EU PERTENÇO A ELA

CAPÍTULO 24

Millena Albuquerque

Quando vejo Fellipe me olhando eu permaneço paralisada,ele vem correndo na minha direção e me abraça,fico extasiada e não consigo me mover.

Fellipe: Me perdoa Mia por tudo que eu te fiz?!
Suas lágrimas molham o meu ombro, fazendo meu coração ficar mais leve,o envolvo no meu abraço e parece que tudo o que ele me fez evaporou,ele já não parece mais o Fellipe louco e transtornado que me agrediu,ele aparenta está leve e eu consigo sentir isso nele.Nós soltamos do abraço e seco suas lágrimas.

Mia: Vamos para casa?!

Fellipe: Vamos!Eu fico muito feliz por você ter vindo me buscar,ainda mais depois de tudo que eu te fiz.Pensei que você nunca mais fosse querer me ver e muito menos me permiti morar no mesmo ambiente contigo.

Mia: Fellipe aqui não é o lugar certo para conversarmos sobre isso.

Fellipe: OK!Eu te entendo você está certa!

Vamos andando em silêncio até o ponto de táxi,pegamos um e Fellipe olha admirado às ruas de Londres que são um verdadeiro cenário é lindíssimo a noite.Chegamos na mansão e pago o taxista à corrida,ajudo Fellipe com suas malas e entramos.

Mia: Seja bem vindo Fellipe e que sua vida a partir de hoje seja muito feliz aqui nesta casa!

Fellipe: Obrigado Mia!Você é muito gentil.

Mostro toda à casa pra ele e o levo até o seu quarto.

Mia: Vou deixar você descansar agora e se ficar com fome,pedirei a tia Elaine para preparar algo pra você e deixar no microondas e depois é só você esquentar.
Quando estou saindo do quarto ele segura em meu braço.

Fellipe: Precisamos conversar!Por favor sente-se aqui um pouco Mia.
Ele bate com às mãos na cama ao seu lado e me sento olhando para ele.Fellipe segura em minhas mãos e olha nós meus olhos.

Fellipe: Mia primeiramente eu quero te pedi perdão por todo mal que eu já te causei.Eu sei que nada do que fiz com você é justificável,mas Mia tenta me entender.

Fellipe: Você sabe que eu cresci em um lar sem amor e que minha mãe morreu quando eu ainda era muito pequeno,o meu pai não estava nem aí pra nós,tanto que minha irmã preferiu ir estudar em um internato do que ficar do nosso lado.

Fellipe: Mia eu tenho algo a te confessar!Todo mal que te fiz foi a mando do meu pai! Eu não queria Mia eu juro!Mais quando nós ainda éramos adolescentes e estávamos "apaixonados"ele descobriu e me disse que se eu não fizesse o que ele mandava,coisas ruins poderiam acontecer com você Mia e então por medo ou por covardia,eu acatei tudo o que ele me obrigava a fazer.

Fellipe: Mia me perdoa por favor!Eu sempre amei você e me perdoa também por todas às vezes que eu magoei você.

Eu já estava em lágrimas e não conseguia entender porquê o pai do Fellipe me odiava tanto.Eu nem o conhecia,porque ele tinha tanto ódio por mim assim?

Fellipe: Mia,eu sei que já te machuquei de todas às formas mas eu quero que você saiba que aquele dia que te agredi,eu não estava em mim!Eu tinha me drogado o dia todo e sentia que a única pessoa que eu amava tinha morrido,então eu te culpei por minha dor e hoje eu vejo que só fui um fantoche das minhas emoções.

Mia: Esquece tudo isso Fellipe!Eu te perdoo e eu sinto muito por tudo que você sofreu.Saiba que se eu soubesse o que o seu pai iria fazer,eu jamais o teria denunciado.

Fellipe: Você fez o certo Mia!Eu na época não entendia,mas hoje percebo que o mal na verdade era o meu pai.E falando nele ele deixou algo pra você.
Fellipe se levanta,abre uma das suas malas, procura por algo e eu fico o observando,ele pega um envelope branco e me entrega.