está viajando. A Flávia e eu tenho uma história e tanta, só ela me entende e só eu entendo ela.

Nos conhecemos com apenas 10 anos e sempre tivemos uma conexão, foi por meio dela que soube minha orientação sexual, foi ela também que sempre me ajudou quando minha mãe dava esses sumiços e me deixava sozinha dentro de casa, assim como só ela sabe sobre nós. Ela é meu porto seguro, a minha primeira garota e a única, assim como eu sou pra ela.

Já ficamos muitas vezes e fomos além disso, mas assim como eu amo essa garota eu amo o Pimenta, assim como ela é louca pelo DN. Ela sempre foi a garota que esteve do meu lado a todo momento, por isso nunca vou abandona-la.

Erika: Dormir sim. – Digo depois de um longo suspiro.

Me levanto indo em direção ao banheiro e tomo um longo banho molhando meu cabelo, respiro fundo e me enrolo na toalha. Faço minhas higienes matinais, escovo os dentes com os dedos messaie saio de dentro do banheiro indo pro quarto. Vejo meu celular apitar e pego ele abrindo as mensagens, reviro os olhos ao ver que era do Sérgio.

Encosto.

Flávio: Deixa eu adivinhar. – Ela sorri de lado. — É o policial embuste da praia. – Ela solta uma longa risada e eu apenas assinto.

Eu conheci o Sérgio uma vez que eu fui na praia, eu estava na areia tomando sol e ele se aproximou, conversamos um pouco e ele de repente queria saber da minha vida, de primeira desconfiei que era um tira e acertei. Me fingir ser uma das burguesinhas de Copacabana e ele acreditou, ou fingiu né, o cara misteriosamente conseguiu meu telefone e vive querendo me ver.

Pelo que eu sei ele tem 35 anos, até falei sobre o fato de eu ser menor de idade mas o desgraçado não me deixa em paz.

Érika: Vou acabar com essa merda hoje. – Falo abrindo as mensagens dele digitando que queria conversar.

Flávia: E vai fazer o que? Vai mostrar pra ele sua identidade? Fala sério Erika, o cara lá vai ligar pra isso, se ligasse já teria te deixado em paz. – Ela fala como fosse óbvio. — Se eu fosse você falava com o Pimenta. – A mesma da os ombros.

Érika: Se liga Flávia, os meus bagulhos eu resolvo sozinha. – Digo vendo a mensagem do Sérgio.

Flávia: Enfim, você já vai embora? – Ela faz beicinho me fazendo rir.

Érika: Você é manhosa em garota. – Sorrio encarando ela. — Seus pais vão estar em casa hoje? – Falo pegando minha mochila que estava no canto de seu quarto.

Flávia: Sim, então nem venha porque você parece uma cachorra no cio gemendo. – Ela fala rindo e eu pego seu tênis que estava no canto do quarto jogando nela.

Começo a rir sem parar e ela vem até mim colocando suas mãos no meu rosto se aproximando aos poucos, ela sela nossos lábios e começa em um beijo calmo, levo minhas mãos a sua nuca e ela cola sua testa na minha.

Flávia: Se cuida minha menina. – Ela respira fundo e eu assinto lhe dando outro selinho.

Desço as escadas indo em direção a porta e quando enfim saio dou de cara com minha mãe. Dona Regina, a mulher cujo usa drogas desde que eu me entendo por gente, mas também a que me criou sozinha pelo fato de meu pai nunca se quer nem aparecer.

A Fugitiva [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora