♡Cap. 24♡

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Maratona 2/3

Jade narrando.

Estava andando com a Rafaela pela grande mansão encarando tudo e vendo de tudo também, a guria não parava de falar, ela parecia conhecer tudo muito bem e não conseguir decifrar sua idade, também não queria saber muito. Eu só queria ver se aquele lugar iria me ajudar a fugir, mas sendo o TH tinha gente armado em todos os cantos daquele lugar, então o máximo que eu podia fazer era observar até achar algo que ligasse a lá fora.

Rafaela: então é isso, aqui é o bar onde tem as bebidas e apesar de você trabalhar só com faxina durante o dia, não é sempre que a Mona tá na recepção então se prepare pra um chamado qualquer hora - ela fala e eu assinto.

Jade: tá, e quem é Mona? - encaro ela que me encara.

Rafaela: É a que trabalha aqui pela manhã e aqui a que tá mais tempo também - ela fala e eu assinto dando os ombros. - você tem quantos anos? - ela fala cruzando os braços olhando pra mim.

Jade: 17 e você? - encaro ela pela primeira vez.

Rafaela: 20 - ela responde seca. - Eu sou prima do TH, ou seja, vou tá de olho em você garota, eu posso ser um amor benzinho mas também não trairia meu primo por uma garota que nunca vi - ela sorri sarcástica. - não sou igual a ele e não apoio o que o mesmo faz mas também não vou fazer algo a ele que não seja justo - ela fala me arrancando uma risada fraca e sarcástica.

Jade: se ele sabe o que é justiça né - falo desviando meu olhar.

Rafaela: o TH não é igual os outros donos de morro garota, ele é inteligente e estudou, completou seu ensino médio e sabe fazer uma conta de química que aos olhos de muitos é impossível, não julgue o livro pela capa - ela fala se virando. - vai começando pelo quarto 9, ele vai ser usado daqui a pouco - Ela fala alto e sai andando.

Reviro os olhos e sigo até o quartinho, abro uma porta vendo um chuveiro, uma pia e um vaso sanitário, tomo um banho rápido e prendo somente a parte de cima do meu cabelo, visto a calça de malha e um blusão que a Rafaela tinha me falado que era pra usar.

Separei uns produtos de limpeza e vou até o dito cujo, ao chegar veio vários aromas pelo meu nariz, era uma mistura tão confusa que nem eu mesma entendia.

Era uma mistura de cigarro, com maconha, de bebida e obviamente de sexo.

Começo abrir as cortinas pra vazar o cheiro que parecia não acabar nunca, vou até a cama arrancando aquele lençol, e vejo uma camisinha com gozo que tinha derramado pelo lençol.

Jade: puta que pariu, o pau desse daqui precisa de um controle remoto na hora de gozar - falo pegando a camisinha com a ponta da mão.

Cacete eu sei que sexo é algo normal, mas ter que aturar gozo do sexo dos outros que já faz umas horas ninguém merece né.

[...]

Já se passavam quatro horas e digamos que um dos conhecidos  prazeres da vida, eu não aguentava sentir mais o cheiro, já não aguentava mais ver tantas pessoas rindo da minha cara, enquanto eu me matava de trabalhar.

— Pelo jeito está trabalhando muito bem – ouço aquela voz irritante e me viro, pronta a dar na cara daquele homem mesmo com riscos de perder a mão se ele continuasse com a provocaçãozinha dele.

Viro meu rosto calmamente, na paz do senhor para que eu não dê uma voadora naquele homem, o mesmo que havia me trazido hoje aqui.

Jade: É, eu estou - falo encarando ele já com um ranço em minha voz, um ranço que já estava mais que lúcido. — Agora o senhorzinho pode se retirar daqui para que eu continue meu trabalho em paz - falo extremamente irritada mas também com a minha voz mais calma.

A Fugitiva [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora